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Tanatologia

Por:   •  7/4/2015  •  Resenha  •  1.627 Palavras (7 Páginas)  •  1.017 Visualizações

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Discussão Bibliográfica

De acordo com os autores Combinato, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Queiroz, da Universidade Estadual de Campinas, a morte está no nosso cotidiano, ela faz parte de um desenvolvimento humano, onde tem influência na qualidade de vida dos indivíduos, fazendo com que eles reflitam e discutam sobre a morte e o morrer.

Existe um estudo básico que trabalha com essa área de investigação e analise cientifica, que é a tanatologia. Após a Segunda Guerra Mundial, o estudo da tanatologia evoluiu e teve uma grande procura na área forense, fazendo com que esses estudos intensificassem mais e mais ao longo dos anos.

 Esses autores tiveram como base os estudos de William Osler, que é um médico, canadense, que estuda relatos sobre a morte; Os estudos e trabalhos de Wilma Tores, que criou um programa de pesquisa sobre tanatologia, na Fundação Getulio Vargas e os estudos de Julia Kovács, sobre a morte, na Universidade de São Paulo. (D.S.Combinato 2006).

Antigamente a morte era encarada como algo natural, um sentimento comum, como todos os outros que existem, mas foi nos estudos tanatologicos que essa análise sobre a morte pode mudar um pouco. Já algumas pessoas dizem que a morte está na vida, nossos sentimentos, nossas expressões, acontecimentos que nos traz alegria e tristeza, provocando assim um surgimento de novas fases na vida, um exemplo claro é o luto que tem como característica reações mediante uma perda. (D.S.Combinato 2006; M.S.Queiroz 2006).

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Segundo o autor Agostinho Santos, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (2003/2004), a tanatologia é a ciência dos mortos, onde se desloca para vários subtemas relacionados a medicina forense.

Na tanatologia, existe uma informação que de forma alguma pode ser revelada, à identificação do cadáver para pessoas não permitidas. Existem dificuldades na tanatologia como: não é sempre que se pode chegar a um determinado diagnostico, não há dados suficientes para a análise do individuo, uma autopsia mal realizada, erros no laboratório com evidências, entre outros.

 Nos estudos tanatológicos o que é fundamental é o exame do local, as circunstancias que levaram à morte do individuo; o estudo do cadáver, com bastante atenção e cuidado com os pequenos detalhes; e principalmente atenção, pois requer muita-a.

Alguns autores afirmam a seguinte frase: “Que a morte não é um momento, é um processo que se vai desenrolar ao longo do tempo.” Que não deixa de ser uma verdade verdadeira, se for parar para analisarmos, existem casos que não terminaram nunca, é arquivado, falta evidência e por ai vai. (Agostinho, 2003/2004)

Dentro da tanatologia, são revelados os Fenômenos Post-Mortem ou Fenômenos Cadavéricos, que são divididos em dois grupos, os Abióticos e os Transformativos, os abióticos são aqueles que tem interferência de agentes biológicos e os transformativos esses agentes biológicos já estão presentes, a interferência deles é intensa. Só que dentro desses dois grupos existe uma divisão maior ainda, os abióticos podem ser Imediatos ou Tardios e nos transformativos, podem ser Destrutivos, Conservadores, Organismos e Evolução. Alguns exemplos:

 -> Abióticos: Imediatos: dilatação da pupila; perda de fezes, urina ou esperma; parada cardiorespiratória; entre outros.

-> Transformativos: autólise (acidez dos tecidos); putrefação (aprodecimento); coloração; mumificação (aspecto do cadáver igual uma múmia); entre outros.

Na tanatologia existe uns diagnósticos complementares, que normalmente o médico legista ao decorrer da autópsia, como: DNA; Raio X Exames toxicológicos; Exames bacteriológicos; entre outros. Esses exames são feitos com a finalidade de ajudar ao médico descobrir o que levou a morte do individuo.

De acordo com Agostinho, em toda autopsia, independente da causa da morte do individuo, existe alguns critérios que são fundamentais para pesquisar:

  • Se o corpo da vítima foi movido de lugar;
  • Existência de sinais de morte
  • Numero de ferimentos
  • Identificação dos ferimentos
  • Existência de lesões
  • Manchas de sangue ou outros fluídos
  • Cor da face
  • Sinais de arrastamento
  • Sinais de agressão
  • Queimaduras
  • Preservação do local do acidente, homicídio, suicídio ou morte natural

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De acordo com a monografia de Renata Bittencourt 2007, tanatologia significa estudo da morte. A tanatologia é uma ciência muito antiga, desde era primitiva ela vem contemplando os fenômenos da morte.

A tanatologia também pode ser relacionada com a religião, pois foi no cristianismo que surgiu a de ressurreição e o budismo veio com conceitos de renascimento, trazendo assim o desenvolvimento e a evolução da história tanatológica. A morte pode ser percebida de variadas formas, de acordo com a história da vida, sua religião, a cultura do ser humano envolvido na morte.

O desenvolvimento da tanatologia requer muito trabalho em diversas áreas, porque a morte e a vida estão ligadas a todas as áreas existentes. Dá-se a entender que o assunto de vida e morte é mais complexo do que pensamos, ou seja, o maior enigma do ser vivo é a morte.

Pode-se afirmar que: “Não existe vida sem morte, não existe viagem sem chegada, não existe caminho sem destino, portanto não dá para refletirmos o mistério da vida e da morte.”

O famoso pai da psicanálise Freud, citou algo extraordinário e faz todo sentido na relação da morte e vida: "Se quiseres poder suportar a vida, fica pronto para aceitar a morte.". Tiramos a conclusão de que precisamos aceitar nossa jornada primeira na Terra, viver nossa vida, para depois pensar na morte, pensar no morrer.

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De acordo com o Professor Marco Tullio de Assis Figueiredo, da Clinica Médica da Unifesp, (2006), existe uma inúmera falta de artigos sobre tanatologia, devido a esse fato esse estudo envolve várias profissões, fazendo com que as pesquisas em bibliotecas fiquem mais especificas.

Para esse professor, a morte é uma idéia que presenciamos de uma maneira forte, agressiva. De acordo com ele, a morte é um conceito que os humanos adquirem ao longo de suas vidas e depende de sua personalidade, com isso, podemos dizer que o medo da morte é algo do nosso subconsciente, você sabe que um dia irá acontecer mais tem medo de chegar a sua vez.

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