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Tratamento Doença de Parkinson Doença de Parkinson

Por:   •  9/3/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.115 Palavras (5 Páginas)  •  309 Visualizações

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TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON

        A doença de Parkinson é uma alteração patológica degenerativa e progressiva caracterizada por sintomas motores. Apesar de por suas características, não haver um tratamento de cura, é uma das doenças que têm o melhor índice de sucesso terapêutico. A principal causa de falha do tratamento é o erro diagnóstico.

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Levodopa
        A levodopa foi descoberta em aproximadamente 1967, revolucionando o tratamento da doença de Parkinson. Com esta droga, a doença tornou-se a primeira de natureza degenerativa a ser tratada com reposição de neurotransmissores, recuperando a mobilidade de pacientes seriamente comprometidos. No entanto, foram observados diversos efeitos colaterais desencadeados pela droga, como: intolerância gastrointestinal, alterações psiquiátricas e hipotensão ortostática. Esses efeitos colaterais foram diminuídos após a incorporação dos inibidores da dopa descarboxilase. Porém, problemas como flutuações rendimento motor e discinesias induzidas foram observadas após o uso contínuo de levodopa. Hoje sabe-se que cerca de 50% dos pacientes que utilizam o medicamento terão esses sintomas depois de cinco anos de uso e a medida que a doença evolui.
        O mecanismo de ação da levodopa é concentrado na capacidade do medicamento em converter-se em dopamina dentro do cérebro, corrigindo assim a carência do neurotransmissor causado pela doença. Não se sabe exatamente como ocorre esta conversão, a principal hipótese é que os terminais sinápticos nigroestriatais restantes dos parksonianos (nos primeiros sintomas da doença, cerca de 50 e 60% dos neurônios dopaminérgicos já foram degenerados), captam a levodopa e a bateria enzimática converte em dopamina, armazenando em vesículas e posteriormente liberando-as nas fendas sinápticas.
        Nas formulações comerciais disponíveis, a levodopa vem associada aos inibidores da dopa descarboxilase, que impedem que haja a conversão do medicamento em dopamina na corrente sanguínea.
        Deve-se iniciar o tratamento com levodopa gradualmente e ingeri-la em um espaço de tempo distante das refeições para aprimorar a absorção. Alguns pacientes podem desenvolver uma intolerância à droga fazendo com que tenham sintomas como náuseas, vômitos, sudorese, hipotensão ortostática e alucinações.
        Caso o médico julgue necessário a levodopa pode ser associada a outros medicamentos que já estão sendo utilizados no tratamento sem alteração no esquema posológico.
Outros medicamentos
        Se for optado a não utilização da levodopa, têm se disponível para uso inicial as seguintes drogas, podendo ser usadas isoladamente ou combinadas: selegilina, anticolinérgicos, (diperideno e triexifenidilina), amantadina e agonistas dopaminérgicos (bromocriptina, pergolida, pramixedol).

Selegilina
        Também conhecida como L-deprenil, atua coinbindo irreversivelmente a enzina monoaminoxidase B (MAO-B). No metabolismo da dopamina no cérebro, esta é recaptada pelo neurônio pré-sináptico, depois de ser liberada na sinapse. A monoaminoxidase B, age na degradação da dopamina no neurônio e células da glia. O aumento da disponibilidade da dopamina dentro dos neurônios é o mecanismo de ação desta droga.
        A Selegilina é usada principalmente em pacientes que tem sintomas leves. Seu principal efeito colateral é a insônia, por isso deve ser evitado a sua ingestão no período noturno

Anticolinérgicos
        Os anticolinérgicos são usados, pois atuam na predominância  da acetilcolina observada na neurotransmissão dopaminérgica na substância negra.
        Essa droga é eficaz nos tremores e rigidez muscular, porém, não tem nenhuma eficácia sobre a acinesia, que é sintoma mais debilitante da doença. Portanto, o seu uso deve ser feito em pacientes que apresentam a doença de forma que a acinesia não é tão significativa.
        O uso é limitado pelo aparecimento de efeitos colaterais periféricos (boca seca, obstipação, retenção urinária, turvação visual) e centrais (sonolência, confusão mental, delírios e alucinações) que são muito mais frequentes a partir dos 65 anos e nos pacientes com algum grau de declínio cognitivo. É importante salientar que os anticolinérgicos estão contra-indicados nos pacientes com glaucoma e prostatismo.

Amantadina

        A Amantadina é outra opção de medicamento nas fases iniciais da doença de Parkinson. Seu mecanismo de ação não está esclarecido, mas existem indícios que atue no aumento da liberação da dopamina na fenda sináptica.
        A  Amantadina atua razoavelmente bem na rigidez muscular, tremor e acinesia. Há relatos de perca de eficácia em alguns pacientes, no entanto, a suspensão do uso por trinta dias já reverte o quadro. Os efeitos colaterais são livedo reticularis e edema no tornozelo.

Agonistas dopaminérgicos
        Os agonistas dopaminérgicos atuam diretamente na liberação de dopamina. Os mais utilizados são bromocriptina, pergolida e pramipexol.
        Assim como a selegilina, o uso dos agonistas dopaminérgicos permitem a postergação do uso da levodopa. Deve ser iniciada em doses baixas para não criar intolerância no paciente.

TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
        Além do tratamento medicamentoso há outras formas eficazes de tratamento Dops sintomas da doença de Parkinson. Como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoterapia e intervenção cirúrgica.
        A fisioterapia e terapia ocupacional desempenham uma função importante no tratamento na doença de Parkinson, principalmente nos pacientes que possuem distúrbios de equilíbrio e marcha intensos. A fonoterapia atua nos distúrbios de diminuição do volume local e disartria, e se mostrou significativo também nos pacientes com poucos responsivos ao tratamento farmacológico.
        A intervenção cirúrgica é indicada para aqueles que possuem grande comprometimento motor e não responde as medicações disponíveis. Há dois alvos talamotomia e palidotomia  para a intervenção e os procedimentos são a lesão e estimulação. A talamotomia é recomendada para os pacientes com de tremor e em forma unilaterais ou assimétricas da doença. Há pouca adesão porque geralmente com o tratamento farmacológico já tem uma resposta significativa. A palidotomia é indicada para pacientes bastante comprometidos faz flutuações e discinesias. A estimulação elétrica dos núcleos de base é feita através da implantação de eletrodos. As vantagens são a possibilidade de suspensão do tratamento e é uma procedimento bilateral, dispensando riscos de disatrofonia grave. As desvantagens são o custo elevado, o risco de infecção e falhas no equipamento de estimulação.

Referências:
FERRAZ, H. B; BORGES, V;
Como diagnosticas e tratar a doença de parkinson. Revista Moreira Júnior. Universidade Federal de São Paulo. Setor de distúrbios do movimento.

CARDOSO, F.
Tratamento da doença de parkinson. Arq. Neuro-Psiquiatr. [online]. 1995, vol.53, n.1, pp.1-10. ISSN 0004-282X.  Disponível em: .

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