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VACINAS CONTRA VÍRUS, BACTÉRIAS E TOXINAS

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Por:   •  11/10/2013  •  1.900 Palavras (8 Páginas)  •  1.201 Visualizações

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A imunização é a técnica pela qual induzimos em organismos humanos ou animais a produção de anticorpos contra determinados antígenos. Pode ser natural, quando é dada pela própria doença, ou artificial, quando se faz pela utilização de vacinas.

O calendário oficial de vacinação no Brasil, a partir de 2002, incluiu as seguintes vacinas: vacina BCG intradérmica (BCG), vacina contra hepatite B (VHB), vacina quádrupla (DTP + Hib), vacina dupla dos tipos adulto(dT) e infantil (DT), vacina antitetânica (TT), vacina contra poliomielite (OPV), vacina contra o sarampo (VSPG), vacina contra febre amarela (FA), vacina tríplice viral (TV), vacina contra rubéola (VCR), vacina contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib), vacina contra gripe ou influenza, vacina anti-pneumocócica.

Em determinadas situações epidemiológicas estarão indicadas as vacinas contra cólera, febres tifóide e paratifóide, anti-meningocócica A, B e C e anti-rábica.

Outras vacinas, tais como contra varicela, contra hepatite A e contra doença de Lyme estão à disposição do clínico, porém não estão ainda incluídas no calendário oficial.

Todas as vacinas devem ser mantidas em refrigerador, entre +2 e +8ºC, sendo que algumas delas requerem cuidados especiais, que serão descritos nos tópicos correspondentes.

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VACINAS CONTRA VÍRUS

O tópico denominado vacinas contra vírus incluem as vacinas contra caxumba, febre amarela, gripe, hepatites A e B, poliomielite, raiva, rubéola, sarampo, varicela, varíola e vacina tríplice viral.

VACINA CONTRA CAXUMBA

A vacina contra caxumba é produzida a partir de vírus vivos e atenuados. As cepas mais utilizadas são Jeryl Lynn, L-3 Zagreb e Urabe AM9 preparadas em ovos embrionados de galinha contendo no mínimo 5.000 TCID50 por dose. É apresentada na forma liofilizada apenas, ou associada às vacinas da rubéola e do sarampo, recebendo neste caso a denominação de vacina MMR II ou Trimovax. Antes da reconstituição, deve ser conservada ao abrigo da luz. Contém neomicina como conservante e os estabilizantes são o sorbitol e a gelatina hidrolizada. Pode ser conservada na forma liofilizada a –20ºC por até três anos. Após a reconstituição permanece estável por 8 horas à temperatura de +2 a +8ºC.

A aplicação se faz pela via subcutânea, a partir dos 12 meses de idade, em dose única, ocorrendo a soroconversão em 97% dos casos vacinados. Está indicada também para viajantes e profissionais das áreas da saúde e da educação.

Existe contra-indicação quando o indivíduo apresenta história de sensibilidade a ovos, carne de galinha ou neomicina. Também está contra-indicada para gestantes, doentes imunocomprometidos ou sob efeito de corticosteróides, em presença de processo infeccioso agudo e uso prévio de gamaglobulina. A imunidade se desenvolve por meio da formação de anticorpos específicos a partir do 10º dia de aplicação, tornando-a contra-indicada em casos de contatos da doença. Não há indicação de revacinação.

Os efeitos colaterais são raros, porém podem ocorrer após cinco a 10 dias da aplicação, aumento discreto das parótidas, tumefação e febre, que cedem espontaneamente.

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VACINA CONTRA FEBRE AMARELA

A vacina contra febre amarela utilizada no Brasil é produzida a partir de vírus vivos atenuados da cepa americana denominada 17 D, obtida após passagens seriadas em embrião de galinha. Deve ser conservada em geladeira entre +2 e +8°C sendo que após a diluição do liofilizado a vacina deve ser aplicada no prazo máximo de 4 horas, desde que conservada em geladeira conforme as especificações acima. A aplicação é feita pela via subcutânea, na dose única de 0,5 ml, a partir dos seis meses de idade.

A proteção é duradoura e varia de cinco a 10 anos, tendo sido encontrados anticorpos neutralizantes e inibidores da hemaglutinação até 17 anos após a vacinação. Assim, os reforços devem ser feitos a cada 10 anos. Em situações de epidemia o seu uso deve ser considerado para as crianças menores de 6 meses de idade.

As reações adversas ocorrem em 10 a 15% dos casos e são extremamente benignas - entre elas febre, dor local e alergia a ovo de galinha. A encefalite pós-vacinal é rara e os sintomas são bastante atenuados.

As contra-indicações relacionam-se a indivíduos com antecedentes alérgicos a ovo, imunossuprimidos e gestantes.

A proteção efetiva é obtida a partir do 10º dia após a aplicação da vacina, o que deve ser levado em consideração pelos viajantes que se destinam às áreas endêmicas da doença.

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VACINA CONTRA GRIPE

A vacina contra os vírus da gripe ou influenza é composta de vírus inativados, (cepas A/Sydney/5/97(H3N2), A/Beijing/262/95(H1N1) e B/Beijing/184/93 (a mais usada é a B/Harbin/7/94) purificados e cultivados em células de ovo de galinha. Cada vacina contém 15 μg de hemaglutininas de cada cepa viral, timerosal, solução salina e traços de neomicina ou gentamicina. Deve ser conservada em geladeira entre +2 e +8ºC, não devendo ser congelada.

Os anticorpos formam-se cerca de 10 a 15 dias após a vacinação e raramente duram mais que 12 meses. Estudos referentes à eficácia da vacina em idosos e publicados nos últimos 20 anos revelaram os seguintes resultados: 56% de redução das doenças respiratórias, 53% de redução de pneumonias, 50% de eficácia para evitar hospitalização e 68% de eficácia para evitar a morte.

Deverão ser vacinadas todas as pessoas com 65 ou mais anos de idade, com uma dose anual de 0,5 ml, pela via subcutânea ou intramuscular, de preferência no outono, ou seja nos meses de abril ou maio. Os reforços devem ser anuais, uma vez que a mutação viral é muito freqüente. A vacina está contra-indicada para os indivíduos que desenvolveram anafilaxia às doses anteriores, indivíduos alérgicos ao ovo de galinha e para os portadores de imunodeficiência ou neoplasias malígnas.

As manifestações locais da vacina são: dor, edema, eritema e enduração. Entre as manifestações sistêmicas incluem-se a febre, mal estar e mialgia. Esta vacina pode ser aplicada junto com outros imunobiológicos, embora deva ser adiada a vacinação durante a evolução de doenças febris agudas graves. A proteção está relacionada apenas às cepas de vírus influenza que compõem a vacina ou cepas que apresentem analogia antigênica. Infecções respiratórias provocadas por outros agentes infecciosos, mesmo com sintomas semelhantes à gripe, não serão evitadas pela vacina.

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