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OS DIABETES

Por:   •  20/1/2018  •  Seminário  •  1.492 Palavras (6 Páginas)  •  287 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Definição

O diabetes melittus, também conhecida popularmente como “açúcar no sangue” é definida como a síndrome do metabolismo defeituoso de carboidrato, proteína e lipídeo, que pode ser causado pela ausência da secreção de insulina ou pela diminuição da sensibilidade dos tecidos a esse hormônio. Existem dois tipos: a diabetes tipo 1, também chamada de insulino-dependente (DMID), em que o pâncreas fica incapaz de produzir insulina devido a infecções virais ou destruição auto-imune de sua célula produtora desse hormônio (células beta). E a diabetes tipo 2 não dependente de insulina (DMNID), em que tem a presença da resistência insulínica, conferindo uma baixa sensibilidades dos tecidos alvo a ação desse hormônio. Ao contrário do tipo 1, a tipo 2 tem aumento de insulina plasmática devido a tentativa das células betas de compensar a resistência. Em ambos os casos, o resultado é o aumento da concentração de glicose no sangue devido a sua utilização pelo organismo diminuir e a de proteína e lipídio aumentarem. Há ainda a diabetes gestacional, em que a doença é diagnosticada na mulher grávida, sem aumento prévio da glicose, mas quase sempre acaba após o parto.

1.2 Epidemiologia

A prevalência da diabetes tipo 2 é de 90 a 95%, enquanto a tipo 1 afeta menos de 10% dos casos. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, 6,2% da população são portadores da doença, tornando-se a doença não contagiosa mais comum no país, sendo diagnosticados 500 novos casos a cada dia. E existem cerca de 382 milhões de acometidos em todo o mundo. Os europeus setentrionais e seus descendentes são mais acometidos por diabetes tipo 1 do que os asiáticos, negros e índios. Embora o distúrbio possa se desenvolver em qualquer idade há uma maior prevalência no período da puberdade, sendo que nos Estados Unidos por volta dos 14 anos que os jovens são acometidos, com isso, frequentimente recebe-se o nome de diabetes melittus juvenil. Entretanto, na maioria dos casos do tipo 2 ocorrem depois dos 30 anos de idade, principalmente entre 50 e 60 anos, sendo conhecida como diabetes do adulto. E em muitas áreas geográficas foi documentada maiores incidências no final do outono e no inicio do inverno.

1.3 Fatores de risco

Existem situações nas quais estão presentes fatores de riscos associados à maior prevalência da síndrome, sendo eles: a presença de infecções virais ou doenças auto-imunes, histórico familiar de ocorrência da patologia, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão arterial, doença coronariana, obesidade, presença de síndrome do ovário policístico, formação excessiva de glicocorticóides ou de hormônio do crescimento, presença de lipodistrofia (acúmulo de lipídeos no fígado), alterações no receptor de insulina, hemocromatose (acúmulo de ferro tecidual), histórico de diabetes gestacional prévio, filhos com peso maior que 4kg, abortos de repetição ou morte nos primeiros anos de vida e uso de medicamentos que aumentam a glicose. Todos esses fatores, entre outros, podem gerar consequências no organismo que sejam possíveis causadoras dos tipos de diabetes mellitus.

2 PÂNCREAS

1.1 Anatomia e histologia

O pâncreas está localizado no abdômen, anexo ao duodeno, sob o estômago, medindo de 14 a 25 centímetros de comprimento e composto por três regiões: cabeça, corpo e cauda. Ele ainda é formado por dois tecidos principais, os ácinos, que são mais periféricos e que secretam o suco digestivo no duodeno e as ilhotas de Langherans, que são mais centrais, secretam insulina e glucagon diretamente no sangue e que contêm três células principais (alfa, beta e delta) distintas entre si pela função, morfologia e coloração. As células beta constituem cerca de 60% das ilhotas, localizadas mais ao centro do tecido e são responsáveis por secretar insulina e amilina (hormônio sem função definida secretado junto a insulina). As células alfa, compõem cerca de 25% do tecido e secretam glucagon. E as células delta representam por volta de 10% do total e secretam somatostatina. O restante do tecido é composto por outro tipo celular que secreta um hormônio sem função definida. A relação entre os tipos celulares possibilitam a regulação da secreção dos hormônios, pois a secreção de um, inibe a secreção de outro.

1.2 Fisiologia

Fisiologicamente, o pâncreas é uma glândula que faz parte do sistema digestivo e endócrino. Sendo assim, sua parte exócrina tem suas enzimas digestivas produzidas nos tecidos ácinos e contidas no suco pancreático, como já foi dito anteriormente. Essas enzimas se combinam com o bicarbonato de sódio, molécula importante para neutralizar a acidez do quimo, e assim utiliza-se de enzimas específicas para digerir cada um dos principais grupos alimentares (carboidrato, proteína e lipídeo). As proteínas são hidrolisadas a peptídeos pela tripsina e pela quimotripsina e em seguida a carboxipolipeptidase cliva os peptídeos em aminoácidos. A amilase pancreática é responsável pela digestão de carboidratos pela hidrólise de amido, glicogênio e outros, em dissacarídeos e tríssacarídeos. E a lípase pancreática, a colesterol esterase e a fosfolipase são as responsáveis por hidrolizar gorduras a ácidos graxos, hidrolizar ésteres de colesterol e fazer a clivagem dos ácidos graxos dos fosfolipídeos, respectivamente. Inicialmente essas enzimas estão na forma inativa, mas elas são ativadas após serem secretadas no trato gastrointestinal.

A parte endócrina do pâncreas está ligada a produção de hormônios, ou seja, as ações decorrentes das células das ilhotas de Langherans, em especial, a produção de insulina e glucagon. A secreção de insulina está diretamente ligada à presença de abundância de energia, que ocorre após as refeições. Ela desempenha função de armazenamento desse excesso de energia, na forma de glicogênio ou é convertido em gordura e armazenado na forma de tecido adiposo, alem de inibir o catabolismo das proteínas. Esse hormônio é sintetizado com a tradução do RNAm da insulina por meio dos ribossomos do retículo

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