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Probióticos em recem nascidos

Por:   •  5/12/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.945 Palavras (16 Páginas)  •  294 Visualizações

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RESUMO

Crianças necessitam de uma alimentação adequada, principalmente nos primeiros anos de vida, fase em que está desenvolvendo seus anticorpos e defesas naturais. Entre essas defesas, encontra – se a microbiota intestinal, que são um grupo de bactérias que passam a colonizar o intestino logo após o parto e tem função importante na proteção e recuperação do trato gastrointestinal durante todas as fases da vida, contribuindo para a manutenção da saúde humana. A partir do nascimento, a colonização de microrganismos começa, e é influenciada por vários determinantes desde o parto, o ambiente, até a dieta a qual o recém-nascido será submetido. O leite materno é rico em probióticos que auxiliam na formação da flora intestinal do bebê com propriedades anti– infecciosas. Na fase pré- escolar os probióticos auxiliam principalmente na modulação do sistema imune, síntese de subprodutos com ação protetora intestinal, e promoção endógena de mecanismos protetores para dermatite atópica e alergias alimentares. Dentro deste conceito, o papel da nutrição é expresso enfatizando a adequada orientação do uso de probióticos em recém-nascidos e crianças considerando vários pontos de vista entre recomendação e restrição. Contudo, adiantamos que não há unanimidade em relação às quantidades ideais de administração dos probióticos para que eles apresentem seus efeitos benéficos no hospedeiro.

Palavras–chave: Probióticos. Recém- Nascidos. Crianças. Alimentação.

1. INTRODUÇÃO

A alimentação qualitativamente e quantitativamente adequada é essencial para o crescimento e desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida, pois ela proporciona ao organismo a energia e os nutrientes necessários para o bom desempenho de suas funções e para a manutenção de um bom estado de saúde.¹

Cerca de 21% das mortes de crianças com até 5 anos de idade são por subnutrição e sua relação sinérgica com doenças infecciosas evitáveis, sendo que globalmente 5,2 milhões de crianças menores de 5 anos morrem a cada ano devido a estas doenças, principalmente pneumonia, malária, sarampo e diarréia.¹ O conjunto de bactérias que habitam o intestino é chamado de microbiota intestinal. O tipo de parto, a qualidade da dieta e se o recém-nascido tem alta ou permanece em ambiente hospitalar, influencia na colonização intestinal bacteriana. Há uma seleção da flora, com persistência de algumas populações bacterianas e eliminação de outras.²

Em torno de dois anos de idade, a composição da microflora se torna estável, sendo alcançada nesta idade a comunidade clímax, ou flora tipo adulto. Para o bom funcionamento intestinal, o “equilíbrio” da microbiota bacteriana deve ser mantido, o que têm se tornado cada vez mais difícil, em consequência da mudança do estilo de vida, do aumento do estresse físico e emocional, das mudanças alimentares, do consumo de antibióticos, das imunodeficiências e outras alterações imunológicas e diversas doenças.²

Há grande influência de nutrientes como probióticos no sistema imune e na defesa natural do organismo, incluindo a prevenção de alergias. Cepas prebióticas e probióticas dietéticas parecem exercer efeitos positivos no desenvolvimento do sistema imunitário da mucosa de crianças e contribui para um possível benefício para a saúde se a flora inicial for anormal.¹

Objetivos gerais

Esta pesquisa teve como objetivo verificar a variedade de probióticos, suas utilizações e seus benefícios para a saúde materno/ infantil.

Objetivos específicos

• Verificar a importância da relação materno/ infantil;

• Identificar os vários tipos de probióticos;

• Reconhecer quais probióticos podem ser recomendados aos recém-nascidos e crianças e em que situações isso ocorrerá;

• Apresentar as controvérsias sobre o uso de probióticos nessas fases da vida.

2. METODOLOGIA

A produção deste trabalho acadêmico se baseou na consulta de livros e artigos bibliográficos que abordam o tema proposto.

3. PROBIÓTICOS

O termo probiótico, de origem grega, significa “para vida”. Foi inicialmente definido como compostos ou extratos de tecidos capazes de estimular o crescimento microbiano. Posteriormente probiótico foi definido como relativo a organismos e substâncias que contribuíam para o equilíbrio microbiano intestinal, no entanto, ‘substância’ poderia incluir suplementos tais como antibióticos, cuja função é oposta, e devido a este fato, esta definição foi alterada.3

Atualmente é apresentada uma definição mais específica, onde probióticos são microrganismos vivos ou suplemento alimentar microbiano vivo que, administrados em quantidades adequadas, exibem um efeito benéfico sobre a saúde do hospedeiro após ingestão, resistindo ao trato digestivo (aos ácidos clorídrico e biliar), colonizando o intestino e causando melhoria das propriedades da microflora nativa ou equilíbrio da microbiota intestinal. 1,4,2,3

Segundo a ANVISA, medicamente probiótico é definido como o medicamento que contém micro-organismos vivos ou inativos para prevenir ou tratar doenças humanas por interação com a microbiota, com o epitélio intestinal, com as células imunes associadas ou por outro mecanismo de ação.

Probióticos promovem inúmeras funções com benefício ao organismo humano tais como: Proteção contra proliferação de microrganismos patogênicos; Efeito imunomodulador; Restauração da permeabilidade intestinal; Produção de nutrientes, a partir dos alimentos, oriundos da dieta. 3

A principal ação dos probióticos ainda não é totalmente definida, mas podem ser citados como principais mecanismos de ação: competição por sítios de ligação, formando uma barreira física às bactérias patogênicas; competição por nutrientes; estímulo do sistema imune; produção de bactérias antibacterianas; além de auxiliar na digestão, absorção e produção de nutrientes. 2,1

Dados científicos recentes

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