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A IMPORTÂNCIA DO EXAME PANORÂMICO NO DIAGNÓSTICO DE CISTOS NA ARCADA DENTÁRIA

Por:   •  18/11/2015  •  Artigo  •  5.239 Palavras (21 Páginas)  •  571 Visualizações

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RESUMO

A região maxilofacial é afetada por um elevado tipo de cistos odontogênicos. Estes, são considerados um grupo de lesões intraósseas que, frequentemente, têm um comportamento agressivo e atingem um tamanho elevado, dando origem a uma acentuada destruição óssea. As radiografias realizadas na cavidade oral costumam ser requisitadas como o principal auxílio para o estabelecimento de um diagnóstico correto. Através da análise radiográfica intra e extraoral, é possível identificar diversas lesões rádio lúcidas que afetam os maxilares. Dentre os exames utilizados para o diagnóstico, encontra-se o exame panorâmico, que tem se mostrado de extrema valia na realização do diagnóstico precoce. O presente estudo visa descrever a frequência relativa destas lesões em uma população de Homens e Mulheres, a fim de relatar suas características e grau de incidência.

Palavras-Chave: cistos; diagnóstico; exame panorâmico

ABSTRACT

The maxillofacial region is affected by a high type of odontogenic cysts. These are considered a group of intraosseous lesions that often have aggressive behavior and achieve high size, resulting in a marked bone destruction. The radiographs performed in the oral cavity, often requested as the primary aid for the establishment of a correct diagnosis. Through intra radiographic analysis and extra-oral, it is possible to identify several injuries lucid radio affecting the jaws. Among the tests used for diagnosis, is the panoramic examination, which has proved extremely valuable in making the early diagnosis. This study aims to describe the relative frequency of these lesions in a population of women and men in order to report their characteristics and degree of impact.

Keywords: cysts; diagnostics; panoramic examination

1. INTRODUÇÃO

A radiografia panorâmica é uma técnica especializada de tomografia, excelente para uma detecção geral do estado da dentição de forma total. Permite observar a patologia em geral como periodontites, lesões odontogênicas e não odontogênicas do maxilar superior e da mandíbula, embora existam limitações na distorção geométrica quando comparada, por exemplo, com as radiografias Peri apicais ou oclusais. A radiografia panorâmica detecta amplamente os cistos, que ocorrem mais frequentemente no maxilar e mandíbula do que em qualquer outro osso. Os cistos são considerados lesões radio lúcidas e podem ocorrer em qualquer local embora sejam raros nos processos condilar e coronóide. Geralmente, são encontrados com mais facilidade em regiões onde existem ou existiram dentes. (WHITE; PHAROAH; MORAL, 2004).

Este trabalho teve como objetivo relatar a importância clínica das técnicas e procedimentos utilizados para o diagnóstico precoce de pacientes portadores de Cistos na Arcada Dentária, abrangendo de forma completa as etapas percorridas até o diagnóstico final por meio do exame panorâmico.

Os cistos são resultantes da proliferação de remanescentes epiteliais associados à formação dos dentes. O epitélio presente em cada um dos cistos odontogênicos é derivado de uma das seguintes fontes: lâmina dentária, órgão do esmalte e de bainha de Hertwig. Os remanescentes epiteliais presentes no maxilar e mandíbula se originam do ectoderma que reveste os processos embrionários que irão formar a face e boca ou de tecido epitelial que participa na odontogenese. A presença pura e simples de restos epiteliais seria insuficiente para explicar a formação de um cisto. É necessária a ação de um agente, inflamatório, por exemplo, capaz de estimular e determinar a proliferação desses remanescentes. Tal condição é frequente nos maxilares, onde infecções e traumas são capazes de desencadear uma resposta inflamatória. (ALTINI; SHEAR, 1992)

Os cistos geralmente possuem os limites bem definidos e corticalizados, sendo caracterizados por uma linha fina, radiopaca e uniforme. Embora uma infecção secundária possa modificar a sua aparência para uma fronteira mais espessa e esclerótica. Habitualmente a sua forma é redonda ou oval. (SCHOLL, KELLETT, NEUMANN, LURIE, 1999)

Em sua grande maioria são totalmente radio lúcidos, e podem, em longo prazo, apresentar calcificação distrófica que confere um aspecto imagiológico particulado e difuso ao cisto. Alguns apresentam septos, produzindo uma aparência multilocular em que há separação por estas paredes ósseas. A proximidade de estruturas com a lesão pode induzir erro de interpretação devido à sobreposição de imagens (DUNFEE et al, 2006).

O crescimento cístico, é lento e, em sua grande parte, causa deslocamento e reabsorção dentária, surgindo com uma forma curva e definida. A expansão dos cistos na mandíbula pode transformar a cortical lingual ou vestibular numa fronteira fina. Podem também deslocar o canal do nervo dentário inferior ou invaginar para o seio maxilar, mantendo a fina camada de osso que separa o cisto do seio. (WHITE; PHAROAH, 2004).

Através do estudo realizado, espera-se como resultado a abrangência geral da técnica referente ao diagnóstico de Cistos da Arcada Dentária, a fim de esclarecer de maneira profunda e direta, passo a passo do exame realizado para a obtenção do diagnóstico, além de realçar pontos importantes a respeito de sinais e sintomas que vem a ser de extrema importância. Espera-se constatar o número de casos de Cistos da Arcada Dentária dentre os pacientes avaliados, tais como o grau de acometimento dos mesmos (PHAROAH, 2004).

Quando comparada com a TC, a radiografia panorâmica apresenta menor dose de radiação e menor custo, sendo também amplamente utilizada devido à simplicidade da técnica. E, ainda, possibilita a detecção de lesões císticas assintomáticas em um estágio mais avançado de desenvolvimento. Para delinear a extensão da lesão encontrada na radiografia panorâmica pode ser solicitada uma TC, visto que a radiografia panorâmica só pode mostrar a extensão médio-distal e ocluso-apical da patologia e não a extensão vestíbulo-lingual(YOSHIURA et al., 2003; WHITE et al., 2003; CEDIN et al., 2005; PINHEIRO et al., 2007; AGGARWAL et al., 2008; ARMOND et al., 2008; ESTRELA et al., 2008; GARTNER et al., 2009).

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2. A RADIOGRAFIA PANORÂMICA

A radiografia panorâmica foi idealizada em 1948 pelo Dr. Ott (Suíça) com o intuito de obter a imagem total dos dentes num único exame radiográfico, a partir dessa ideia houve aprimoramentos na técnica e nos

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