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Tabalho Traumas Torácicos e Abdominais

Por:   •  24/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  5.603 Palavras (23 Páginas)  •  220 Visualizações

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RESUMO

Tanto os traumas torácicos quanto os abdominais acontecem, principalmente, por meio de acidentes automobilísticos, mas também podem vir a ocorrer por armas brancas ou armas de fogo.

Referente ao trauma torácico, é de suma importância - em virtude da incidência, o aumento da gravidade e a mortalidades das lesões – subdividi-lo em dois grupos, os de risco imediato a vida, detectados normalmente em uma avaliação primária e os de risco potencial, detectados numa avaliação secundária. Outrossim, a fisiopatologia do traumatismo torácico está relacionada a três alterações básicas: hipóxia, hipercarbia e a acidose.

No grupo de traumas, com risco imediato a vida, tem como causa a obstrução das vias aéreas, pneumotórax aberto, hemotórax maciço, tórax instável e tamponamento cardíaco. Do grupo de risco potencial a vida faz parte a: contusão pulmonar, ruptura aórtica, ruptura traumática do diafragma, laceração traqueo brônquica e esofágica.

Sobre as três alterações básicas da fisiopatologia, a hipóxia é definida como a oferta inadequada de oxigênio aos tecidos. A hipercarbia é o acumulo de CO2, que se dá por uma ventilação inadequada, alterando pressóricas da cavidade torácica, podendo gerar colapso pulmonar. A acidose é gerada pelo estado de hipoperfusão tecidual no trauma torácico, pode se agravar em virtude da associação com a acidose respiratória, devido ao estado de hipoventilação.

Em primeiros socorros existem alguns passos a serem seguidos, o primeiro é imediatamente, ligar para o serviço de resgate. Em seguida, administrar uma desobstrução das vias aéreas, tendo como prioridade assegurar a respiração adequada, bem como controlar o sangramento externo. Em casos de objetos cravados no tórax, deve-se cortar as roupas para expor o ferimento, fazer um curativo ao redor do objeto, para controlar o sangramento, em seguida estabilizar o objeto com bandagens, não removê-lo, e prevenir alguns movimentos, até a chegada da assistência médica.

Se porventura a vítima for gestante, os cuidados são mais específicos, a hipóxia materna reflete diretamente no feto, a suplementação de oxigênio para a tal é extremamente importante nesses casos. É importante também, mantê-la imobilizada, com lateralização manual do útero para o lado esquerdo.

Em todos os casos de traumas em que as vítimas estão inconscientes, deve ser feito a reanimação cardiopulmonar (RCP), exceto quando o trauma for de origem aberta.

No contexto específico do trauma abdominal temos alguns traumas específicos como: Trauma Duodenal, Esplênico e Gástrico.

No trauma duodenal, a região afetada é intermediária entre estômago e intestino, onde ocorrem as primeiras etapas da digestão. São muito frequentes em traumas abdominais e necessitam de uma ação cirúrgica urgente, pois as mortes são muito altas nesses tipos de casos. Sua posição o torna mais propenso a lesões.

Os traumas mais comuns no Brasil são os penetrantes, a maior parte causada por armas de fogos, seguidos por armas brancas com predominância de pacientes jovens e do sexo masculino. Outra possível causa são os acidentes de transito. O traumatismo duodenal pode causar lesões em outros órgãos, sendo o fígado o órgão mais frequente. A mortalidade nesses casos vai de 5 a 30%, em até 3 semanas. Os sintomas mais frequentes são: taquicardia, dor no hipocôndrio direito, vômitos e febre, por não serem tão específicos a morte do individuo pode ser tão frequente.

No trauma esplênico, o baço é o órgão mais comprometido no trauma abdominal e possui função de defesa e estimula a produção de anticorpos quando em contato com bactérias, nesses casos é mais comuns o uso de tomografia computadorizada que identifica lesões de um a cinco graus e lesões de grau mais elevado necessitam de tratamentos cirúrgicos. A maioria das vitimas recorrem a cirurgias.

Já o trauma gástrico é, em geral, causado por lesões penetrantes. Por outro lado, é mais raro encontrar traumas fechados, mas quando ocorrem geralmente estão atrelados a outras lesões que podem ser extra ou intra-abdominais, estando assim associadas ao menor caso de mortes, quando associado somente à lesão no estômago.

Sumário

INTRODUÇÃO 7

TRAUMAS TORÁCICOS 8

TRAUMAS ABDOMINAIS 13

ATENDIMENTO EM PACIENTES PREFERENCIAIS (CRIANÇAS, GESTANTES E IDOSOS) 18

PRIMEIROS SOCORROS 23

CONSIDERAÇÕES FINAIS 26

REFERÊNCIAS 27

INTRODUÇÃO

Os traumas torácicos e abdominais estão entre os traumas mais frequentes nos prontos-socorros do Brasil, ou seja, 30% dos casos registrados e quase um quarto das mortes advindas de traumas1. Tal recorrência da mortalidade causada é, em geral, decorrente dos altos índices de acidentes automobilísticos e da ”violência interpessoal”1 no âmbito macroespecífico da realidade brasileira.

As lesões torácicas, as quais serão especificadas nesse trabalho, se subdividem em: trauma esofágico, trauma traqueal e dos brônquios, cardíaco, da aorta. No contexto de tais especificidades dos traumas, é indispensável expor a relação intrínseca entre o trauma e a dinâmica circulatória e a respiratória, o que sugere consequentemente a ocorrência de diagnósticos que abrangem casos de hipóxia, pneumotórax, e hemotórax, isto é, drenagens torácicas no momento do trauma.

Os traumas abdominais decorrem de vários tipos de acidentes, desde aqueles com veículos até disparos de armas de fogo. Tais lesões afetam o abdome interno em vários aspectos, uma vez que a cavidade abdominal não abriga só órgãos vitais, mas também um grande armazenamento de vasos sanguíneos; As lesões abdominais mais sérias causam ameaça a vida e exigem tratamento imediato e apropriado. Assim como os traumas torácicos, os abdominais se subdividem em dois principais grupos: Os ferimentos abertos, aqueles que penetram a cavidade abdominal são perigosos, pois há uma possibilidade de danos aos órgãos internos. O estômago e o intestino são os maiores alvos, uma vez atingidos podem causar sangramento interno e desenvolvimento de infecções. E os ferimentos fechados, nos quais o abdome acaba

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