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AS DIABETES MELLITUS EM CÃES

Por:   •  8/6/2020  •  Abstract  •  1.487 Palavras (6 Páginas)  •  243 Visualizações

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DIABETES MELLITUS EM CÃES

ETIPATOGENIA

  • Em cães esta associada hipoinsulinemia, ou seja, diminuição da produção de insulina e consequentemente baixa de insulina sérica.
  • Enfermidade multifatorial, a genética é um fator relevante no desenvolvimento da doença, o aparecimento de pancreatite e da obesidade contribueM para o aparecimento da diabetes.
  • Acontece a perda funcional das células Beta pancreáticas, que são células responsáveis pela produção de insulina, com a produção lesada a concentração de insulina vai ser baixo e o transporte de glicose vai ser prejudicado a consequência desse processo vai ser HIPERGLICEMIA e GlICOSÚRIA.
  • Diabete Mellitus transitório é um evento raro, é uma condição que causa momentaneamente uma elevação nos níveis de glicoses, porem o paciente tem razoavelmente a capacidade de produzir insulina. Os eventos que antagonizam a insulina são diestro, piometra e o hiperadrenocorticos.
  • Porque nem todos animais em diestro e piometra e com hiperadrenocorticismo desenvolvem DM transitório? Os animais que desenvolvem nesses períodos é devido o animal já não ter um pâncreas bom. Os animais que apresentam DM transitório nessas condições são animais que futuramente podem ter Diabetes mellitus.

ASPECTOS CLÍNICOS

  • EPIDEMIOLIGICAMENTE: doença que acomete cães adultos a idosos, mas com o pico entre 7 a nove anos. Existe diabete juvenil mas é raro em medicina veterinária.
  • ANAMNESE: as queixas do tutor vao ser poliúria, polifagia, polidpsia e perda de peso. Pode ter cães obesos com diabetes mas não é o mais comum, pode ser observado também cegueira súbita e sinais de cetoacidose, desenvolvendo um quadro clinico mais grave.
  • EXAME FÍSICO: pouca coisa se altera, animal magro, pode haver catarata bilateral, hepatomegalia e sinais de CD ( vomito, odor cetonico...)
  • DIAGNOSTICO: NÃO TEM SEGREDO. Sinais clínicos associados a hiperglicemia e glicosúria. Deve avaliar o animal de forma ampla pois tem fatores que pode agravar o quadro diabetes , devem ser considerados comorbidades.
  • Anormalidades laboratoriais: hiperglicemia, hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia pois o organismo não tem fonte de carboidratos e começa a quebrar gordura, aumento de ALT e FA, glicosúria, bacteriúria, amilase e lipases aumentadas devido a uma possível pancreatite.

TRATAMENTO

  • OBJETIVO: eliminar os sinais clínicos  e restabelecer gradualmente o metabolismo do animal, com doses pequenas de insulinas para o organismos readaptar as condições fisiológicas. Também deve se controlar comorbidades, como OSH em cadelas com piometra.
  • Tratamento se baseia em insulina, dieta e exercícios. Em cães a diabetes sempre esta associado a hipoinsulinemia, então sempre vai ser administrado insulina.
  • TIPOS DE INSULINA: as de ação intermediarias e de ação prolongada.
  • ISULINA DE AÇÃO INTERMEDIÁRIA: NPH ( insulina humana), Lente (  insulina de origem suína- Vetsulin)
  • INSULINA DE AÇÃO PROLONGADA: PZI ( de origem suína/bovina), glargina: mais interessantes em gatos
  • Insulinas mais usadas em cães são as insulinas intermediarias, a insulina LENTE é muito boa, mas a NPH tem atuação boa e encontra facilmente em farmácias.
  • TRATAMENTO INICIAL: NPH ou lente com dose inicial de 0,25 UI/KG BID, melhor iniciar com dose baixa para menor incidência de hipoglicemia e efeito  Somogyi.
  • Deve se hospitalizar o animal de 24 a 48 horas para acompanhamento da resposta inicial.
  • Deve fornecer metade da dieta do animal e assim aplica a insulina, normalmente subcutâneo.
  • Deve então mesurar a insulina em 0,3,6 e 9 horas com o objetivo de identificar hipoglicemia, em resposta ao tratamento a glicemia não pode ir abaixo de 80mgdl.
  • A glicose do animal em primeiro momento não fica dentro da normalidade. Se o animal ficou hipoglicemico não deve aumentar a dose de insulina, animal vai pra casa e tem um retorno após 7 dias com a dosagem inicial.
  • Cães controlam a glicemia em no máximo 1UI/KG, quando precisa de mais  provavelmente tem alguma comorbidade.
  • CONTROLE DE MEDIO/LONGO PRAZO: concentração de frutosamina sérica reflete na concentração de glicose. Quando a glicose esteve alta significa que a glicose esta alta. Então é uma forma pratica para ver como esta a glicose nas ultimas 3 semanas.
  • CURVA GLICEMICA: permite instituir alterações terapêuticas. Indicada de 15 a 30 dias após o inicio do tratamento, ou sempre quando ouver hiper ou hipoglicemia.
  • COMO FAZER A CURVA GLICEMICA? O tutor leva o animal na clinica e leva a insulina que utiliza, o animal vai após a primeira refeição. Na clinica o tutor aplica a insulina no paciente, para que não mude a rotina do animal. A partir dai o veterinário colhe de hora em hora material. Observar o gráfico com as medidas que deram
  • Observar o nadir glicêmico ( o mais baixo que a insulina chega).
  • Interpretação da curva glicêmica: o ideal é manter entre 100 a 250, o valor mais alto de glicemia deve ser antes de aplicar a insulina. Nadir acima de 150 deve aumentar a dose de insulina, e inferior a 80 deve aumentar a dose de insulina.
  • Nadir em menos de 8 hras: efeito curto e nadir acima de 12 hras: efeito longo, deve trocar a insulina.
  • DIETA: controlar o aporte calórico e exercícios diários (30 min de caminhada), aumento de conteúdo fibroso ( rações de prescrição ou acrescentar fibras na dieta), metade da dieta em cada aplicação de insulina.

COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO

  •  principal complicação HIPOGLICEMIA. Cauda por um aumento de dose ou sobreposição de duas doses (insulina, com efeito, muito longo), inapetência prolongada, correções de fator de resistência insulínica.
  • SINAIS CLINICOS: alterações comportamentais, fraqueza, ataxia, convulsões.
  • Quando desenvolver hipoglicemia com convulsão, jogar liquido açucarado na boca do animal para controlar até levar ao medico animal.
  • Recorrência clinica: pode ser devido a problemas de administração, subdoses, insulina com tempo de ação inadequado, superdose e somogy.
  • O QUE É EFEITO SOMOGY? É quando a hipoglicemia é induzida por excesso de insulina. Então o organismo responde com liberação de hormônio hiperglicemiantes que são as catecolaminas, glucagon e cortisol. A hiperglicemia causada por esses hormônios é aproximadamente 12 horas podendo chegar a 72 horas.

DIABETES MELITTUS EM GATOS

ETIOPATOGENIA

  • ALTERAÇÕES HISTOLÓGICAS: Amiloidose das ilhotas pancreáticas com perda de células betas e que leva a diabetes e pancreatite crônica.
  • FATORES DE RISCOS: gatos obesos, a idade do animal pois é doença de animais mais velhos, machos castrados são mais propensos a ter diabetes, e machos inteiros são mais propensos que gêmeas inteiras.
  • CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES EM GATOS: DMDI (tipo 1) mais comum em gatos e que precisam de insulina, DMNDI (TIPO 2) não há uma diminuição grave na produção de insulina mas existe um fator que atrapalha a ação da insulina nos tecidos periféricos, assim começa a produzir muita insulina e as células produtoras vão a exaustão, então mais adiante as células ficam lesadas na produção da insulina, e por ultimo DM transitória.
  • GATOS DMNDI EVOLUEM PARA DMDI: ocorre porque a lesão pancreática evoluiu ou houve o desenvolvimento antagonista da insulina, com aplicação de fármacos ou pancreatite.
  • GATOS COM DMDI RETORNAM PARA DMNDI: ou seja, gatos que tomam insulina podem voltar “a normalidade” e não precisar tomar mais insulina, é comum isso acontecer quando corrige um distúrbio antagonista.

ASPECTOS CLINICOS

  • Epidemiologia: acomete geralmente gatos com idade acima de 9 anos.
  • SINAIS CLÍNICOS: PU/PD, polifagia, perda de peso, com pelos opacos e com aspectos de descuidado, posição plantígrada (apoia região de metartaso no chão) ,  fraqueza pélvica e sinais de CD.
  • DIAGNOSTICO: nem sempre é claro e fácil como no cão, pois o gato faz hiperglicemia de estresse e pode confundir para o diagnostico. Pode ter ou não glicosúria. Param melhorar o diagnostico pode ser em casa por um profissional ou tutor, ou pode ser mensurada a frutosamina.
  • Deve ser feito hemograma, painel bioquímico e T4, urinálise e urocultura ( desenvolvimento de infecções) e US abdominal para verificar o pâncreas.

TRATAMENTO

  • Nem todo paciente precisa de insulina.
  • O que determina se o animal precisa de insulina são: intensidade dos sinais clínicos, cetoacidose diabética como glicose na urina, geralmente a maioria dos gatos precisam da insulina.
  • Sem insulina: quando existe uma infecção sistêmica ou corticoide que antagoniza a insulina e é feito o controle da afecção e suspensão de fármacos que tem essa ação.
  • RECOMENDAÇÕES DE ISULINA: para gatos insulinas de ação mais prolongada (glargina 1UI/GATO BID ou detemir).
  • RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS: animais obesos são frequentes, controle pode reverter DI com alimentação com mais fibras e proteínas e menos CHO e gorduras.
  • CONTROLE DE COMORBIDADES, que são elas obesidade, pancreatite crônica, inflamações crônicas, infecção e endocrinopatias, é importante a investigação global no felino pois o controle dessas afecções  podem levar o animal a minimizar a utilização da insulina ou ate suspensão temporariamente.
  • CONTROLE INSULÍNICO: existe uma dificuldade de monitoração porque é dificl manter um gato preso o dia inteiro sem o animal se estressar, em gatos a curva de glicemia é menos utilizada do que em cães.
  • CURVA DOMICILIAR: tutor que colhe o sangue na veia marginal da orelha e mensurar no tempo 0, 3, 6,12 horas e mandar para o veterinário interpretar.
  • UTILIZAÇÃO DA FRUTOSAMINA SÉRICA: é uma excelente opção para gatos pois é  coleta única, então não ocorre estresse e esta mensura 2 a 3 semanas após a alteração insulínica e permite realizar ajustes no tratamento.

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