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MEDICINA VETERINÁRIA PARASITOLOGIA

Por:   •  16/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.632 Palavras (7 Páginas)  •  345 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INGÁ – UNINGÁ[pic 1][pic 2]

MEDICINA VETERINÁRIA

PARASITOLOGIA

Eurytrematose Pancreática Bovina, causada por Eurytrema pancreaticum

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Março, 2018

Maringá – Paraná

Introdução

Diariamente estamos em contato direto ou indireto com parasitas que podem estar presentes em nosso organismo ou no meio externo como no solo, água, ou ambiente. Os parasitas, assim como o próprio nome diz, são organismos que necessitam de outro organismo para sobreviver, se alimentar, se reproduzir, ou seja, para realizar o seu ciclo de vida podendo causar danos ao hospedeiros no qual citamos que essa relação parasitária é desarmônica, ou essa relação pode ser harmônica, onde o parasita não causa danos ao hospedeiro.

O ciclo de vida dos parasitas são classificados em monoxeno e heteróxeno. Quando parasita tem uma predileção por única espécie de organismo, normalmente estes parasitas são os monóxenos que realizam todo o seu ciclo de vida em apenas uma espécie. E também tem os parasitas que realizam seu ciclo de vida em diversos hospedeiros diferentes podendo até obter o homem como hospedeiro definitivo, neste caso chamamos o seu ciclo de vida de heteróxeno. Essa informação é de extrema importância porque muitos desses parasitas podem causar doenças ou acometer a injúrias. E também possuem uma grande importância socioeconômica, uma vez que estes parasitas podem acometer animais de produção voltados para consumo humano, podendo causar a condenação parcial ou total de carcaça, ou até mesmo o descarte ou inutilização de produtos de origem animal.

Em abatedouros por exemplo, é comum existir relatos da presença de Fasciola, Cisticercose, Eurytremia  entre muitos outros parasitas, onde muitas destas espécies utilizam o bovino como hospedeiro intermediário (para realizar certo período do seu ciclo de vida) e também utilizam o ser humano como hospedeiro definitivo, onde se instala em determinados órgãos e tecidos, podendo causar injúrias e doenças.

Eurytrema pancreaticum

São trematódeos ovais, vermelho-amarronzados, com formato de folha e medindo ao redor de 8-16 × 5-8,5 mm. O corpo é espesso; os trematódeos jovens possuem espinhos, em geral ausentes no verme adulto. A ventosa bucal é maior do que a ventosa ventral; a faringe e o esôfago são curtos. Os testículos situam-se, horizontalmente, logo atrás da ventosa ventral. Possuem um saco cirro tubular. O útero ocupa toda a parte posterior do corpo.

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Hospedeiros

Os primeiros hospedeiros intermediários de E. pancreaticum podem ser espécies de caramujos terrestres do gênero Bradybaena. Após serem ingeridos, os ovos do trematódeo eclodem no tubo digestivo do molusco e lá iniciam o seu desenvolvimento. A espécie de caramujo terrestre, Bradybaena similaris, Férussac, (1821), foi descrita no Brasil como o primeiro hospedeiro intermediário de E. pancreaticum (RAGUSA; CAMPOS, 1976).

Após a saída do ovo, a larva penetra na parede do tubo digestivo do caramujo, onde se desenvolve em esporocisto-mãe ao produzir uma formação semelhante a uma massa arredondada, fixada à superfície externa da parede intestinal do molusco. Os esporocistos-mãe crescem, e no seu interior muitos esporocistos-filhos se desenvolvem. O desenvolvimento no interior do molusco completasse em 90 dias após a infecção sob temperatura de 26ºC, enquanto em condições ambientais pode levar de 250 a 350 dias.

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Os esporocistos-filhos, quando se tornam alongados, abandonam o esporocisto-mãe e migram da superfície externa do trato digestivo à abertura respiratória. Os esporocistos são eliminados pelo molusco através da abertura respiratória e chegam ao ambiente. Estes, por sua vez, contêm centenas de cercárias e sua morfologia é distinta para cada espécie de parasito. A emergência dos esporocistos filhos normalmente ocorre horas antes do amanhecer (ITAGAKI; CHINONE, 1982).

Segundo Basch (1966), os hospedeiros definitivos adquirem a infecção ao ingerir as esperanças infectadas juntas com as pastagens. Estudos realizados por Chinone e Itagaki (1976), Sakamoto et al. (1980) e Chinone; Fukase e Itagaki (1984) demonstraram que as metacercárias são liberadas dos cistos no duodeno e migram para os ductos pancreáticos.

Nome científico

Eurytrema pancreaticum

Nome comum

Trematódeo do pâncreas

Predileção

Ductos pancreáticos, ductos biliares e duodeno

Filo

Platelmintos

Classe

Trematoda

Família

Dicrocoeliidae

Tabela 01 – Taxonomia do Eurytrema pancreaticum

Um dos problemas enfrentados na bovinocultura de corte e leite, são os endo e ectoparasitas que interferem diretamente no desenvolvimento, no rendimento dos animais, causando grandes prejuízos em toda a sua cadeia produtiva.

As espécies do gênero Eurytrema (LOOSS, 1907), chamam a atenção pelos índices que são observados em pâncreas de bovinos abatidos em matadouros frigoríficos nos diversos estados brasileiros (BRANT, 1962; AZEVEDO et al., 2000; YAMAMURA, 2005).

Destas espécies se destacam, Eurytrema pancreaticum e Eurytrema coelomaticum (GIARD; BILLET, 1892) que são parasitas comuns de ductos pancreáticos, ocasionalmente ductos biliares e raramente intestino delgado de ruminantes. O primeiro tem sido descrito em bovinos, caprinos, ovinos, bubalinos, suínos, camelídeos, cervídeos e homem, enquanto que o segundo ocorre em bovinos, caprinos, ovinos, bubalinos, leporinos e camelídeos (MATTOS JÚNIOR; VIANNA, 1987).

A Eurytrematose, é uma endoparasitose que causa lesões caracterizadas por pancreatite intersticial fibrosante e obliteração (destruição total ou parcial dos ductos pancreáticos), ela ocasiona injúrias em graus variados, assim como na função excretora do pâncreas citado acima. Portanto podemos afirmar que os processos digestivos e metabólicos dependentes das funções pancreáticas podem ser alterados e os animais portadores destas lesões pancreáticas, podem apresentar diminuição na digestibilidade e conseqüentemente, na assimilação de alimentos. A Perda de elementos protéicos e lipídicos pelas fezes também poderão ocorrer e refletir em alterações séricas, hematológicas e fecais muito antes dos animais demonstrarem sinais clínicos aparentes. (GASTE, 1991).

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