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Pastagens de Cliam Temperado

Por:   •  18/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  8.571 Palavras (35 Páginas)  •  237 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

As forrageiras de clima temperado são plantas que apresentam seu melhor crescimento em temperaturas entre 20 e 25°C. Ocorrem predominantemente ao norte da latitude 30°N e sul da latitude 30°S. Portanto, nas regiões temperadas do globo terrestre. Nestas condições constituem a base da alimentação de herbívoros domésticos sendo utilizadas, principalmente, sob pastejo, feno ou silagem. Na região sul do Brasil as forrageiras de clima temperado são de grande relevância para os sistemas agropastoris.

Esta pesquisa apresenta seis tipos de forrageiras voltadas para a agricultura da cidade de Castro – Paraná. As forrageiras selecionadas – Aveia preta, azevém, trevo branco, trevo vermelho, grama bermuda e cornichão – estão de acordo com as características citadas acima, tais como, clima, temperatura e região. Castro é referência nacional na produção e qualidade do leite, sendo assim, está criação será de gado leiteiro, da raça Holandês no sistema intensivo.

  1. MUNICÍPIO DE CASTRO

2.1 GEOGRAFIA

O município de Castro, com uma superfície aproximada de 2.531,5 km2, situa se no Primeiro Planalto Paranaense, com uma pequena porção a oeste da sede municipal, localizada no Segundo Planalto (PEDRO VASOLO et alia, 2002). Situado a 996 metros acima do mar, as coordenadas geografias do município são: Latitude: 24° 47’ 23”; Sul Longitude: 50° 0’ 42” Oeste (CIDADE-BRASIL, 2012).

2.2 CLIMA

O clima do município de Castro encontra-se sob a influência do tipo climático Cfb de Köeppen, que se enquadra na faixa mesotermal onde a temperatura média do mês mais frio varia entre 18 e 3°C, denominado de temperado úmido, com verões frescos, geadas severas demasiadamente frequentes e sem estação seca (PEDRO VASOLO et alia., 2002).

2.3 SOLO

O município de Castro, em sua quase totalidade, está situado no Primeiro Planalto Paranaense onde predominam rochas graníticas porfiríticas relacionadas ao Proterozóico/Paleozóico e rochas do Grupo Açungui do Proterozóico Superior. os solos são dominantemente argilosos, profundos, ácidos, com pequena variação de textura ao longo do perfil, de coloração avermelhada ou brunada e com horizonte superficial espesso e com altos teores de matéria orgânica. Deve-se mencionar a ocorrência de solos com alta concentração de cascalhos em todos os seus horizontes (PEDRO VASOLO et alia., 2002).

Conforme já salientado, nem todo município de Castro pertence ao Primeiro Planalto, ficando uma pequena parte, a oeste, situada no Segundo Planalto Paranaense (PEDRO VASOLO et alia., 2002). Os solos são mais argilosos, no domínio da Formação Ponta Grossa, porção superior do Grupo Campos Gerais, a qual é constituída de folhelhos cinza, fossilíferos, finamente laminados, micáceos, localmente betuminosos, com intercalações muito pouco expressivas de camadas de siltitos e arenitos (PREFEITURA DE CASTRO, 2010).

2.4 ECONOMIA

O Município de Castro tem como base de sua economia a atividade agropecuária, sendo considerado um dos maiores produtores do estado do Paraná. Na agricultura destacam-se como principais produtos, o milho, soja, feijão, batata, trigo e aveia, já a pecuária de corte, a criação de gado, suínos e aves. Em relação à pecuária leiteira, o município é considerado uma das principais bacias leiteiras do Brasil, em produtividade e qualidade genética. Castro recebeu o título de maior produtor de calcário agrícola da América Latina, devido à exploração e extração mineral. Seu comércio é amplo, reunindo prestadoras de serviços, indústrias de móveis, pincéis e alimentos. Além de contar com um Parque Industrial para implantação de novas indústrias (PREFEITURA DE CASTRO, 2010).

  1. A RAÇA HOLANDESA

raça Holandesa, de origem europeia, é conhecida como a maior produtora de leite. Em virtude dessa característica e por seus longos períodos de lactação, a raça tem uma demanda crescente em todo o mundo (LAZIA, 2012). Apresenta uma boa rede de irrigação do úbere, o que é importante para a produção leiteira. A sua rusticidade é mais acentuada, depois de adaptada a um determinado clima. Quanto ao seu aspecto mais importante, a produção de leite, podemos dizer, de uma maneira geral, que é maior produtora de leite, podendo atingir mais de 50 litros de leite por dia, em 3 a 4 tiradas. O seu leite, em geral, apresenta pouca gordura, com uma média de 3% desse produto (RURAL NEWS, 2015).

  1. AVEIA PRETA

Avena strigosa schreb, a aveia preta é uma das gramíneas anuais mais utilizadas para suprir as necessidades de forrageamento hibernal. Foi introduzida no Rio Grande do Sul no início de 1940. É uma forrageira de clima temperado muito rústica e resistente aos períodos "secos", com excelente capacidade de perfilhamento e produção de massa verde. De forma geral, produz mais forragem que a aveia branca e amarela, daí o nome aveia forrageira. Com o advento do plantio direto (PD), essa espécie passou a ser fundamental na rotação de culturas e na formação de palha, com boa relação carbono/nitrogênio (C/N). Com o crescimento dos modelos de exploração envolvendo a produção animal, ou seja, a integração lavoura-pecuária, a importância das aveias tornou-se ainda maior, com a aveia preta destacando-se em sistemas pastoris por sua maior resistência a pragas e doenças, bem como maior tolerância ao pisoteio animal (CARVALHO, et al., 2008).

4.1 ASPECTO

A aveia preta é uma gramínea de inverno com dois sistemas radiculares, um seminal e outro de raízes permanentes. O colmo é cilíndrico, ereto e glabro, composto de uma série de nós e entrenós. As folhas inferiores apresentam bainha, lígula obtusa e margem denticulada, com lâmina de 0,14 a 0,40 m de comprimento. Os nós são sólidos. O grão de aveia é uma cariopse, semi cilíndrico e agudo nas extremidades, encoberto pela lema e pela pálea. A aveia preta caracteriza-se por crescimento vigoroso e tolerância à acidez nociva do solo, causada pela presença de alumínio. É a forrageira anual de inverno mais usada para pastejo no inverno, no Sul do Brasil. É espécie mais precoce do que a maioria dos cereais de inverno, e também que o azevém. Pode ser pastejada ou conservada como feno ou silagem ou, ainda, cortada mecanicamente para fornecimento em cochos (RENATO FONTANELI, et al).

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