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Adubação Convencional x Adubação Orgânica na Composição Nutricional das Pastagens

Por:   •  28/4/2015  •  Artigo  •  1.888 Palavras (8 Páginas)  •  412 Visualizações

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Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte Câmpus Apodi

Professora: Thaíza Mabelle        
Componentes: Francisco de Assis                   Turma: 3.8426.1v
                         Layane Érica
                         Wilyane Gama

Adubação Convencional x Adubação Orgânica na Composição Nutricional das Pastagens

Apodi/RN – 14.03.2013


INTRODUÇÃO

        A adubação é uma prática de manejo do solo utilizada há muito tempo, no intuito de manter a sustentabilidade da pastagem e melhorar os índices produtivos (SANTOS et al., 2010), tanto da própria planta, como dos animais que a consome – uma alimentação rica em nutrientes para os animais representa bom desempenho. Com a adubação se torna possível suprir a demanda de nutrientes do solo, e com isso promover o adequado desenvolvimento das forrageiras.        
        A busca por novos tipos de adubação se tornou necessário, visto que com o tempo é preciso inovar, seja em busca de métodos novos, seja em busca de manejos do solo mais acessíveis a alguns produtores. A adubação convencional, há muito tempo utilizada, já não é a melhor alternativa em alguns tipos de plantio, visto que pode não ter uma boa resposta se comparada a outra que se mostre mais eficiente frente a situação.         
        Outro tipo de adubação do solo que está ganhando espaço é a orgânica, que é mais acessível a alguns produtores e tem respostas significativas, podendo substituir a adubação convencional e ter índices produtivos iguais ou melhores do que ela.         
        A grande dúvida existente é a influencia das adubações no valor nutritivo da forragem, em que o aumento de produção por área não deve ser o único quesito na escolha do tipo de adubação a ser adotado. Cada forrageira tem sua exigência nutricional, assim, é possível escolher o tipo certo de adubo a ser usado, seja ele do tipo convencional, seja ele orgânico, o que nos possibilita obter os melhores índices produtivos e nutritivos de cada plantio.

REFERENCIAL TEÓRICO

1.  Adubação Convencional

A utilização de compostos químicos para suprir a carência nutricional das plantas pode ser feito a partir da adubação convencional, que vem a corrigir ou incrementar substâncias indispensáveis a elas (CRUZ, 2000).         O fornecimento de adubos nitrogenados minerais altera o balanço de nitrogênio entre solo e planta. A adubação nitrogenada é considerada, em algumas culturas, uma das principais maneiras de se obter aumento na qualidade e produtividade (KOEFFE et al., 1983).        
        A adubação nitrogenada promove a maior disponibilidade de forragem, aumentando as reações enzimáticas, o metabolismo das plantas (VITOR et al., 2009), e o teor de clorofila nas folhas (COLOZZA et al., 2000). Segundo Corsi (1984), a adubação nitrogenada ainda pode reduzir o teor de FDN das plantas, visto que o crescimento de novos tecidos – os quais possuem menores teores de carboidratos estruturais – é estimulado.         
        A adubação com N e K, realizadas em bananeiras, provocou um equilíbrio nutricional entre esses nutrientes, no entanto reduziu a concentração de Mg, causando um desequilíbrio nas plantas, conhecido  como “azul-da-bananeira” (TEIXEIRA et al., 2007).

2. Adubação Orgânica

        A adubação orgânica já era utilizada pelos primatas há milhares de anos, em que se fazia o uso de adubos tanto de origem vegetal como animal, entre estes podemos citar o húmus, compostos orgânicos e esterco animal. Os adubos orgânicos constituem uma grande fonte de macro e micronutrientes, que podem ser aproveitados na agricultura (KIEHL, 1993).         
        De acordo com Ferreira et al. (1993) a produção de hortaliças com a adubação orgânica mostrou elevados resultados em relação a produtividade, bem como a qualidade dos produtos obtidos. Essa resposta positiva da adubação orgânica é reflexo de suas vantagens, em que a matéria orgânica tem a capacidade de melhorar as características do solo (BARBOSA, 2005).        
        A promoção da melhoria física, química e biológica das plantas pelo adubo orgânico contribui para o crescimento e desenvolvimento das plantas, aumentando a capacidade de infiltração e retenção de água, permitindo ainda a troca de cátions (KIEHL, 1985).         
        Pedrosa (1986) observou um aumento na altura das plantas - plantação de cenouras - adubadas com efluente do esterco bovino. Praxedes (2000), também em estudo utilizando a cenoura, notou que o maior aumento produtivo foram nos tratamentos que receberam esterco bovino como adubo. O esterco bovino também foi utilizado por Melo e Almeida (1984) na produção de batatas, ocorrendo também um aumento na produção. Isso de deve ao fato de o esterco melhorar a estrutura do solo, aumentar a troca de cátions, além do incremento na retenção de umidade pelo solo (BARBOSA, 2005).

3. Adubação Convencional x Adubação Orgânica

 Os adubos orgânicos são considerados com baixo de teor de nutrientes, apresentando cerca de 10% a 20% dos nutrientes encontrados nos fertilizantes químicos. Mas ainda assim exerce grande importância para a agricultura, uma vez que melhoram as condições do solo (BARBOSA, 2005).        
        Barbosa (2005), ao comparar a adubação convencional e a orgânica na produção de batata-doce, percebeu que não houve diferença significativa entre os tratamentos. Isso pode ter ocorrido devido a perda de nutrientes, advindo da adubação mineral, por lixiviação, causada pelas fortes precipitações ocorridas no período experimental, visto que, segundo Filgueira (2000), a adubação mineral é muito importante na produção de batata-doce.        
        Na produção de raízes comerciais não foi observada diferença estatística entre os dois tipos de adubação. Essa falta de diferenças pode ter se dado devido aos tipos de fertilizantes utilizados, como também o tipo de estudo, em que o biofertilizante com o esterco bovino mostrem diferenças se utilizados para a fertilização não-convencional na batata-doce. Isso porque o biofertilizante promove o fornecimento de N, P e K, além de outros elementos minerais, aumentando a infiltração de água e melhorando as propriedades do solo - características da adubação orgânica - (FILGUEIRA, 2000).        
        A eficiência do biofertilizante se dá pelo fato de que este possui nutrientes mais facilmente absorvidos, quando comparado a adubos orgânicos. Estes últimos, por sua vez, pode se tornar ainda mais eficiente quando utilizado na forma líquida - efluentes do esterco bovino, por exemplo -, melhorando a infiltração de água, e também as condições do solo (CAVALCANTE e  LUCENA, 1987).         
        No que se refere ao custo, a adubação orgânica é tida como a mais economicamente viável (CARVALHO et al., 2005), em que além de incrementar a produtividade, proporciona a obtenção de plantas com características diferentes daquelas cultivadas exclusivamente com adubação mineral (SANTOS et al., 1994).

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