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A Bioquímica da Lactação

Por:   •  7/1/2018  •  Trabalho acadêmico  •  5.567 Palavras (23 Páginas)  •  952 Visualizações

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Introdução

É o grupo mais evoluído e mais conhecidos dos cordados. Representa tanto os grandes animais, como os elefantes, como os pequenos bichos como os ratos.

A glândula mamária, á semelhaça das glândulas  sebáceas e sudoríparas, é uma glândula cutânea. Do ponto de vista histológico, nos mamíferos mais desenvolvidos consiste em um tipo de tubo alveolar composto que se origina do ectoderma. Embora as glândulas mamarias sejam semelhantes em quase todos os mamíferos, há  amplas variações entre espécies na aparência das glândulas e nas quantidades relativas dos componentes secretados. Os mamíferos mais desenvolvidos são os que possuem placentas verdadeiras (quando possuem cordão umbilical). Cerca de 95% corresponde a este grupo.

As glândulas mamarias de bovinos, equinos, caprinos, equinos e baleias são localizados na região inguinal; em primatas e elefantes na região torácica; e as de suínos, roedores e carnívoros , ao longo da superfície ventral do tórax e do abdome.

Suprimento sanguíneo e estruturas capilares. 

Célula secretora

Alvéolos e ductos formam o sistema secretor de leite. Os alvéolos são considerados como as unidades básicas das glândulas mamarias em lactação. O leite é formado nas células epiteliais doa alvéolos. Um grupo de alvéolos forma um lóbulos e um grupo de lóbulos forma o lobos.

O alvéolo é uma unidade funcional de produção onde uma única camada de células secretoras de leite estão agrupadas numa esfera com um centro oco. Tecidos de capilares sanguíneos e células mioepiteliais (como células musculares) circundam o alvéolo, e o leite secretado é encontrado na cavidade interna (lúmen). As funções dos alvéolos são:

  • Remover nutrientes do sangue
  • Transformar esses nutrientes em leite
  • Descarregar o leite dentro do lúmen

(As células secretoras captam os nutrientes do sangue que passa pela aorta, e os alvéolos irão transformar em leite e depositar no lúmem).

A secreção do leite pelas células secretórias é um processo contínuo que envolve muitas reações bioquímicas, e dentre essas reações estão envolvidas a síntese de proteína, síntese de gordura, síntese de lactose, síntese de ácidos graxos, de glicerol e de vitaminas.

O uso de glicose por uma célula secretória.

 Apesar de a glicose na dieta ser totalmente fermentada no rúmen em ácidos voláteis (ácido acético, propiônico e butírico), ela é necessária em grandes quantidades para o úbere lactente. O fígado transforma ácido propiônico novamente em glicose que é transportada pelo sangue para o úbere, onde é usada pelas células secretórias. A glicose pode ser usada como uma fonte de energia para as células, como o bloco construtor de galactose e subsequentemente lactose, ou como fonte de glicerol necessária para síntese de gordura.

Suprimento de sangue

A produção de leite demanda muitos nutrientes que são trazidos ao úbere pelo sangue, através da veia aorta caudal, nas artérias ilíacas direita e esquerda (prosseguindo bilateralmente), as artérias ilíacas externas e as artérias pudendas externas. As artérias mamarias que se originam nas artérias pudenda externa formam os ramos craniais e caudais, que irrigam as porções cranial e caudal do úbere respectivamente. O sangue carrega hormônios que controlam o desenvolvimento do úbere, síntese de leite, e regeneração de células secretórias entre as lactações (durante o período seco).

Componentes do leite

Os principais componentes do leite são: água de 86-88%, sólidos totais de 12-14%, Gorduras de 3,5-4,5%, proteínas de 3,2-3,5%, lactose de 4,6-6,5%, minerais de 0,7-0,8%, vitaminas, bactérias, leucócitos e células mamarias secretoras.

Componentes do leite

 Água: O conteúdo de água no leite depende da síntese da lactose. A concentração de substâncias dissolvidas em cada lado das células secretórias é balanceada pela liberação de água do sangue e pela mistura com outros componentes do leite encontrados na cavidade alveolar. Portanto, a produção de lactose atua como uma válvula que regula a quantidade de água liberada no alvéolo e portanto,   O mamífero neonato não é capaz de procurar água por seus próprios meios e pode desidratar rapidamente sem o fornecimento de água do leite. A quantidade de água no leite pode variar desde pouco conteúdo, no caso dos mamíferos marinhos, até alto conteúdo, no caso do leite bovino.

Glicídeos:

A lactose é o principal glicídeo do leite. É um dissacarídeo composto pelos monossacarídeos D-glicolise e D-galactose, ligados por ponte glicosídica β-1,4.

O nome químico da lactose é 4- β-D-galactopiranosil-Dglicopiranose. A lactose aparece essencialmente no leite, mas já foi encontrado em algumas frutas.

A lactose não é tão doce quanto outros dissacarídeos, como a sacarose, ou monossacarídeos frutose ou glicose. A lactose é a principal fonte de glicose que fornece energia ao neonato. Outros glicídeos podem ser encontrados no leite, porem em concentrações muito baixas. Também são encontrado amino-açucares, açúcar-fosfatos, oligossacarídeos e açucares nucleotídeos.

Gorduras:

O componente lipídico do leite é formado por uma complexa mistura, sendo os triglicerídeos os lipídeos mais importantes. Este são compostos por 3 çidos graxos em ligação covalente a uma molécula de glicerol por pontes ester. A gordura do leite é a principal fonte disponível de lipídeos pelo mamífero neonato para acumular reservas adiposa nos primeiro dias de vida. A gordura doleite é secretada pelas células epiteliais na forma de glóbulos graxos, principalmente por compotos de triglicerídeos rodeados de uma dupla camada lipídica.

Proteina:

A composição proteica total do leite reúne vaias proteínas especificas. Dentro das proteínas do leite, a mais importante e a caseína, que corresponde cerca de 85% das proteínas lácteas. Existem vários tipos de caseínas: α,β,γ e К, todas similares na sua estrutura. A caseína se agregam formando grânulos insolúveis chamados de micelas. As demais proteínas do leite estão em forma solúvel. A caseína tem uma composição de aminoácidos apropriada para o crescimento dos animais jovens. As proteínas do sono variam de acordo com a espécie animal, o estagio de lactação, tipo de dieta e apresença de infecções intramamárias, entre outros fatores. As principais proteínas do soro do leite da vaca são as β-lactoglobulina e a α-lactalbumina.

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