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Como Criar Redes Locais De Alimentação Intermediadas E Parceiras. Desempenho Coletivo, Negociação Coletiva E Aprendizado Coletivo

Por:   •  31/8/2023  •  Projeto de pesquisa  •  1.735 Palavras (7 Páginas)  •  80 Visualizações

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UFCG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE[pic 1]

CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS PPGSA/CCTA/UFCG

COMO CRIAR REDES LOCAIS DE ALIMENTAÇÃO INTERMEDIADAS E PARCEIRAS. DESEMPENHO COLETIVO, NEGOCIAÇÃO COLETIVA E APRENDIZADO COLETIVO

LINHA DE PESQUISA – SISTEMAS AGROALIMENTARES

NOME

POMBAL – PB

2022

NOME[pic 2]

COMO CRIAR REDES LOCAIS DE ALIMENTAÇÃO INTERMEDIADAS E PAR-CEIRAS. DESEMPENHO COLETIVO, NEGOCIAÇÃO COLETIVA E APRENDI-ZADO COLETIVO

Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Sistemas Agroindustriais da UFCG, como um dos critérios de avaliação do processo seletivo.

POMBAL – PB

2022

[pic 3]

Sumário

1. Introdução        4

1.1 Justificativa        5

2. Objetivos        7

2.1 Objetivo Geral        7

2.2 Objetivos específicos        7

3. Metodologia        8

4. Resultados esperados.        9

5. Cronograma        10

Referências Bibliográficas        11


1. Introdução

        As redes alimentares locais, ou cadeias curtas de abastecimento alimentar, tornaram-se um assunto central dos estudos agroalimentares desde o início dos anos 2000. Na maioria dos casos, esta pesquisa se concentrará em vendas diretas (mercados de agricultores, lojas agrícolas, agricultura apoiada pela comunidade, etc.). No entanto, mais recentemente, também se voltou para formas intermediárias que incluem atacadistas, processadores, varejistas e fornecedores contratados. Eles também se agruparam em torno de novas palavras-chave, como “cadeias de suprimentos baseadas em valores” e “agricultura do meio” (Lyson et al., 2008) ou a ideia de cadeias de suprimentos “híbridas” que combinam o longo global-convencional e o curto-local. (Bloom & Hinrichs, 2011).

        Embora tenham sido menos examinados do que as vendas diretas, está sendo construído um registro das potenciais vantagens e limites dessas formas intermediárias de redes alimentares locais. Por um lado, são soluções de escalonamento. Ao agrupar os suprimentos de vários produtores, controlar a logística ou realizar operações de processamento, eles possibilitam atingir compradores como hospitais, escolas e universidades (Cleveland et al., 2014; Conner et al., 2011; Izumi et al. ., 2010; Klein, 2015). Trabalhar com intermediários como atacadistas e varejistas também permite atingir certos consumidores que desejam ter acesso fácil a produtos locais sem ter que mudar muito suas práticas de compra (Greco et al., 2020; Milestad et al., 2017; Zwart & Mathijs, 2020). Essas formas intermediárias também trazem vantagens para os agricultores que não querem investir em marketing e, assim, se poupam do tempo e carga mental associados (Le Velly & Dufeu, 2016). Também devemos apontar que alguns deles não têm escolha a não ser contar com intermediários. Esse é particularmente o caso da agricultura dos agricultores médios, que estão envolvidos em culturas não diversificadas em grandes áreas e teriam grande dificuldade em vender toda a sua produção diretamente aos consumidores (Lyson et al., 2008; Peterson et al., 2022).

        Por outro lado, a criação de redes de alimentos intermediários pode gerar temores de um deslize para o modo de operar da longa cadeia de suprimentos, algumas vezes coisa que alguns autores comparam à convencionalização (Mount & Smithers, 2014). A principal armadilha é que os intermediários podem impor preços baixos aos agricultores e capturar a maior parte do valor agregado. De forma mais geral, corre-se o risco de exercerem um poder central sobre a organização da cadeia de abastecimento, de modo a determinarem não apenas os preços, mas também os métodos de produção. Várias investigações atestam a realidade desse risco. Eles relatam os sentimentos dos agricultores de não estarem suficientemente envolvidos na governança de iniciativas intermediadas (Bloom & Hinrichs, 2011; Milestad et al., 2017; Mount & Smithers, 2014) ou de terem que se submeter às demandas dos demais atores da cadeia de suprimentos. (Cleveland et al., 2014; Klein, 2015; Rosol & Barbosa, 2021; Tewari et al., 2018).

        Podem ser criadas redes alimentares locais intermediadas sem que os intermediários obtenham o poder de organizar a cadeia de abastecimento? Os investigadores que identificaram um modelo de cadeia de abastecimento baseado em valores indicam que é possível, que podem concretizar-se parcerias estratégicas entre os intervenientes da cadeia de abastecimento alimentar, mas ao mesmo tempo sublinham a magnitude dos desafios a enfrentar (Stevenson & Pirog, 2008). Além disso, como vimos, vários estudos mostram que, apesar das aspirações alinhadas aos valores da relocalização da oferta alimentar, não é raro que os agricultores tenham muito pouco peso no trato com os demais atores das redes alimentares locais intermediadas.

        Este estudo pretende dar uma contribuição original a este debate ao descrever se é possível construir redes alimentares locais intermediadas inspiradas em objetivos de parceria. Para tanto, serão estudadas duas iniciativas francesas de “supply chain”, cadeia de mantimentos,  de carne bovina que escolhemos por serem particularmente bem desenhadas nesse sentido. Faremos este trabalho com a ajuda da sociologia do “mercadoagências.” Essa estrutura analítica, que é um desdobramento da teoria ator-rede (ANT) (Latour, 2005), vai se concentrar menos nas maneiras pelas quais os mercados já formados operam do que nos “processos de mercantilização” que permitem sua formação (Çalişkan & Callon, 2010 ; Callon, 2021; para uma apresentação, ver Le Velly & Moraine, 2020).

        Assim, pretende-se analisar a viabilidade da criação de uma rede de distribuição de carnes, no modelo cooperativista, eliminando o intermediário, na cidade de Sousa, interior paraibano.

1.1 Justificativa

        Analisar essa o ambiente mercadológico acima citados, permite enfatizar as próprias operações necessárias para estabelecer redes agroalimentares inovadoras, como o desenvolvimento de padrões sustentáveis de qualidade para a mercadoria, fórmulas para estabelecer preços justos, novas infraestruturas logísticas ou embalagens, etc. (Le Velly & Dufeu, 2016; Le Velly & Moraine, 2020; Onyas et al., 2018; Ouma, 2015; Wang, 2018). Um exame minucioso desses processos pode permitir ao pesquisador compreender melhor como se desenvolvem as relações de poder dentro da rede. Longe de serem pensadas como estruturalmente rígidas e determinadas, essas relações de poder são vistas mais como resultados dos processos de formação de mercado em questão.

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