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MANEJO INTEGRADO DO ÁCARO TETRANYCHUS URTICAE KOCH (ACARI: TERTRANYCHIDAE) EM CULTURA DE PIMENTÃO CAPSICUM ANNUUM L.

Por:   •  13/2/2017  •  Artigo  •  4.823 Palavras (20 Páginas)  •  485 Visualizações

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MANEJO INTEGRADO DO ÁCARO TETRANYCHUS URTICAE KOCH (ACARI: TERTRANYCHIDAE) EM CULTURA DE PIMENTÃO CAPSICUM ANNUUM L.

INTEGRATED MANAGEMENT OF TETRANYCHUS URTICAE KOCH MITE (ACARI: TERTRANYCHIDAE) IN CHILI CULTURE CAPSICUM ANNUUM L.

Luiz Fernando Pacheco - luizfp_sp@hotmail.com

Thiago Henrique Souza Alves – Thiago.alves@renukabrasil.com.br

Graduando em Engenharia Agronômica – Unisalesiano Lins

Prof.ª Ma. Elisete Peixoto de Lima – Unisalesiano Lins - elisetelins@globo.com

Prof. Marcos José Ardengh – Unisalesiano Lins - mj-ardenghi@uol.com.br

Resumo

O ácaro rajado, Tetranychus urticae Koch é uma das principais pragas na cultura do pimentão e tem trazido prejuízos econômicos significativos, o uso contínuo de defensivos químicos eleva o custo da produção e pode provocar o desenvolvimento de resistência a acaricidas, contribuindo por exceder o limite máximo permitido de resíduos químicos no fruto, causando contaminação ambiental, intoxicação do consumidor e do trabalhador rural. O experimento foi conduzido no Sítio Santa Luzia, Bairro Água Quente, Município de Pirajuí/SP, entre os meses de agosto de 2015 a julho de 2016. Os resultados numéricos encontrados não apresentaram valores significativos nos ensaios experimentais.

Palavras-chave: Manejo integrado, Fitoseídeos, Tetranychus.

Abstract

The Twospotted Spider Mite, Tetranychus urticae Koch, is one of the main pests in the Bell Pepper cultivation and has brought significant economic loss, along with the continuous use of pesticides which raises the production costs and can cause the development of acaricide resistance, contributing to exceed the maximum limit allowed of chemical waste in the fruit, causing environment contamination and consumer and rural worker poisoning. The experiment was conducted at Santa Luzia site, Agua Quente district, city of Pirajuí, state of Sao Paulo, between the months of August 2015 and July 2016. The numeric results found do not present significant values in the experimental tests.

Key words: integrated management; phytoseiids; Tetranychus.

Introdução

O pimentão (Capsicum annuum) é originário do continente americano, C. annuum, pertence à família das solanáceas e sua espécie é perene, porém cultivada como cultura anual (FILGUEIRA, 2008). É uma das hortaliças de maior consumo no Brasil, sendo cultivado em praticamente todos os estados brasileiros (Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul, Bahia e Sergipe), tendo a região sudeste como o principal polo produtor de frutos do pimentão, devido aos grandes centros consumidores estar localizados nesta região, ocupando significante área de plantio, tanto em sistema de ambiente protegido como em campo aberto. Anualmente, a área cultivada com pimentões do gênero Capsicum no Brasil gira em torno de cinco mil hectares, permitindo uma produção de 75 mil toneladas, com produtividade média de 15 t/ha. (EMPRABA, 2007).

O aumento expressivo na produção desse fruto nos mercados consumidores (interno e externo) tem favorecido o aumento na ocorrência de pragas associadas à cultura, podendo comprometer a produção e a qualidade dos frutos. Várias espécies de pragas encontram-se associadas à cultura do C. annuum e dentre elas pode-se destacar como uma das principais o ácaro rajado Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae), fitófago que pode ser encontrado em clima tropical e temperado em mais de 150 plantas, ocorrendo ao longo de todo o período de cultivo, causando danos diretos e indiretos o que resulta em prejuízos aos produtores. (CRISÓSTOMO et al., 2008). Esta praga tem trazido grandes perdas não só para os produtores de pimentão, mas a diversos tipos de culturas, tais como algodão, feijão, mamão, morango, maçã, plantas ornamentais, dentre outras. Genótipos de C. annuum L apresentaram maior suscetibilidade ao ataque de ácaros Polyphagotarsonemus latus e Tetranychus urticae quando comparado com os genótipos C. baccatum, C. chinensis, C. frutescens (LIMA, FILHO, CAFÉ, 2003, 1158 p.).

Os ácaros geralmente causam prejuízos quando a combinação de fatores climáticos como a alta temperatura, baixa umidade e ausência de chuvas favorecem o crescimento populacional, além do desequilíbrio ambiental provocado pelo uso constante de inseticidas nas lavouras, que favorecem o crescimento populacional da praga. (COSTA et al.,2007).

Os sinais sobre as plantas são facilmente reconhecidos, pois T. urticae produz teia que os protege de seus predadores, uma vez que muitos destes não conseguem movimentar-se entre os fios da teia, impedindo o estabelecimento de outra espécie no mesmo lugar, como por exemplo, Panonychus ulmi, que não se estabelece em áreas ocupadas por T. urticae. A teia produzida em grande quantidade, os protege também da ação das chuvas, dificultando que gotículas atinjam a colônia, além de facilitar o encontro da fêmea pelo macho e a dispersão dos ácaros. (MORAES; FLECHTMANN, 2008).

Os T. urticae, popularmente conhecidos como ácaros rajados, são considerados pragas agrícolas, pois se alimentam perfurando com os estiletes principalmente as células da epiderme foliar abaxial de folhas jovens da parte apical das plantas, nos brotos terminais, sugando o conteúdo celular e os cloroplastos, impedindo a realização da fotossíntese, sobrando apenas uma pequena quantidade de material celular residual que coagula formando uma massa branco-amarelada em todo limbo foliar, com posterior necrose, podendo também causar deformidades nas flores e nos frutos, provocando sua queda e, consequentemente, comprometendo a produção. Em ataques intensos podem ocasionar a seca das folhas, as quais caem prematuramente, reduzindo a área foliar, afetando o desenvolvimento, a produtividade e podendo causar a morte da planta, devido à exposição dos frutos à ação dos raios solares, prejudicando a qualidade dos mesmos. (BACCI et al., 2007).

Os adultos de T. urticae podem ser vistos a olho nu, pois medem cerca de 0,6 mm e apresentam acentuado dimorfismo sexual, sendo as fêmeas ovaladas e robustas com cerca 0,5 mm de comprimento, de coloração verde/amarelada apresentando um par de manchas verde-escuras no dorso; os machos são menores e mais esguios medindo cerca de 0,3 mm de comprimento. A reprodução

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