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Manejo integrado de pragas - Grandes culturas

Por:   •  9/5/2018  •  Resenha  •  3.981 Palavras (16 Páginas)  •  609 Visualizações

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RESUMÃO MIP – CECÍLIA CZEPAK

Integração de táticas de controle (PRIMEIRA AULA)

1930 – o controle de pragas tinha por objetivo erradicar os insetos praga e patógenos, atualmente, busca-se com o MIP a redução desses insetos. Algumas espécies se tornaram resistentes, houve surtos epidêmicos de espécies secundárias e redução dos insetos benéficos.

MIP: escolha e uso inteligente de táticas de controle que produzirão consequências favoráveis dos pontos de vista econômico, ecológico e sociológico.

Três aspectos principais:

  1. Determinar como o ciclo biológico de um inseto precisa ser modificado para mantê-lo em níveis tolerados, ou seja, abaixo do limiar de dano econômico;
  2. Combinar o conhecimento biológico com a tecnologia disponível para alcançar a modificação necessária, ou seja, exercer a ecologia aplicada;
  3. Desenvolver táticas de controle adaptadas às tecnologias disponíveis e compatíveis com aspectos econômicos e ecológicos-ambientais, ou seja, conseguir aceitação econômica e social.

  • Ampliação do MIP -> MIC (manejo integrado da cultura – MIP, manejo integrado de   nutrientes, da água, etc).

MIC – visa otimizar o uso de recursos naturais, reduzindo o risco para o meio ambiente e maximizar a produção. O MIP não é suficiente, o MIC abrange todas as áreas da produção e é necessário ser feito.

O que se procura com o MIP E MIC?

  • Maior estabilidade na produção;
  • Padronização de procedimentos de controle integrado;
  • Exploração de áreas agricultáveis ou exploração de áreas velhas com novas culturas;
  • Maior rapidez e flexibilidade de resposta a surtos epidêmicos de pragas e patógenos;
  • Menor agressão ao meio ambiente.

O MIP utiliza meios que visam manter as pragas abaixo do nível de dano econômico e que podem ser integrados com inseticidas, desde que essa integração seja feita de forma harmoniosa.

Implementação/execução do MIP

  • Reconhecimento das pragas chaves mais importantes (biologia, hábitos, hospedeiros e inimigos naturais);
  • Avaliação dos inimigos ambientais;
  • Estudo dos fatores climáticos que afetam a dinâmica populacional da praga e seus inimigos;
  • Determinar o nível de dano econômico e de controle (fenologia, prejuízos, custo do controle e preço da produção);
  • Avaliação populacional (amostragem);
  • Avaliação dos métodos mais adequados para incorporar num programa de manejo.

O que é uma praga? R: organismos que entram em conflito com o ser humano (produção de alimentos, cultura – acervo de museus, conforto – pernilongos a noite; doenças (malária). Este conceito é relativo no tempo e espaço, por exemplo: o que é uma praga para um agricultor pode não ser para outro.

  • Por que os insetos causam danos?: introdução acidental; quando se tornam vetores de doenças; introdução de uma nova cultivar; monocultivos; uso inadequado de agroquímicos.
  • Praga chave: nem sempre a praga mais numerosa, mas sim aquela que causa DANO.

Todo ataque de insetos é deletério para as plantas? R: Com certeza não. O ataque pode ser tolerado pelas plantas.

  • Injúria: o ataque em si
  • Dano: ocorre quando o ataque representa uma perda mensurável. É importante determinar se o dano ainda está fresco e se a praga ainda está na cultura causando danos; se o dano está relacionado somente a presença da praga e se existe outros fatores; determinar se o dano irá ser mais baixo que o valor da cultura ou em níveis toleráveis.

Importância de se conhecer o ciclo de vida do inseto:

  • Para determinar o momento em que a praga é vulnerável para determinar a prática;
  • Para determinar o nível de infecção

Condição para ela ser praga: relacionado com sua densidade populacional e o dano ocasionado na planta. É praga quando em um curto tempo é capaz de se multiplicar rapidamente e causar danos à cultura.

  • Praga indireta: ataca uma parte da planta que não será comercializada, mas com isso provoca alterações fisiológicas reduzindo a produção.
  • Praga direta: ataca o produto que será comercializado.
  • Nível de dano econômico: é a densidade populacional de uma praga capaz de causar um prejuízo (dano econômico) de igual valor ao seu custo de controle.
  • Nível de controle ou de ação: é a densidade populacional onde é preciso tomar medidas antes de se ter dano econômico.
  • Nível de equilíbrio: é a densidade média durante um longo período de tempo.        

As pragas podem ser classificadas como: não econômicas (população raramente ultrapassa o nível de equilíbrio), ocasionais, perenes, severas.          

  • Não econômicas: quando sua densidade populacional raramente ultrapassa o NDE;
  • Ocasionais: quando a densidade populacional ultrapassa NDE em condições especiais (clima ou uso indevido de inseticidas).
  • Perenes: quando a densidade populacional atinge o NDE com frequência.
  • Pragas severas: quando a densidade populacional está sempre acima do NDE caso medidas de controle não sejam tomadas.

Importância do monitoramento:

  • Determinar a situação da praga na cultura e avaliar que tipo de danos ou prejuízos estão ocorrendo;
  • Para definição da tomada de decisão;
  • Para prever os problemas e possíveis danos antes que a população cresça descontroladamente.

Guia de monitoramento

  • Presença de evidências de pragas;
  • Presença de inimigos naturais;
  • Evidências de atividades e manejo que podem estar contribuindo (adubação, irrigação);
  • Evidência de danos (natureza do dano, local do dano, presença da praga na cultura);
  • Caso não reconheça a praga em questão, o correto seria coletá-la e enviar a um centro especializado (Embrapa, IAC, Emater).

Frequência de monitoramento: determinado principalmente pela biologia da praga e pelo ciclo da cultura.

Amostragem (técnica fundamental do manejo) - Depende basicamente dos seguintes fatores:

  • Pessoal: conhecimento;
  • Mecânico: aparelhos para amostragem;
  • Econômico: custo da amostragem e à vantagem ou não da sua execução;
  • Estatístico: o que dá a precisão da amostragem, deve-se se estabelecer um plano para amostragem levando em conta o tamanho da amostra, unidade de amostra, tipo de caminhamento, tipos de amostragem.

Amostragem convencional: baseia-se num número fixo de amostras a serem colhidas/unidade área.

Amostragem sequencial: número de amostras e variável em contraposição à amostragem convencional. Não estima parâmetros populacionais, mas aplica uma hipótese previamente testada, assim ela aceita a hipótese de não controlar a praga, aceita a hipótese de controlar a praga, continua amostrando até que as hipóteses anteriores sejam tomadas.

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