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O Banco de Sementes

Por:   •  2/3/2017  •  Resenha  •  673 Palavras (3 Páginas)  •  331 Visualizações

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Banco de Sementes

Uma das tarefas mais importantes em qualquer programa de melhoramento de plantas é a conservação do germoplasma associado à espécie ou grupo de espécies com as quais se trabalha. O germoplasma constitui o patrimônio genético de uma espécie, representando a fonte de variabilidade genética disponível para o melhoramento de plantas, incluindo variedades primitivas, parentes silvestres das plantas cultivadas, variedades comerciais, variedades locais (também denominadas de variedades crioulas), híbridos naturais entre variedades primitivas e parentes silvestres e linhagens avançadas. Dessa forma, resguardar a diversidade genética contida no germoplasma vegetal é fundamental não apenas para o sucesso do programa de melhoramento em si, mas, sobretudo, sob o ponto de vista da segurança alimentar e da soberania nacional.

A conservação da variabilidade genética vegetal pode ser realizada in situ ou ex situ. Na conservação in situ, as espécies permanecem em seu habitat natural. Na conservação ex situ, o germoplasma é mantido em condições artificiais, geralmente em bancos de germoplasma, fora de seu habitat natural, podendo ser realizado através de coleções de pólen, sementes, cultura de tecidos e coleções de plantas mantidas em campo.

Os bancos de germoplasma podem abrigar coleções de base, coleções ativas, coleções nucleares ou coleções de trabalho. As coleções de base têm a finalidade de conservar o germoplasma por longo prazo e como precaução contra possíveis perdas, não priorizando as ações de distribuição ou intercâmbio, que são frequentes nas coleções ativas. Nestas, a prioridade é a conservação de amostras por médio e curto prazos, dedicando-se à avaliação, caracterização, documentação e intercâmbio de material, com os objetivos de evitar a perda de recursos genéticos e conservar fontes de genes para uso futuro em sistemas agrícolas. As coleções nucleares, por outro lado, reúnem a maior variabilidade genética de uma espécie no menor número possível de acessos.

No caso do armazenamento de sementes em bancos de germoplasma, dois aspectos são fundamentais: a manutenção da integridade genética do germoplasma preservado e da longevidade das sementes pelo maior período possível. Da mesma forma que no armazenamento convencional, a longevidade das sementes mantidas em bancos de germoplasma é afetada principalmente por dois fatores: a qualidade inicial das sementes e as condições predominantes durante o armazenamento, sobretudo a umidade relativa e a temperatura nas câmaras de conservação.

Não é recomendável o tratamento químico das sementes a serem armazenadas em bancos de germoplasma, uma vez que a sua utilização pode induzir mutações gênicas indesejáveis nos genótipos a serem conservados.

A conservação da viabilidade de sementes ortodoxas por longos períodos é possível através de sua secagem até teores de água em torno de 3% a 7% e seu acondicionamento em embalagens herméticas, sob baixas temperaturas (-18 ºC), o que possibilita a manutenção de sua viabilidade por várias décadas (em geral). Nos casos em que a manutenção de temperaturas negativas for difícil, como ocorre na maioria das regiões tropicais, é possível manter a viabilidade das sementes por longos períodos através de sua secagem até teores de água inferiores a 4-5%, em equilíbrio com umidades relativas em torno de 10% a 12%, a 20 ºC, seguida de seu acondicionamento em embalagens herméticas, sob temperatura ambiente ou inferior. Nesse caso, os benefícios da manutenção da qualidade devem ser contrabalançados com a possibilidade de ocorrerem danos às sementes, em função da secagem excessiva. 

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