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O Forçamento de Ramos

Por:   •  26/9/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.251 Palavras (6 Páginas)  •  188 Visualizações

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FORMAÇÃO DE PLANTAS FRUTÍFERAS

As plantas frutíferas podem ter diversas e diferentes formas, adaptadas a maiores ou menores densidades de plantio. Sua formação, quando convenientemente conduzida, adapta-se a diversas situações, possibilidades e interesses. Entre os diversos tipos de formação pode-se citar: taça, líder central, pirâmide, vaso, Tatura, Y, V, coluna, palmetta, espaldeira, latada, cone, além de outras e de diversas combinações.

Não é possível determinar a melhor e mais adequada formação para todos os casos, com situações, condições, espécies e variedades diferentes. Em alguns casos, praticamente, só a poda seria suficiente para dar-lhes adequada formação e orientação. Em outras, é mais favorável e até necessário um auxílio, para melhor conduzi-las. Há outras que, além da condução, também necessitam apoio e sustentação.

INCLINAÇÃO/FORÇAMENTO DE RAMOS

A inclinação dos ramos é uma forma de controlar o equilíbrio entre desenvolvimento vegetativo e a frutificação, induzindo a diminuição do crescimento das ramificações e contrariando a acrotonia e a dominância apical. Com efeito, a acrotonia e a dominância apical proporcionam ramos com verticalidade acentuada e maior robustez, ou seja, maior comprimento, maiores diâmetros e menor proporção de gomos florais. Será esta a razão fundamental pela qual se referem a acrotonia e a dominância apical e a sua relação com o vigor como principais causas do atraso na entrada em produção em várias espécies de fruteiras.

A inclinação dos ramos de uma posição vertical para uma posição horizontal origina um estresse induzido mecanicamente, representando uma grande alteração de influências sobre o crescimento e desenvolvimento das plantas. No entanto, o efeito desse estresse varia com a espécie ou mesmo dentro de cada espécie, com o grau ou ângulo de inclinação, com a época em que se realiza a inclinação e com o tempo em que os ramos serão mantidos na posição inclinada. A inclinação dos ramos provou ser eficaz, em espécies como macieira e pereira, levando as plantas a produzir mais cedo, em maiores quantidades e com redução do crescimento vegetativo. No entanto, a inclinação dos ramos de ameixeira não teve qualquer efeito de aumento de produção.

A alteração dos ramos de uma posição acrótona (vertical, ascendente) para uma posição mais mesótona (horizontal) ou basítona (pendente, decendente, retombante) tem um efeito de encurtamento dos nós e dos crescimentos vegetativos e de abertura dos ramos laterais, favorecendo uma maior insolação no interior da copa. Este efeito de abertura da copa e penetração da luz solar é provavelmente a razão de uma maior formação de gomos florais, maior frutificação, melhor qualidade dos frutos e aumento do teor de sólidos solúveis, sendo ainda mais crítico em sistemas de alta densidade. Alguns pesquisadores referem ainda que a maior frutificação dos ramos em posição horizontal pode estar relacionada com o aumento da proporção de óvulos saudáveis.

 Outros autores referem diferenças ao nível do transporte de água e metabolitos, nomeadamente substância hormonais, relacionando-as com o efeito da inclinação dos ramos na frutificação e na alteração dos hábitos vegetativos e vigor das plantas. Como consequência, a inclinação dos ramos seria responsável pela redução da fotossíntese, da transpiração e da condutância estomática nas folhas viradas para baixo, provavelmente por efeito da interrupção provocada nos vasos xilemicos pela curvatura.

O ângulo de inclinação e a época em que se realiza tal operação também são importantes nos seus efeitos sobre o crescimento e a frutificação. Inclinar os ramos no Verão promove o crescimento lateral e reduz o número frutos e o seu peso, enquanto no inverno a inclinação reduz o crescimento lateral e distribui esse crescimento ao longo do ramo. E uma inclinação dos ramos no período de repouso provoca uma rebentação mais basípeta relativamente à que se verifica quando a inclinação se faz no período de crescimento primaveril.

FORMAÇÃO CONDUZIDA

A formação conduzida, geralmente inicia logo após o plantio, quando os ramos principais estão com cerca de 30 centímetros de comprimento. Selecionam-se os ramos desejados, fortes e bem inseridos, para formar a copada e eliminam-se os demais. Os escolhidos devem originar-se de diferentes alturas do caule, com o primeiro inferior na altura de 30 a 40 centímetros do solo. Entre suas inserções, mantêm-se um espaço mínimo de 10 centímetros, para terem maior resistência e dar estrutura mais forte à planta. Esses ramos são chamados de principais e também são conhecidos por primários, básicos, mestres, braçadas, pernadas, além de outros nomes.

Quando não ocorrerem naturalmente, deve-se conduzir e forçar ângulos abertos (iguais ou maiores que 45°), em relação à linha de crescimento do caule. Os ramos assim conduzidos têm maior resistência na inserção, lascam menos, têm menor vigor vegetativo e produzem maiores quantidades de ramos e gemas frutíferos. Os ramos com ângulos muito fechados (menores que 45°), ao contrário, tendem a lascar facilmente, têm maior vigor vegetativo, produzindo menores quantidades de ramos e gemas frutíferos.

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