TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Precipitação e Relevo

Por:   •  10/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.071 Palavras (5 Páginas)  •  360 Visualizações

Página 1 de 5

Relevo

        

O cultivo de café no Brasil não apresenta um padrão característico, as lavouras de café são implantadas nos mais diversos relevos, desde o plano até encostas e topos de morros (Tardin, 1992).

A topografia do terreno é importante na escolha e no sucesso da implementação da lavoura de café, principalmente com vistas ao manejo e mecanização da cultura. Variáveis como solo, relevo e orientação de vertentes podem viabilizar ou não a exploração econômica dessa cultura, trazendo consequências diretas sobre a produtividade (Trabaquini , 2009).

Locais como o oeste do Estado da Bahia, possuem o relevo plano, facilmente mecanizável, proporcionando utilização de alta tecnologia, como a fertirrigação via pivô-central. Os cafeeiros de regiões como esta, apresentam alta produtividade, alcançando a média de 55 sacas ha-1 ano-1 (Borlotto, 2010)

         A micro região da Mantiqueira, localizada no sul do Estado de Minas Gerais, se destaca por possuir áreas de variadas altitudes e relevos acidentados, ocorrendo grande diversidade na distribuição espacial, em diferentes níveis de altitude e face de exposição ao sol. A face de exposição e altitude são fatores que favorecem a qualidade do café (Taveira et al, 2011).

O espaçamento deve ser estudado, levando em conta o relevo da área. Em áreas de topografia suave os espaçamentos devem ser mais largos entre ruas, possibilitando a mecanização dos tratos culturais com pequenas distâncias entre plantas na linha, resultando em maior produtividade. Já nas áreas de topografia acidentada onde não é possível a mecanização ou em propriedades pequenas, é recomendado o uso de espaçamentos, adensados entre ruas e entre plantas, desde que haja mão de obra suficiente, pois nestes casos os tratos culturais são manuais (Fernandes, 2011).

        

Precipitação

A cultura do cafeeiro é fortemente afetada pelo regime hídrico, o que define se sua influência será positiva ou negativa é o estádio fenológico no qual a planta se encontra. Caso o suprimento de água não seja adequado às necessidades da planta, a mesma poderá desenvolver estresse hídrico, o que ocasionará uma redução da fotossíntese afetando o crescimento da cultura, e consequentemente a produção (Bruno, 2007).

De uma maneira geral, a estimativa de consumo de água na cultura cafeeira irá depender de diversos fatores. Nesse contexto, se torna necessário identificar métodos que melhor quantifiquem as necessidades hídricas que se ajustem às condições regionais, considerando o clima, o solo, a operacionalidade e o desenvolvimento da cultura (Silva, 2006).

O café arábica (Coffea arabica L.) leva dois anos para completar o ciclo fenológico de frutificação, ao contrário da maioria das plantas que completam o ciclo reprodutivo no mesmo ano fenológico. Segundo Camargo e Camargo (2001), a esquematização dos estádios fenológicos do cafeeiro são constituídas de seis fases distintas envolvendo os dois anos fenológicos, iniciados em setembro. As fases são: 1a fase, vegetativa com sete meses, de setembro a março, todos com dias longos; 2a fase, também vegetativa, de abril a agosto, com dias curtos, quando há indução das gemas vegetativas dos nós formados na 1a fase, para gemas reprodutivas. No final da 2a fase, em julho e agosto, as plantas entram em relativo repouso com formação de um ou dois pares de folhas pequenas, que aparecem no período de relativo repouso do cafeeiro, entre os dois anos fenológicos. Em seguida vem a maturação das gemas reprodutivas após a acumulação de cerca de 350 mm de evapotranspiração potencial (ETp), a partir de abril; 3a fase, de florada e expansão dos frutos, de setembro a dezembro. As floradas ocorrem cerca de 8 a 15 dias após o aumento do potencial hídrico nas gemas florais (choque hídrico), causado por chuva ou irrigação; 4a fase, granação dos frutos, de janeiro a março; 5a fase, maturação dos frutos ao completar cerca de 700 mm de somatório de ETp, após a florada principal; 6ª fase, de senescência e morte dos ramos produtivos, não primários, em julho e agosto.

Zacharias (2008), propôs um modelo agrometeorológico onde considera o valor de evapotranspiração potencial (ETp) acumulado igual a 335 mm, para as gemas florais atingirem a maturação, e a ocorrência de um mínimo de 7 mm de chuva, para quebrar a dormência das gemas maduras, no café Arábica (Coffea arabica L.), este modelo apresentou boa capacidade revelando a época da plena floração do cafeeiro arábica.

A cultura do café no Brasil possui grande importância econômica e é cultivada em diversas condições ecológicas. Com isso, apresenta grande variabilidade local e regional nos índices de produtividade.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.1 Kb)   pdf (92.7 Kb)   docx (11.2 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com