Produção de Biomassa de Plantas Hibernais

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PROIC

RELATÓRIO FINAL

NOME DO ALUNO: Vinicius Matheus Ribas de Souza

ORIENTADOR: Deonisia Martinichen

REFERENTE AO PERÍODO: 01/09/2024 até 31/08/2025.

TÍTULO DO PLANO DE ATIVIDADES: Produção de biomassa de plantas hibernais, solteiras e em consócio (MIX), para pastejo

PALAVRAS-CHAVE: pastagem, forragem, SIPA

RESUMO:

O experimento foi desenvolvido na Universidade Estadual do Centro-Oeste no campus CEDETEG com o objetivo de avaliar a produção de biomassa de plantas hibernais solteiras e em consórcio (MIX) para pastejo.  A implantação do experimento ocorreu no dia 08 de maio de 2024, os tratamentos foram: T1 aveia preta Iapar 61, T2: Rx 330, T3: Aveia AF 1340 e T4: mix RX 340, as avaliações de cada tratamento foram determinar a altura de entrada dos animais, massa seca do material e teor de nitrogênio presente nas forragens cultivadas, o período de pastejo dos animais ocorreram 60 dias após a semeadura, 120 dias e 140 dias após a semeadura, para a verificação estatística das coletas foi realizado o teste comparador de médias pelo método Tukey com 5% de probabilidade. Para a variável altura de entrada dos animais estas mostraram-se com diferenças significativas, porém se encontravam dentro do limite pré-estabelecido, a massa seca total produzida diferiu significativamente entre os tratamentos sendo que o T2, composto por Mix Rx 330, apresentou maior enquanto o T1, Aveia Iapar 61, com a menor quantidade de massa produzia. A utilização do mix forrageiro, composto por composto por aveia preta Iapar 61, centeio BRS Serrano, ervilhaca SS Combate, ervilhaca SS Esmeralda garante elevada produção de massa seca de forragem.

1. – INTRODUÇÃO

A utilização de plantas de cobertura seja ela solteira ou consorciada (MIX) com diferentes famílias trazem inúmeros benefícios se manejadas corretamente, com a crescente demanda de se aumentar a produtividade em uma mesma área as plantas de cobertura auxiliam em uma agricultura mais sustentável e regenerativa, estas por sua vez realizam papéis como formar palhada para a cultura sucessora, rotacionar culturas, ciclar diferentes nutrientes na área, auxiliar no controle de plantas daninhas especialmente aquelas que necessitam de luz para a germinação (fotoblásticas positivas), melhoram a qualidade física do solo com o crescimento radicular em profundidade. A não utilização de plantas no período de entressafra causa prejuízos como a perda de nutrientes para a fixação do mesmo no solo, a perda de solo e nutrientes através da erosão e lixiviação dos mesmos (CARVALHO et al., 2022). A utilização de mais de um tipo de espécie de planta de cobertura pode acarretar melhor desempenho pois com diferentes espécies a produção de biomassa aumenta e é capaz de efetuar um controle de plantas daninhas mais satisfatório (MICHELON et al., 2019; KOUDAHE; ALLEN; DJAMAN, 2022).

Aliada com as plantas de cobertura tem-se a utilização da integração lavoura-pecuária, devido ao sistema de produção em uma mesma área sem deixá-la em pousio assim auxiliando na melhoria da qualidade do solo se bem manejada (ENTZ et al., 2002; RAO et al., 2003). A integração lavoura-pecuária consiste na utilização de materiais forrageiros anuais no período de entressafra (outono/inverno) e a produção de culturas no período do verão. A escolha do material forrageiro anual para o sul do Brasil leva-se em consideração a qualidade da forragem e a adaptabilidade do material às qualidades edafoclimáticas da região, (ASSMANN et al., 2004), como aveia branca (Avena sativa L.), aveia preta (Avena strigosa Schreb.), azevém (Lolium multiflorum Lam.), centeio (Secale cereale L.) e ervilhacas (Vicia sp.) (SANTOS et al., 2002).

1. – OBJETIVO

1. objetivo deste trabalho foi de avaliar a produção de biomassa de mix de plantas forrageiras e

plantas solteiras em sistema de integração lavoura-pecuária.

1. – MATERIAL E MÉTODOS

1. trabalho foi realizado na Universidade Estadual do Centro-Oeste – Campus CEDETEG.Guarapuava, região Centro-Sul do estado do Paraná. De acordo com a classificação de Koeppen, o clima local da região é subtropical úmido, ou Cfb subtropical úmido mesotérmico, com verões frescos e inverno com geadas severas e frequentes, com temperatura média anual de 17,6°C, com máximas e mínimas de 24,3°C e 8,5°C, respectivamente. A precipitação média anual situa-se entre 1600 e 1800 mm, distribuídos no decorrer do ano (CAVIGLIONE et al., 2000). O solo da área experimental é classificado como Latossolo Bruno distrófico típico, textura argilosa (EMBRAPA, 2006).

O experimento foi conduzido com o delineamento inteiramente casualizado onde a área total destinada foi de 10.800 m² ou 1,08 ha e subdivido em 4 parcelas de 2.700 m² de 30 m x 90 m. As sementes utilizadas foram cedidas pela empresa RAÍX sementes e os tratamentos forma compostos conforme descrito na Tabela 1. Conforme descrição comercial, as misturas eram constituídas por: mix RX 340 - ervilhaca SS Combate, ervilhaca SS Esmeralda, aveia preta Iapar 61 e aveia branca AF 1340, este mix apresenta a relação C/N < 20, o ciclo varia de 130 à 160 dias e o mix RX 330 é composto por aveia preta Iapar 61, centeio BRS Serrano, ervilhaca SS Combate, ervilhaca SS Esmeralda, e a relação C/N > 20, com ciclo de 130 à 160 dias.

Tabela 1: Materiais forrageiros utilizados no experimento para compor os tratamentos.

Tratamento	Material Forrageiro
T1	Aveia Iapar 61
T2	Mix Rx 330
T3	Aveia AF 1340
T4	Rx 340

O mix RX 340 é composto por ervilhaca SS combate, ervilhaca SS esmeralda, aveia preta Iapar 61 e

aveia branca AF 1340, este mix apresenta a relação C/N < 20, o ciclo varia de 130 à 160 dias, o mix de plantas de cobertura RX 330 é composto por aveia preta Iapar 61, centeio BRS serrano, ervilhaca SS combate, ervilhaca SS esmeralda, diferentemente do anterior a sua relação C/N > 20 e o seu ciclo varia de 130 à 160 dias.

No dia 08 de maio de 2024 ocorreu a implantação do experimento em sistema de semeadura direta, a máquina utilizada foi a semeadora agrícola Semeato SHM 11/13, o espaçamento entre as linhas utilizado foi de 17 centímetros. A densidade de semeadura para a aveia preta Iapar 61 foi de 60 kg ha-1, para a aveia branca AF 1340 foi 80 kg ha-1, para o mix de plantas Rx 330 foi 40 kg ha-1 e para o mix Rx 340 foi de 50 kg ha-1. Na área de desenvolvimento do experimento não foi utilizado calcário e nem outro tipo de corretivo agrícola, Para adubação de base foi utilizado 400 kg ha-1 do formulado NPK 04-20-20 (16 N, 80 P2O5 e 80 K2O). Após 30 dias da semeadura foi realizada a aplicação de 100 kg ha-1 de ureia, equivalente de 45 kg ha-1 de nitrogênio. Não foi realizado o manejo com herbicidas e fungicidas em pós emergência das plantas de cobertura.