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PLATAFORMAS PARA AQUISIÇÃO DE DADOS DE SENSORIAMENTO REMOTO

Por:   •  10/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.303 Palavras (10 Páginas)  •  566 Visualizações

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TRABALHO 1

PLATAFORMAS PARA AQUISIÇÃO DE DADOS DE SENSORIAMENTO REMOTO


Nome(s): Marianne Stella Corrêa dos Santos e

                             Vanessa Gabriella Lopes de Paula        

Curso: Engenharia Ambiental e Sanitária

Professor: Max Well Rabelo

Goiânia, Outubro de 2016

        O presente trabalho tem por objetivo reunir as informações das principais plataformas de sensoriamento remoto, distinguindo todos os sensores envolvidos, satélites nos quais foram utilizados e suas respectivas resoluções. Bem como elaborar um pequeno resumo abordando as principais utilizações dos principais sensores de cada satélite.

  1. CBERS

O programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite ou Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) foi implantado em 1988 após parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), num convênio técnico-científico binacional envolvendo Brasil e China.

Os satélites são equipamentos com sensores de diferentes resoluções espaciais que podem cobrir o planeta em menos de 5 dias e ao mesmo tempo produzir informações mais detalhadas em uma visada mais estreita.

A missão CBERS lançou quatro satélites de observação terrestre: o primeiro Satélite CBERS, ocorreu em 14 de outubro de 1999, a partir da Base de Lançamento de Taiyuan, utilizando-se o foguete Longa Marcha 4B, este esta inativo desde 2003; e o CBERS-2 teve seu lançamento em 21 de outubro de 2003 e inativo desde 15 de janeiro de 2009. Em 2007 lançou-se o CBERS-2B que permaneceu ativo até o início de 2010. Ambos são idênticos em sua constituição técnica, missão no espaço e em suas cargas úteis (equipamentos que vão a bordo).

 No dia 9 de dezembro de 2013, foi lançado o CBERS-3, mas devido a uma falha ocorrida com o veículo lançador Longa Marcha 4B, o satélite não foi colocado na órbita prevista, resultando em sua reentrada na atmosfera da Terra.  Devido a falha do CBERS-3, Brasil e China decidiram antecipar o lançamento do próximo satélite, e no dia 7 dezembro de 2014, foi lançado o CBERS-4 que se encontra operante atualmente.

O sucesso na missão viabilizou a continuidade do programa, que já prevê o lançamento de mais um satélite: CBERS- 4A. Será utilizado em sua fabricação as peças sobressalentes dos satélites CBERS-3 e CBERS-4.

Para o Brasil, a família de satélites de sensoriamento remoto CBERS trouxe significativos avanços científicos, sendo que todas as instituições ligadas ao meio ambiente e recursos naturais são usuárias das fotos do CBERS. Grandes projetos nacionais estratégicos utilizam suas imagens, como o DETER, de avaliação do desflorestamento em tempo real, o PRODES de avaliação do desflorestamento na Amazônia, bem como também são utilizadas para o monitoramento de recursos hídricos, crescimento urbano, áreas agrícolas, ocupação do solo, entre outras inúmeras aplicações.

Os satélites são equipados com câmeras para observações ópticas de todo o globo terrestre. São sistemas únicos devido ao uso de câmeras que combinam características diversas para resolver a grande variedade de fenômenos que ocorrem em escalas temporais e espaciais típicas de nosso ecossistema. São eles:

  1. Sensor Câmara CCD e Câmera MUX

A Câmera Imageadora de Alta Resolução é encontrada no CBERS-1, 2 e 2B e a Câmera Multiespectral Regular são encontradas nos CBERS-3 e 4. Possuem uma boa resolução espacial de 20x20 metros e prestam-se à observação de fenômenos ou objetos cujo detalhamento seja importante.

Por possuírem um campo de visada de 120 km, auxiliam nos estudos municipais ou regionais. Dada a sua resolução temporal de 26 dias com visada vertical e 3 dias com visada lateral, pode servir de suporte na análise de fenômenos que tenham duração compatível com esta resolução temporal. Suas bandas estão situadas na faixa espectral do visível e do infravermelho próximo, o que permite bons contrastes entre vegetação e outros tipos de objetos.

  1. Sensor IRMSS

O Imageador por Varredura de Média Resolução (IRMSS), presente nos CBERS-1 e 2. Tem duas bandas espectrais na região do infravermelho médio e uma pancromática, com resolução espacial de 80x80 metros, mais uma banda da região do infravermelho termal com 160x160 metros. Em 26 dias obtém-se uma cobertura completa da Terra, que pode ser correlacionada com aquela obtida através da câmera CCD. Suas aplicações são as mesmas da CDD, com as devidas aplicações. Outras aplicações são:

  • Análise de fenômenos que apresentem alterações de temperatura da superfície.
  • Geração de mosaicos estaduais
  • Geração de cartas-imagens.

  1. Sensor IRS

O Imageador Multiespectral e Termal tem características melhoradas e e estava implantada no CBERS-3 e 4. A resolução espacial das bandas é de 40 metros e o da banda do infravermelho termal é de 80 metros. Poderá, por processamento, vir a compor-se com a MUX possibilitando composições mais úteis à análise da vegetação e de outros objetos.

  1. Sensor WFI

O Imageador de Amplo Campo de Visada se encontra no CBERS-1, 2 e 2B. Pode imagear grandes extensões territoriais, de 890 km. Em função dessa ampla cobertura espacial, sua resolução temporal também tem um ganho – podem ser geradas imagens de uma dada região com menos de cinco dias de intervalo.

  • Geração de mosaicos nacionais ou estaduais.
  • Geração de índices de vegetação para fins de monitoramento.
  • Monitoramento de fenômenos dinâmicos, como safras agrícolas, queimadas persistentes.
  • Sistema de alerta, em que a imagem WFI serve como indicativo para a aquisição de imagens de mais alta resolução da CCD ou do IRMSS.
  • Acoplamento a outros sistemas mundiais de coleta de dados de baixa a média resolução.

No CBERS-3 e 4, há uma câmera semelhante, denominada Imageador de Campo Largo (WFI), porém que apresenta sensível melhoria. Passa a ser multiespectral com 4 bandas (do azul ao infravermelho próximo) e a ter resolução espacial de 64m. Deste modo, servirá para o monitoramento de fenômenos ambientais e regionais dinâmicos, pois tem alta frequência e uma razoável resolução espacial.

  1. Sensor HRC

A Câmera Pancromática de Alta Resolução (HRC), presente no CBERS-2B, possui uma banda espectral pancromática e pode imagear uma faixa relativamente estreita de 27km com altíssima resolução espacial de 2,7x2,7m.  Sua resolução temporal está estabelecida em uma revisita de 130 dias, ou seja, ao longo do ano será possível ter ao menos duas coberturas completas do país.

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