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A Cabra & Ovelha Mostram O Caminho Certo Da Revolução Correta

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Por:   •  28/2/2014  •  1.913 Palavras (8 Páginas)  •  565 Visualizações

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A Cabra & Ovelha mostram

o caminho certo da revolução correta

É preciso chocar, dar choque, escancarar a verdade. É o que pensava Rui Barbosa, em seu cansaço de tentar fazer o certo com as pessoas erradas à sua volta. Agora, em 2013, o comportamento dos Governos sucessivos, federal, estaduais e municipais leva a esse discurso famoso de Rui Barbosa: tudo é uma grande mentira. Por isso espinafrou:

- O que existe é uma mentiraria.

- Mentira de tudo, em tudo e por tudo.

- Mentira na terra, no ar, até no céu, no Brasil inteiro.

- Mentira nos protestos.

- Mentira nas promessas.

- Mentira nos programas.

- Mentira nos projetos.

- Mentira nos progressos.

- Mentira nas reformas.

- Mentiras nas convicções.

- Mentira nas transmutações.

- Mentira nas soluções.

- Mentira nos homens, nos atos e nas coisas.

- Mentira no rosto, na voz, na postura, no gesto, na palavra, na escrita.

- Mentira nos partidos, nas coligações e nos blocos.

- Mentira dos caudilhos aos seus apaniguados, mentira dos seus apaniguados aos caudilhos, mentira de caudilhos e apaniguados à nação.

- Mentira nas instituições.

- Mentira nas eleições.

- Mentira nas apurações.

- Mentira nas mensagens.

- Mentira nos relatórios.

- Mentira nos inquéritos.

- Mentira nos concursos.

- Mentira nas embaixadas.

- Mentira nas candidaturas.

- Mentira nas responsabilidades.

- Mentira nos desmentidos.

- É a mentira geral.

- É o monopólio da mentira.

- Uma impregnação tal das consciências pela mentira, que se acaba por se não discernir a mentira da verdade, que os contaminados acabam por mentir a si mesmos, e os indenes, ao cabo, muitas vezes não sabem se estão, ou não estão mentindo.

- Um ambiente, em suma, de mentiraria, que, depois de ter iludido ou desesperado os contemporâneos, corre o risco de lograr ou desesperar os vindoiros, a posteridade, a história, no exame de uma época, em que, à força de se intrujarem uns aos outros, os políticos, afinal, se encontram burlados pelas suas próprias burlas, e colhidos nas malhas da sua própria intrujice, como é precisamente agora o caso". (Rui Barbosa - in conferência "Às Classes Conservadoras", na Assoc. Comercial do RJ; arquivo FCRB. Obras completas, V. 46, t. 1, 1919, p. 31).

A verdade esquecida - Somente a Grande Seca de 1877-79 (Maldição dos 100 Anos) matou mais de 1,0 milhão de nordestinos e levou à fuga de mais 1,0 milhão. Um genocídio. Nunca se falou em "indenização" por incúria governamental.

Também o exército dos "soldados da borracha" foram morrer nas florestas da Amazônia e nunca tiveram direito a "indenização".

Os campos de concentração foram inventados no Ceará, e não na Alemanha nazista. Morreram 200.000 nordestinos nesses campos, à míngua, dia após dia. Nunca tiveram direito a indenização por tamanho descaso.

Há indenização para quilombolas que, em boa parte, também tinham seus escravos negros (!). Era chique, dava "status" ter escravos e todo negro alforriado queria ter os seus, se pudesse. Basta ler a história dos mais famosos alforriados. Enquanto isso, os nordestinos, brancos, negros e mestiços, que morreram por falta de Justiça e Dignidade continuam esperando.

Há indenização para indígenas que devoravam os companheiros, esposas e filhos, no correr da História. Os nordestinos das Secas, brancos, negros e mestiços, eram apenas lutadores, desbravando um mundo para a civilização que hoje é uma das maiores do planeta.

Há indenizações para meia dúzia de "perseguidos" do Golpe Militar de 1964, geralmente brancos, mas não para os que morreram na Insurreição Baiana, na Confederação do Equador, e tantas outras revoltas em busca de Justiça e Dignidade.

Dizer que as indenizações são um "resgate histórico" é pura hipocrisia: é um jogo político, somente isso. É uma iniciativa para ganhar espaço na mídia e continuar sepultando a História dos que, também, lutaram e morreram pela grandeza do País.

Diz o governo atual de Dilma Roussef que está passando a História a limpo, mas pergunta-se: qual História? Sem dúvida, a que interessa a ela e seu partido, mas não ao povo produtor desse imenso país.

A História é escrita pelos que são vencedores e estes, geralmente, são os que transformam em perdedores os mais simples, os produtores do campo. A História está cheia de generais, marechais, presidentes, senadores, deputados, mas pouquíssimos proprietários rurais que fizeram a riqueza do Brasil, enfrentando o clima, feras, mercado, piratas, extorsões de toda ordem, etc. Foram esses falsos "grandes homens" nos livros de História, presentes em todas as escolas do Brasil, que sepultaram a Dignidade e Justiça das pessoas mais simples, justamente os que derramaram lágrimas e sangue para a construção do país.

Seca de 2012 - Agora, mais uma seca aflige os Sertões nordestinos e, de novo, o Governo satura a imprensa com paliativos e hipocrisias: transposição do rio São Francisco, cisternas de plástico, etc. Seria muito mais barato e quase imediato levar a água acumulada em 70.000 açudes até cada torneira dos sertanejos. A transposição não irá levar água a nenhuma torneira e será uma tragédia ecológica, se chegar a ser concluída. Para eleger a presidente Dilma, o Governo não hesitou em dinamitar as caatingas, promovendo a maior destruição ecológica já vista na História, enquanto a imprensa divulgava a destruição de florestas na Amazônia, para distrair a atenção dos urbanos. Hoje, a caatinga está esburacada e não irá levar uma gota de água para a torneira do sertanejo, até porque a água já está acumulada há décadas na própria região. É uma obra criminosa desde a concepção, com finalidade puramente eleitoreira. Já fez o que se imaginou: eleger a primeira mulher presidente do Brasil. Agora é hora de pedir que os culpados paguem o prejuízo.

Uma nova História, montada sobre a Dignidade e Justiça para o sertanejo, teria que prestigiar aqueles que estão lá, nos Sertões, produzindo, ou tentando produzir. E não apenas prestigiar aqueles que podem colocar um voto na urna das eleições.

A História, antes de considerar os homens, foi construída pelas patas dos bois e vacas. Foi o ruminante pacífico, andando lentamente, abrindo veredas que se converteram em povoados, vilas e cidades. O gado é o herói anônimo de todo o Brasil, mas o Governo o entronizou como "satã", o destruidor de florestas - pura mentira, ou patifaria! Para cada árvore derrubada, para implantação de pastagens, muitas outras são plantadas - mas o Governo e a imprensa negam-se a afirmar isso.

Junto com esse herói anônimo seguiam também a cabra & a ovelha. Em cada Grande Seca, os rebanhos são exterminados, para alimentar até o último momento, os sertanejos. Os rebanhos somem e, depois, como por milagre, retornam. Correto estava Eloy de Souza, no Senado, ao afirmar, em 1906: "mais vale um bode vivo nos Sertões do que os discursos de nós, políticos, no Senado". O bode sabe trabalhar, transformar a miséria em riqueza. Assim tem sido depois de cada Grande Seca.

Quantas vezes os rebanhos foram exterminados? Os livros de História estão repletos de estatísticas tenebrosas, descrevendo o "fim do mundo", mas que - depois - comprovou ser um novo recomeço. A pecuária sempre esteve lá, enfrentou todos os desaforos do clima, da economia e dos políticos, sempre retornando ao seu papel de refazer os lares para os sertanejos. É lamentável ver como o Governo e a imprensa agride a pecuária, mesmo sem qualquer explicação coerente.

A verdade é que a Seca não é ruim, tanto quanto a neve também não é ruim. O ruim é não ter condições de estocar alimentos e água para os animais e pessoas. Os animais adoram o clima seco, por ser o mais saudável. A Seca, ironicamente, é "milagreira" para os malandros: multiplica os votos dos que sabem prometer, prometer, prometer, como pessoas espetaculares, que sabem distribuir pão e circo. O povo vive do espetáculo, enquanto o produtor de alimentos está algemado à sina que não precisaria existir".

Diz o Dr. Manelito, "o sertanejo é tangido pela teimosia em tentar fazer produzir seu pedaço de chão, tentando acreditar que a seca nunca mais voltará". É um herói que nunca teve compensações, nem indenizações. Sua parte sempre foi direcionada para a "indústria da seca", ou políticos que circulam pelos corredores dos palácios governamentais.

O Governo mente ao afirmar que a "indústria da seca" é formada pelos "coroneis", latifundiários, etc. Pura hipocrisia histórica: em toda categoria há os bons e os maus. Houve coroneis ruins, perversos, mas 95% eram excelentes pessoas, comendo ao lado de seus empregados e escravos - isso está nos documentos históricos. Houve latifundiários nefandos, mas 95% deles eram pessoas batalhadoras que ajudaram a construir o País - isso está nos documentos históricos. Suas esposas, viúvas, levaram adiante os latifúndios, dando emprego e construindo povoados, igrejas, hospitais, etc. Então, por que esses documentos não conseguiram ser levados para as páginas dos livros de História do Brasil que estão em todas as escolas?

Um outro Brasil - O Brasil ufanista está nas televisões, como a nação do futuro, mas ainda está na rabeira do mundo, diante de sua potencialidade. Os maiores produtores de alimentos são: Estados Unidos (401.669.990 de toneladas de cereais); Índia (260.163.000); Indonésia (84.797.000); Brasil (75.191.866).

Por que tão pouco? Por falta de investimentos na infraestrutura, pois o Governo tem que cuidar das eleições e fortalecimento de seu partido.

A frota brasileira de tratores é de 806.000 - uma vergonha! Quase igual à da Itália (1,75 milhão), Polônia (1,03 milhão), França (1,27 milhão), Alemanha (1,04 milhão), Espanha (885 mil), Turquia (905 mil), Reino Unido (500 mil). Todos esses países são minúsculos e menores que alguns Estados brasileiros! (Os Estados Unidos têm 4,6 milhões!).

Ao mesmo tempo, estes países cuidam do bem-estar de sua gente. Se o Brasil fosse a França estaria cobrando 0,8% de impostos dos alimentos. Se fosse a Inglaterra, não haveria impostos sobre alimentos. O Brasil, porém, na contramão do desenvolvimento, cobra 32,7% de tributos da produção rural. Para cada 100 sacas, ou bois, 33 vão para o Governo!

Em 1910 apenas 1.000 tratores tinham sido produzidos nos Estados Unidos. Em 1913 já produziam 10.000 por ano. Em 1918, chegavam a 135.000 unidades por ano. Em 27 de janeiro de 1920, o preço do trator caiu de uma média de 785 para 395 em fevereiro de 1922. O pico foi em 1951, com 564.000 unidades produzidas.

No início da Segunda Guerra Mundial, havia 6,8 milhões de famílias, ou 30 milhões de pessoas no setor rural dos Estados Unidos, e havia 1,2 milhão de tratores. Em 1950, o número de tratores subiu para quase 4 milhões. O número de pessoas em fazendas havia caído para pouco mais de 23 milhões. Em 1970 havia 5,0 milhões de tratores em operação.

Em 1910 havia pouco mais de 1,0 milhão de granjas menores de 20 hectares, e 20.000 que acima de 500 hectares. Na década de 1990, no entanto, quase não havia fazendas menores de 20 hectares. Em 2006 a frota norte-americana era de 4,6 milhões de tratores.

O ufanismo deveria estar nos heróis anônimos: a vaca, a ovelha e a cabra. Elas mostram o caminho do futuro, por meio de sua rusticidade. Já construíram o Brasil, sem nenhuma homenagem a respeito, e continuarão ajudando o futuro.

Se Eloy de Souza estivesse vivo estaria apontando, no Senado, o boi, o bode e o carneiro como ferramentas indispensáveis para o Sertão nordestino. Esse exemplo de "assumir o chão como ele é" seria levado para todo o Brasil, com sucesso. Sendo um nordestino valente, Eloy de Souza não iria explodir, como Rui Barbosa, diante da mentiraria e velhacaria que, como sempre, imperam nas politicagens brasileiras. São politicagens que que nada têm a ver com a Dignidade e Justiça tão ansiadas pelo povo brasileiro.

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