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A ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE INCÊNDIO

Por:   •  2/2/2023  •  Resenha  •  1.818 Palavras (8 Páginas)  •  61 Visualizações

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ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE INCÊNDIO

REFERÊNCIA: Pesq. Em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v.8, n. 1, p 32-45, mar. 2017, ISSN 1980-6809;

TEXTO: Mapas de distâncias para a segurança contra incêndio em edifícios de interesso social; Abordagem ergonômica da movimentação humana, sua natureza complexa e aspectos para sua simulação.

AUTORES: Henrique Costa Braga; Gray farias Moita; Paulo E. M. de Almeida;

RESUMO CRÍTICO

CURSISTA: Cristiane Nogueira

17/07/22

        Henrique Costa Braga, Gray farias Moita  e Paulo E. M. de Almeida são os autores do artigo PAR Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, SP, v.8, n. 1, p 32-45, mar. 2017, ISSN 1980-6809. São também os autores do artigo Abordagem ergonômica da movimentação humana, sua natureza complexa e aspectos para sua simulação.

        Ao sondar a biografia dos autores pode-se observar que Henrique Costa Braga é Engenheiro de Segurança do Trabalho, Doutorando em Modelagem Matemática e Computacional.  Paulo E. M. de Almeida, Engenheiro Eletricista, Doutor em Engenharia, possui Pós-Graduação em Modelagem Matemática e Computacional. Concluiu seu doutorado em mecatrônica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo em 2002. Entre 2013 e 2014, esteve na QUT /Brisbane, Austrália, como membro sênior da CAPES. Recebeu três prêmios internacionais do IEEE e dois nacionais da Capes Foundation. Atualmente é Professor Titular do Departamento de Informática do CEFET-MG em Belo Horizonte, MG, onde começou como assistente em 1996. Seus interesses de pesquisa são: inteligência computacional, lógica difusa, controle de processos, automação inteligente, redes neurais artificiais, CMAC, modelagem de processos, identificação e otimização do sistema. (Outubro/2019). Gray Farias Moita é Engenheiro Civil, PhD, possui Pós-Graduação em Modelagem Matemática e Computacional.        

        O artigo traz discussões e estudos acerca das distâncias a serem percorridas em uma rota de fuga, das melhores rotas de movimentação na evacuação, do tempo da evacuação, do algoritmo de busca utilizado nesta pesquisa, rotas referenciais, velocidade de deslocamento, nível de stress, zona de conforto, efeito inércia, tempo de reação em emergência, sinalização visual, tipo de piso e fatores organizacionais.

        A geração de mapas de distâncias pode ser realizada por algoritmos relativamente simples, que não envolvem custos elevados ao projeto e que possibilitam um bom resultado na sua aplicação, e por este motivo poderia ser utilizada por projetistas na elaboração dos projetos de Incêndio e Pânico nas Edificações. O tipo de edificação que faz parte do objeto de estudo deste artigo, são as HIS, pois estas edificações além de serem elaboradas com custo de construção reduzidos ao extremo, possuem materiais empregados em sua construção de baixa qualidade. E neste alinhamento, apenas são instalados os equipamentos de Segurança Contra Incêndio e Pânico (SCIP) que são exigidos em norma de cada região. Outro problema que estes edifícios enfrentam, principalmente os mais antigos, é que neles não existem os hidrantes, somente extintores, sinalização e iluminação de emergência, deixando estas edificações somente à mercê dos extintores numa situação de sinistro. Outro fator é que uma vez que estas edificações são entregues, fica a cargo dos síndicos e responsáveis pelo uso fazer as manutenções dos equipamentos de Incêndio e Pânico e isto não acontece na maioria das vezes.  No Brasil falta consciência política e da população quanto à situação de SCIP.

        Para o estudo dos mapas de distâncias foi adotado um algoritmo bidimensional que estão associados a elementos que representam um ambiente real, regiões que podem servir como rota de movimentação, o valor das distâncias destes elementos a outros elementos, definindo o elemento alvo. Foram analisados dois algoritmos de vizinhança,  o algoritmo de Vizinhança Von Neumann (VVN) e o algoritmo de Vizinhança More (VM). Foi adotado o algoritmo VM devido à relação de erros qualitativos e quantitativos encontradas entre um e outro ser menor neste. A planta baixa da edificação HIS foi analisada. Cada dois blocos são divididos por uma circulação que possui uma caixa de escada. São cinco pavimentos, sendo que os apartamentos iniciam-se no térreo até o 5º pavimento, sendo 4 apartamentos por andar e 20 apartamentos no total, a cada dois bolcos. Foram criados 8 links ( A até H) nas escadas para o módulo GRID do programa de Fuga. Desta forma conseguiu-se traçar as rotas de fuga desde o 5º pavto. até ao térreo. O programa cria os mapas de distâncias pelos 8 links em forma de cores, traçando-se desde dentro dos cômodos dos apartamentos, indo para as escadas até a evacuação final. No mapa a representação é através das cores onde cada cor significa um distanciamento de 1m em 1m diferenciados pelas cores,  até o alvo (saída no térreo). Esta representação é muito interessante pois ela identificou que a maior distância a ser percorrida será no apartamento 2 do bloco 1 no 5º pavimento, que é de 42,25m e é representada pela faixa verde. O programa gera a melhor situação do caminhamento para a rota de fuga. Com isto foi calculado um tempo mínimo de 205 s para que uma pessoa dormindo ou totalmente incapacitada pudesse evacuar a edificação, em segurança. A velocidade de evacuação tem como dados elaborados para a população britânica, em especial, população esta que possui consciência em relação à situação de SCIP. Então o tempo a se adotar deve ser maior para a situação brasileira. Os autores do artigo sugerem que sejam realizados estudos in loco para determinar os tempos de evacuação relacionados à nossa realidade.

        Não devemos deixar de relatar aspectos fundamentais da evacuação como o nível de stress de uma pessoa numa situação de emergência, o efeito inércia, o tempo de reação em emergência,  a sinalização visual, tipo de piso e fatores organizacionais. Todos eles influenciam no tempo de evacuação em segurança. Foi sugerido no artigo Abordagem Ergonômica da movimentação humana a utilização de um modelo simples de modelagem matemática por Agentes, o AC unidimensional de Wolfram (1984). Ele é um modelo de um sistema simples que apresenta um comportamento complexo, e este comportamento complexo é representado pela movimentação humana onde cada pessoa apresenta uma reação diferenciada. Quando se fala de ambiente físico, no agente AC, sugere-se trabalhar com modelagem bidimensional, retangular e regular onde todos os elementos da malha representem um espaço igual ao do mundo real. A grande maioria dos autores considera as pessoas em seus modelos de estudos como um modelo bidimensional, como se visto do topo, comprimento e largura, não levando em consideração o perfil do corpo. Considera-se uma elipse, ou uma simples circunferência  ou  até mesmo um quadrado. Assim, pesquisas nos Estados Unidos consideram que o corpo visto por cima pode ser representado por uma elipse de 60,9cm que seria o comprimento do corpo, por 45,7 cm de largura do corpo, ocupando uma área de 0,28 m2. Outros autores consideram em suas pesquisas valores inferiores, mas o interessante deste estudo é que com estes eles conseguimos verificar se as escadas ou rampas, ou outro ambiente estreito, do projeto ou não, se poderá passar uma pessoa ou mais. Mas deve-se entender que são apenas parâmetros e que cada situação demanda uma análise, uma vez que existem pessoas que por sua vez vão requerer espaços maiores devido às situações adversas (obesas, cadeirantes, dentre outras).

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