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A Propriedade dos sedimentos

Por:   •  21/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.737 Palavras (7 Páginas)  •  247 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Os processos de erosão e sedimentação em leitos aluvionares dependem de diversos fatores, os quais podem ser classificados genericamente nas seguintes categorias: propriedades dos sedimentos, propriedades do fluido, propriedade dos sedimentos em conjunto.

As características individuais mais importantes para o fenômeno de transporte sólido são: a dimensão do sedimento, a velocidade de sedimentação, peso específico, e a forma da partícula. As propriedades dos sedimentos em conjunto que apresentam maior interesse prático são: a distribuição granulométrica, a porosidade, o peso específico aparente e o ângulo de repouso do sedimento.

  1. PROPRIEDADE DOS SEDIMENTOS
  1. GRANULOMETRIA (textura)

 

Refere-se ao tamanho do grão, reflete o processo deposicional. Estudo envolve: considerações sobre o tamanho do grão e parâmetros de tamanho do grão.

  1. TAMANHO DO GRÃO

Várias escalas foram propostas, sendo a mais usada a de J.A . Udden- baseada na relação constante de 2 (limite inferior ½ do anterior), entre dois limites de classe juntamente com os termos para as classes segundo C. K. Wentworth.

Escala de tamanho de grão de Udden-Wentworth (escala geométrica) divide os sedimentos em sete classes: argila, silte, areia, grânulos, seixos, calhaus e blocos; subdivide areia em 5 sub-classes e silte em 4.

Utiliza o mm como unidade.

Krumbein intruduziu uma escala aritmética (φ), sendo fi a transformação logarítima da escala de Udden-Wentworth: φ = - log 2 d (d = tamanho do grão em mm).

  1. FÁCEIS E AMBIENTES DEPOSICIONAIS

Sistemas deposicionais envolvem a interação entre processos sedimentares que atuam em diversas escalas de tempo e espaço. Esta interação apresenta dinâmica complexa e gera produtos de grande variabilidade, os depósitos sedimentares, cujas partes elementares são as fácies deposicionais.

A compreensão da distribuição das fácies deposicionais é de extrema importância, seja para a interpretação das condições reinantes durante a formação do depósito, seja para a exploração de bens minerais nele contido.

Para isso e necessário:

  • Conotação estratigráfica (fácies estratigráfica)
  • Ambiente de origem sedimentar (fácies petrográfica)
  • Natureza genética ou estratigráfica (e.g. fácies de folhelho)
  • Aspectos litológico (litofácies), biológico (biofácies) ou microscópico (microfácies)

  1.  CONCEITO ORIGINAL

Segundo Amanz Gressly (1838): fácies compreenderia características tanto litológicas como paleontológicas intimamente relacionadas.

Já Gressly pesquisou unidades abundantemente fossilíferas no NE da Suíça. Geólogo que originou o estudo de fácies estratigráfica quando descobriu variações laterais no caráter e no conteúdo fossilífero de estratos nas Montanhas Jura, implicando em uma variação no ambiente original de deposição.

As Fácies são definidas sob 5 parâmetros:

a) geometria dos corpos sedimentares;

b) composição litológica;

c) conteúdo fossilífero;

d) estruturas sedimentares;

e) padrão de paleocorrentes.

  1.  FÁCIES COM CONOTAÇÃO ESTRATIGRÁFICA

As principais fácies deste tipo compreendem:

  • Fácies estratigráfica (Weller 1958): forma, natureza dos contatos e relações mútuas
  • Fácies sedimentares (Moore 1949): atributos litológicos e paleontológicos particulares 
  • Litofácies: atributos litológicos distintivos
  • Sismofácies
  • Fácies petrográfica (Weller 1958)
  • Fácies ambiental (Weller 1958) 
  • Tectofácies (Sloss et al. 1949)
  • Biofácies
  • Microfácies
  • Sismofácies

  1.  MIGRAÇÃO DE FÁCIES
  • Variação horizontal (e.g. ilhas-barreiras)
  • Variação vertical

Lei da Correlação de Fácies ou Lei de Walther (1893)

“A sucessão vertical de fácies, tanto em uma transgressão como em uma regressão, reflete, essencialmente, a ordem de distribuição horizontal dessas mesmas fácies”.

  1.  MODELOS DE FÁCIES

Um modelo de fácies implica em elaborar uma interpretação ambiental de uma assembleia de fácies ou associação de fácies (Miall 2000), cujos processos deposicionais envolvidos conduzem à uma interpretação e uma inferência dos sistemas deposicionais presentes.

        Segundo Walker (1992); enfatiza os procedimentos a se cumprir na elaboração de um modelo de fácies, definido por ele como “um sumário geral de um ambiente deposicional particular” (turbiditos, no caso retratado pelo autor), e que se norteia como segue:

  • Será uma norma para fins de comparação entre fácies
  • Servirá como arcabouço e guia para observações futuras
  • Atuará na realização de previsões em novas situações geológicas com escassez de dados
  • Será a base para interpretação ambiental do sistema deposicional

  1. ESTRUTURAS SEDIMENTARES

Entre os fatores físicos mais importantes dos ambientes de sedimentação, que condicionam a formação das estruturas sedimentares, estão: o meio de deposição, a energia das correntes e ondas, a profundidade da água, etc.

O estudo do ambiente físico significa primordialmente a determinação das condições hidrodinâmicas sob as quais determinados sedimentos foram depositados.

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