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ANÁLISE OPERACIONAL DO TRANSPORTE DE BAUXITA ENTRE O TERMINAL DE TROMBETAS AO PORTO DE VILA DO CONDE

Por:   •  15/5/2021  •  Monografia  •  5.615 Palavras (23 Páginas)  •  157 Visualizações

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[pic 1]

 INSTITUTO NAVIGARE

PÓS-GRADUAÇÃO EM LOGSTICA PORTUÁRIA E DIREITO MARÍTIMO

SIMULAÇÃO OPERACIONAL DE MOVIMENTAÇÃO DE BAUXITA NO PORTO DE VILA DO CONDE

ALISSON SILVA DE OLIVEIRA

Belém – PA

2019

SIMULAÇÃO OPERACIONAL DE MOVIMENTAÇÃO DE BAUXITA NO PORTO DE VILA DO CONDE

Alisson Silva de Oliveira¹.

RESUMO: A movimentação de bauxita na região amazônica possui entraves logísticos devido a precariedade de infraestrutura portuária que pode resultar em dispendiosas multas de demurrage, influenciando diretamente na composição de preço do frete marítimo, tornando o exportador brasileiro menos competitivo. Sendo assim, este trabalho apresenta uma análise operacional da movimentação de bauxita no Porto de Vila do Conde utilizando modelos de simulação, considerando-se a infraestrutura disponível, as características existentes e aspectos inerentes, visando otimizar a operação portuária. O método proposto constou da caracterização da operação, identificação das variáveis pertinentes para a construção do modelo computacional além da coleta e análise dos dados. Com isto, utilizou-se o software de simulação Rockwell Arena para a construção do modelo de simulação, representando a operação portuária, o qual foi validado para as condições existente. A partir do modelo representativo da situação real foi gerado dois cenários alternativos, baseado nas aquisições de equipamentos novos garantindo uma maior taxa de descarregamento da bauxita, desta forma provocando mudanças na utilização dos recursos do sistema. Por meio da análise dos resultados foi possível concluir que com estas alterações há diminuição da geração de filas de navios, do tempo de espera e consequentemente uma otimização da capacidade dos recursos.

Palavras-chave: bauxita, simulação operacional, otimização dos recursos.

  1. INTRODUÇÃO

Rojas (2014) define porto como um local de transbordo de mercadorias e produtos de vários tipos, destacando-se: graneis sólidos e líquidos; bens de capital; e contêineres. Esta transferência pode ser dada por meio de um navio para outro, de uma carreta/trem para um navio ou vice-versa.

Segundo a Confederação Nacional do Transporte (2006) os portos deixaram de ser apenas locais onde se realizam a movimentação, o armazenamento e o transbordo de cargas, representando hoje um elo fundamental na reestruturação da matriz de transporte, colaborando significativamente para a elevação da competitividade das empresas e o aumento das exportações do país.

De acordo com o anuário estatístico da Agencia Nacional de Transporte Aquaviarios (2016), o sistema portuário nacional permitiu a movimentação de aproximadamente 998 milhões de toneladas de carga bruta (granel sólido, granel líquido e carga geral). A bauxita é o 6º produto mais movimentados entre os portos nacionais, tornando o Brasil um dos maiores exportadores deste minério (Gráfico 1).[pic 2]

 Concluinte do curso de pós-graduação em Logística Portuária e Direito Marítimo

Fonte: ANTAQ, 2016[pic 3][pic 4]

No que se refere aos principais estados que movimentam a bauxita, apenas três possui minas de produção que estão localizadas nos estados de Mina Gerais, no Pará e no estado de Goiás. Nesse aspecto, o estado do Pará tem seu devido destaque em âmbito nacional o qual concentra quase 75% das reservas totais brasileiras além de ter uma produção bruta de mais de 90%, ou seja, percebe-se a importância econômica deste minério tanto para a economia nacional e principalmente para a economia regional (Departamento Nacional de Produção Mineral, 2016).

Tabela 1 - Produção Bruta de Bauxita em 2015

Substância  

Quantidade Total

Contido

Teor Médio

Alumínio (bauxita)

50.105.016 t

23.591.682 t

47,08 % [pic 5]

Pará

45.190.364 t

21.622.680 t

47,85 % [pic 6]

Minas Gerais

3.546.508 t

1.322.758 t

37,30 % [pic 7]

São Paulo

826.913 t

345.511 t

41,78 % [pic 8]

Goiás

532.231 t

296.683 t

55,74 % [pic 9]

Santa Catarina

9.000 t

4.050 t

45,00 % [pic 10]

Fonte: Departamento Nacional de Produção Mineral (2016)

Nesse contexto, este artigo visa realizar uma análise operacional da movimentação de bauxita no Porto de Vila do Conde utilizando técnicas de simulação, buscando a redução dos custos logísticos através de novos cenários que permitam conhecer o limite operacional.

  1. PORTO DE VILA DO CONDE

De acordo com a lei nº 12.815/2013, o porto organizado é definido como um bem público construído e aparelhado para atender a necessidades de navegação, de movimentação de passageiros ou de movimentação e armazenagem de mercadorias, e cujo tráfego e operações portuárias estejam sob jurisdição de autoridade portuária.

O Porto de Vila do Conde foi inaugurado em outubro de 1985 pela Companhia Docas do Pará (CDP), o qual foi resultado de acordos de cooperação econômica firmados entre Brasil e Japão, quando o governo federal assumiu a responsabilidade pela implantação da infraestrutura portuária, rodoviária e urbana necessárias para o escoamento de alumínio produzido no complexo industrial da Albrás/Alunorte (PA) (LABTRANS, 2017).

O Complexo Portuário Industrial de Vila do Conde, caracterizado por ser fluvial e marítimo, é um porto público administrado pela Companhia Docas do Pará, localizado no município de Barcarena, à margem direita do Rio Pará (Figura 3).

Fonte: Google Earth, 2017[pic 11][pic 12]

Segundo o Desempenho do Setor Aquaviário (2016) é um dos portos públicos brasileiro com maior movimentação de granel sólido com aproximadamente 11,1 milhões de toneladas sendo que quase 40% é devido a importação de bauxita. Entretanto, os desembarques vêm decrescendo no Porto de Vila do Conde desde 2006, isso ocorre porque há uma concorrência com a bauxita proveniente das minas da Hydro em Paragominas, é transportada por mais de 244 km até a Alunorte por mineroduto (LABTRANS, 2017).

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