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AS DIRETRIZES GERAIS NAS OPERAÇÕES COM PRISÃO DE COLUNA DE PERFURAÇÃO

Por:   •  19/6/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.218 Palavras (13 Páginas)  •  226 Visualizações

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DIRETRIZES GERAIS NAS OPERAÇÕES COM PRISÃO DE COLUNA DE PERFURAÇÃO 

  1. OBJETIVO

Descrever os mecanismos que levam a prisão das colunas de perfuração durante as operações em poços de petróleo, apresentar os indícios que possibilitem a identificação dos mecanismos de prisão e propor alternativas para a liberação das colunas, bem como, medidas preventivas para evitar a prisão. As medidas aqui apresentadas são apenas um guia e cada situação deve ser avaliada isoladamente considerando cada aspecto da prisão e experiências prévias de poços semelhantes.

  1. CAMPO DE APLICAÇÃO

Os requisitos descritos neste procedimento são aplicáveis às unidades móveis de perfuração marítimas da Queiroz Galvão Óleo & Gás S.A. Este procedimento deve ser de conhecimento do gerente de unidade de operações, encarregado, sondador, equipe de perfuração, técnico e engenheiro de segurança do trabalho.

  1. TERMOS, DEFINIÇÕES E SIGLAS

BHA (Bottom Hole Assembly): componentes da coluna de perfuração posicionados imediatamente acima da broca. Normalmente consiste de comandos, estabilizadores, válvulas, ferramentas de MWD, LWD e direcionais.

Coluna de Perfuração (Drill string): Toda a coluna de tubos e acessórios até os comandos, embora, dependendo do contexto, se possa também referir essa coluna como incluindo os comandos.

Coluna presa: quando não é possível mover a coluna de perfuração em um dos sentidos ou rotacioná-la, diz que a coluna está presa, ou em outras palavras, a coluna é dita presa quando a força necessária para movê-la excede o limite de dos drill pipes ou do sistema de elevação da sonda.

Comando (Drill Collar): São elementos tubulares fabricados em aço forjado, usinados e que possuem alto peso linear devido à grande espessura de parede. Suas principais funções são fornecer peso sobre a broca e prover rigidez à coluna, permitindo melhor controle da trajetória do poço. A conexão desses elementos é feita por união enroscáveis usinadas diretamente no corpo do tubo. Externamente os comandos podem ser lisos ou espiralados. São normalizados pelo API e sua especificação deve levar em conta as seguintes características: diâmetro externo, diâmetro interno, tipo da união, acabamento externo e a existência ou não de ressalto para o elevador.

Heavy Weight: São elementos tubulares de aço forjado e usinados que têm como função principal promover uma transição de rigidez entre os comandos e os tubos de perfuração, diminuindo a possibilidade de falha por fatiga. As características principais são: maior espessura das paredes, uniões mais resistentes e revestidas de metal duro e reforço central no corpo do tubo revestido de metal duro.

Hookload (carga no gancho): peso suspenso movimentado pelo guincho de perfuração, incluindo o peso do conjunto catariana + top drive.

Set Back: área de estocagem de tubos de perfuração, comandos e heavy weights na posição vertical localizada normalmente no piso de perfuração da plataforma.

Survey: levantamento do desvio do poço feito em intervalos durante a perfuração de um poço. Durante o survey são enviados comandos para as ferramenta downhole (normalmente pulsos de pressão) solicitando o envio das informações.

Tubo de Perfuração (Drill Pipe): São tubos de aço sem costura, tratados internamente com aplicação de resinas para diminuição do desgaste interno e corrosão, possuindo nas suas extremidades as conexões cônicas conhecidas como tool joint, que são soldadas no seu corpo. Na sua especificação são consideradas as seguintes características: diâmetro nominal (diâmetro interno que varia de 2.3/8” a 6.5/8”), peso nominal, tipo de reforço para a soldagem das uniões, tipo ou grau do aço, comprimento nominal (range) e tipos de rosca.

  1. DESCRIÇÃO
  1. Diretrizes Gerais

O controle do poço deve ser sempre prioritário quando se utilizam tampões de diferentes densidades. Em caso de prisão de coluna em uma situação de controle de poço, O CONTROLE DO POÇO É PRIORITÁRIO.

Elementos de coluna com inspeções periódicas dentro da validade e em perfeitas condições são mandatórios e em caso de aplicações severas os elementos da coluna deverão ser inspecionados imediatamente.

Os equipamentos de medição de peso e torque devem possuir calibrações válidas e sua perfeita operacionalidade deve ser verificada antes do inicio de qualquer operação de tentativa de liberação de coluna presa.

Deverão ser de conhecimento da equipe de perfuração e estarem disponíveis em local de fácil acesso as seguintes informações:

- Esquema atualizado do BHA

- Data sheet de todos os elementos que compõe a coluna de perfuração (esforços limites e dimensões)

- Manual de operação do drilling jar (trações e compressões para armar e disparar)

- Peso do BHA abaixo do drilling jar

- Peso livre subindo e descendo na profundidade de prisão

Em caso de utilização de subs deve-se certificar da capacidade e status da inspeção desses componentes.

Nenhuma operação de liberação de coluna deverá ser conduzida sem que se conheça a capacidade de tração e torque de todos os elementos da coluna além de seu status de inspeção.

A capacidade de todos os equipamentos de elevação deve ser compatível à tração aplicada à coluna em todas as tentativas de liberação. Nos casos extremos, especialmente onde colunas de perfuração com capacidade de tração elevada são utilizadas, o limite de carregamento do deck deverá ser avaliado, considerando-se a hookload, o setback e a carga dos tensionadores de riser. O limite de cada unidade está disponível no manual de operação da sonda, que deve ser consultado em caso de dúvida.

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