ATPS Eletricidade

Diferenças entre Corrente Alternada e Corrente Contínua.

Corrente alternada:

O fluxo dos elétrons não segue um sentido único, os elétrons ficam invertendo repetidamente o seu sentido. Varia de positivo para negativo em um determinado período de tempo, fenômeno esse que chamamos de freqüência. Esta variação de sentido acaba sendo de extrema importância, devido aos transformadores só funcionarem recebendo este fluxo de elétrons alternado. Este tipo de corrente é o que recebemos em nossas residências e a freqüência nominal no Brasil é de 60 Hertz, ou seja, a cada segundo os valores mudam de positivo para negativo e vice-versa, 60 vezes a cada segundo.

50 Hz	60 Hz
Argentina	Brasil
Uruguai	México
Alemanha	Canadá
Espanha	Coréia
Índia	Estados Unidos

Frequência de operação da corrente contínua em alguns países.

A corrente alternada é gerada em usinas, logo após sua tensão é elevada, na estação elevadora (eleva-se valor da tensão a um nível considerável, para minimizar as perdas), e então percorre grandes distâncias através das linhas de transmissão, até os grandes centros de distribuição. A mesma não possui polarização, não apresentando polo positivo ou negativo como na corrente contínua.

[pic 1]

Corrente contínua:

O fluxo de elétrons percorre sempre no mesmo sentido, não havendo alternância. Este tipo de corrente não é aceita por transformadores (que elevam ou rebaixam os valores de tensão e/ou corrente), não recebendo assim alta voltagem, também não é aproveitada em residências por não percorrer grandes distancias.

A corrente contínua possui dois pólos, um positivo e outro negativo, partindo o fluxo de elétrons do polo positivo em direção ao negativo (sentido convencional). Na realidade ocorre o contrario. É utilizada em pilhas, baterias e aparelhos elétricos.

[pic 2]

Fontes geradoras de energia elétrica:

Fontes renováveis, como água, vento, sol e fosseis, são utilizados como combustíveis para geração de energia elétrica. Também podem ser produzidas através de energias mecânicas e química, transformadas por geradores e turbinas, em energia elétrica.

Devido a abundância hídrica em quase todo o território brasileiro, a fonte hidrelétrica encontra-se em primeiro lugar na produção de energia elétrica no país. Outras fontes estão sendo implementadas, como: petróleo, nuclear, biomassa, eólica, solar, marítima, entre outras.

Fonte Hídrica.

Também conhecida como hidráulica, é obtida através dos movimentos das turbinas existentes em usinas, que aproveitam a potência e energia cinética das correntes de água em rios, mares ou quedas de água.

Algumas vantagens:

• Não há ocorrência de gases poluentes significativos;
• Fonte renovável;
• A agua represada pode ser usada na irrigação de plantações nas proximidades da usina;
• Custo operacional baixo, devido a automatização das usinas;

Algumas desvantagens:

• Em períodos de estiagem, pode ocorrer a diminuição de energia elétrica;
• Impacto ambiental, devido à possibilidade de desvio ocorrido de rios;

Nas hidrelétricas a potência determina se a usina é de grande ou médio porte ou uma pequena central hidrelétrica. A agência nacional de energia elétrica classifica da seguinte forma:

• CGH (Centrais Geradoras de Energia elétrica) – ate 1MW de potência;
• PCH (Pequenas Centrais Hidrelétricas) – entre 1,1MW e 30MW de potência;
• UHE (Usina Hidrelétrica de Energia) – mais de 30MW de potência;

No caso das hidrelétricas, quanto maior a usina, mais distante ela tende a estar dos grandes centros, exigindo assim a construção de grandes linhas de transmissão e altíssimos níveis de tensões (de 230KV a 750KV) que, muitas vezes, atravessam o território de vários estados.

As PCHs e CGHs abastecem pequenos centros consumidores – inclusive unidades industriais e comerciais – e não necessitam de instalações tão extensas para o transporte de energia.

Fonte Petrolífera.

O petróleo é o principal responsável pela geração de energia elétrica em diversos países do mundo. Apesar da expansão recente da hidroeletricidade e da diversificação das fontes de geração de energia elétrica verificada nas ultimas décadas, o petróleo ainda é o responsável por cerca de 8% de toda a eletricidade gerada no mundo.

A geração da energia ocorre por meio da queima desses combustíveis em caldeiras, turbinas e motores de combustão interna.

Os geradores a diesel são comuns no suprimento de comunidades e de sistemas isolados da rede elétrica convencional.

Fonte Nuclear.

A energia nuclear surge da transformação do urânio no reator nuclear. O funcionamento de uma usina nuclear é semelhante ao de uma usina termelétrica convencional.

Na termelétrica o combustível queimado produz vapor, acionando uma turbina, acoplada a um gerador de corrente elétrica.

Na usina nuclear, o calor é produzido pela separação do uranio no reator, a energia elétrica é produzida através de três processos:

• No primeiro, a agua é aquecida a uma temperatura de aproximadamente 320º C sob uma pressão de 157 atm;
• No segundo, a agua aquecida passa por tubulações e vai ate o gerador de vapor, onde vaporiza sem que haja contato físico entre os circuitos;
• No ultimo, o vapor gerado aciona uma turbina, que movimenta o gerador e produz corrente elétrica;

Atualmente existem duas usinas nucleares em funcionamento no Brasil, Angra I e Angra II, das quais o Brasil aproveita aproximadamente 2,3% da energia gerada. Há também, em processo de conclusão, Angra III, com provável início operacional ainda em 2015.

Fonte de Biomassa.

A Biomassa é formada por organismos vivos em uma área. No setor elétrico a Biomassa é todo recurso renovável oriundo de matéria orgânica que pode ser utilizado na geração de energia elétrica.