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Administração Moderna da Manutenção

Por:   •  17/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  6.563 Palavras (27 Páginas)  •  247 Visualizações

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Administração Moderna da Manutenção

  1. INTRODUÇÃO

As empresas de melhor desempenho são aquelas que, em algum momento, fazem algo que as diferenciam da concorrência. Ter um bom produto e um marketing caprichado são condições que as igualam na motivação para a liderança [2]. As empresas do topo da pirâmide, as que realmente se destacam das demais em termos de resultados e produtividade, têm na Manutenção o mesmo cuidado que têm em suas outras áreas. Ou seja, a Manutenção não é tratada como um patinho feio. Não confundir com facilidade para recursos e ou reconhecimento.

Até os anos 80 as indústrias do mercado ocidental tinham como meta obter a maior rentabilidade para um dado investimento. Porém, com a globalização em fase inicial e a entrada do oriente no mercado ocidental, os consumidores passaram a considerar outro fator importante na decisão da escolha do produto: a qualidade. Tanto em produto quanto em serviços prestados, os consumidores forçaram as empresas ocidentais a se adequarem a este novo padrão de exigência para se manterem competitivas, particularmente no mercado internacional [1].

A necessidade dos primeiros reparos veio como consequência do surgimento da mecanização das indústrias, que até então considerava a manutenção como setor secundário e era executada pelo mesmo efetivo de operação. A chegada da primeira Guerra Mundial e a implantação da produção em série nos galpões da Ford Automotiva [3], as fábricas passaram a estabelecer programas mínimos de produção e, em consequência, sentiram necessidade de criar equipes que pudessem efetuar reparos em máquinas operatrizes no menor tempo possível. Assim surgiu um órgão subordinado à operação, cujo objetivo básico era de execução da manutenção, hoje conhecida como Corretiva.

As fases seguintes da manutenção foram acompanhando os fatos marcantes na economia mundial: a segunda Guerra Mundial forçou as indústrias a produzirem com mais rapidez e pela primeira vez surgi à ideia de evitar que as falhas ocorressem. Na indústria pós-guerra, marcada pela evolução da aviação comercial e da indústria eletrônica, surgi o conceito de Engenharia de Manutenção, que recebe a tarefa de planejar e controlar a manutenção preventiva e analisar causas e efeitos das avarias, tendo em vista que, em muitos casos, o tempo gasto para diagnosticar as falhas era maior do que o despendido na execução do reparo. Com o desenvolvimento dos microcomputadores na década de 80, o monitoramento e processamento por programas específicos de manutenção passam a integrar o controle de sobressalentes, equipamentos e disponibilidade, e surgi o PCM - Planejamento e Controle de Manutenção, que se tornou um órgão de assessoramento à supervisão geral de produção.

No final do século a manutenção ganha importância no quesito desempenho dos equipamentos, devido às exigências de aumento da qualidade dos produtos e serviços pelos consumidores. A garantia da qualidade, dada através da confiabilidade e produtividade dos equipamentos, assim como a redução de custos e atendimento de prazos passam a ser fortemente dependentes do bom planejamento dos profissionais de manutenção, que passaram a ser mais exigidos no atendimento adequado a seus clientes. Segundo dados estatísticos da ABRAMAN [4], o custo de manutenção no Brasil por faturamento bruto das empresas é de 3,89%. Por fim, a organização corporativa é vista hoje como uma cadeia com vários elos onde, certamente, a manutenção é um dos mais importantes nos resultados da empresa.

  1. ADMINISTRAÇÃO MODERNA DA MANUTENÇÃO

 Existem hoje mais de 200 softwares específicos de manutenção sendo comercializados no mundo (dos quais mais de 30 no Brasil), oferecendo soluções específicas em função do produto, tecnologia, mercado, e estratégia das diversas empresas.

  1. Porque a Manutenção é um Centro de Lucros?

No mercado atual, com as exigências de aumento da qualidade dos produtos e serviços pelos consumidores, a manutenção passou a ser um elemento importante no desempenho dos equipamentos, em grau de importância equivalente ao que já vinha sendo praticado na operação. Os estágios evolutivos se caracterizam pela Redução de Custos e Garantia da Qualidade (através da confiabilidade e produtividade dos equipamentos), e Atendimento de Prazos (através da disponibilidade dos equipamentos). O que tantas vezes passou despercebido para os executivos no passado, hoje está bem óbvio: Má manutenção e confiabilidade significam lucros reduzidos, mais custos de mão de obra e estoques, clientes insatisfeitos e produtos de má qualidade.

A busca por um sistema que seja capaz de desmistificar o terrível acompanhamento dos custos em uma organização foi o desencadeador para a criação do conceito dos Centros de Lucratividade, que é uma ferramenta gerencial [5]. Esta tem a função de auxiliar o atendimento dos planos e metas traçadas pela organização. Com os Centros de Lucratividade será possível um melhor controle da meta global, direcionando as atenções, no caso de uma tendência de não se atingir o estabelecido, para o setor que está desperdiçando mais capital. Apesar de ser um instrumento de cobrança, este sistema trás os colaboradores para perto das metas da empresa. Estes terão incentivos e reconhecimento se bem souberem atuar no campeonato da busca pelos melhores resultados.

A busca acirrada de vantagens competitivas tem mostrado que o custo de manutenção não está controlado, e é um fator importante no incremento do desempenho global dos equipamentos. Assim, está se tornando cada vez mais aceito pelas empresas, grupos de consultoria e organizações profissionais, que para o bom desempenho da produção em termos mundiais, o gasto em manutenção deve estar ao redor de 2% ou menos do valor do ativo.

Melhorias significativas nos custos de manutenção e disponibilidade dos equipamentos vêm sendo atingidas, através de:

•        Absorção de algumas atividades pelas equipes de operação dos equipamentos;

•        Melhoria contínua do equipamento;

•        Educação e treinamento dos envolvidos na atividade de manutenção;

•        Coleta de informações, avaliação e atendimento às necessidades dos clientes;

•        Estabelecimento de prioridades adequadas aos serviços;

•        Avaliação de serviços necessários e desnecessários;

•        Análise adequada de relatórios e aplicação de soluções simples, porém estratégicas;

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