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Armazenamento de produtos químicos

Por:   •  16/11/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.546 Palavras (7 Páginas)  •  272 Visualizações

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Introdução:

O viaduto de Milau, é a ponte mais alta do mundo, tem uma altura máxima de 343 metros. Sua localização é próxima a cidade de Milau, sul da França.

Os desafios para a construção dessa obra eram gigantescos, primeiramente ela iria sobrepor o vale do rio Tam, um dos mais profundos do país. Depois, erguer as sete torres de concreto, pesando centenas de toneladas cada, que pudessem sustentar a grande via expressa com suas 36000 toneladas, para receber o tráfego de veículos entre Paris e Espanha, outro grande desafio foi fazer tudo isso a centenas de metros do solo.

História:

Um dos motivos para a construção dessa obra monumental, era o grande engarrafamento que sempre se formava nas ruas da cidade de Milau, havia um gargalo justamente ali, na via expressa feita em meados dos anos 80, que cruzava o país, ligando Paris diretamente a Espanha. E isso afetava bastante a pequena população da cidade que já não aguentava mais.

O projeto foi idealizado 12 anos antes do início da construção, pelo renomado engenheiro Michel Virlogeux, o mesmo que projetou a ponte da Normandia no Norte da França, que é a mais longa envergadura sustentada a cabos do mundo. No projeto de Milau ele tinha a intenção de levar a tecnologia ao limite, e criar uma coisa totalmente nova, superando até mesmo a própria ponte da Normandia.

As autoridades Francesas que acharam um absurdo o projeto de Virlogeux, resolveram abrir uma competição aberta a outros nomes da engenharia e arquitetura, para selecionar outros projetos. O vencedor foi o também já renomado arquiteto Lord Norman Foster, muito famoso por outras construções.

Para ele, o maior desafio era fazer a ponte se encaixar perfeitamente a belíssima paisagem local. Seu trabalho foi pegar o primeiro projeto de Virlogeux, e o transformar em uma obra de arte. Ele retirou dois dos nove pilares originais, e diminuiu sensivelmente os pilares restantes e os passadiços.

Mas as formas exageradas, projetados por Lord Norman se tornaram um problema, a quantidade de concreto necessária era tão grande, que foi preciso a construção de uma fábrica de concreto no local. As formas geométricas desenhadas para cada pilar, foram um grande desafio para a equipe de construção.

Construção do Viaduto:

As obras tiveram início em outubro de 2001, com o pedido que a ponte durasse ao menos 120 anos. A promessa da empresa era entregar a obra em 4 anos, considerado tempo recorde na época, sob pena pagar uma multa diária no valor de 30.000 dólares, caso houvesse atraso na obra.

Os sete pilares de sustentação apresentavam dificuldades na execução, começando pelo lado norte do vale, o primeiro estava situado em um local bastante íngreme, o segundo e o terceiro eram desafiadores por conta do seu tamanho, estes eram os mais altos. Chegando ao lado sul, o quarto, quinto, sexto e sétimo sofriam também de uma inclinação, embora seja mais leve em relação a do primeiro.

Outro desafio era o solo da região, composto por um calcário quebradiço, as rochas continham muitas cavidades, e os geólogos alertaram sobre possíveis deslizamentos de terra, e isso acabou ocorrendo, logo no início da obra, cerca de 4000 m³ de rocha deslizaram na base do pilar número 1, felizmente esse deslizamento não o danificou, mas a partir disso, um grupo considerável de trabalhadores tiveram que ser deslocados, afim de estabilizar o morro, evitando assim outros deslizamentos.

Cada pilar devia ser feito através de passos pré-definidos, primeiramente derramando concreto em grandes moldes de aço, e após isso esperava-se 3 dias para que o concreto secasse, retirava-se os moldes e repetia todo o processo.

A responsabilidade pelo prazo e orçamento, era de Jean Pierre Martins, técnico de projetos, mas essas não eram apenas suas únicas preocupações. A precisão nesse tipo de obra é imprescindível, não a margem para erros no posicionamento dos pilares, as medidas só podiam ser feitas através de GPS que tinha uma margem de precisão de 4 milímetros.

Finalmente em novembro de 2003, os pilares chegaram a sua altura final, com uma margem de 2 centímetros, que no caso é um erro irrisório.

Se iniciaria agora a segunda parte da construção que era sobrepor aos pilares uma rodovia de 2 quilômetros e meio de extensão, pesando cerca de 36000 toneladas, a uma altura de 236 metros do solo.

Devido ao histórico de desastres e mortes, envolvendo a construção de pontes nas alturas, a equipe resolveu construir os passadiços em terra, de aço, não de concreto. Mas isso foi desafiador, e apenas uma fabricante se prestou a entregar as peças. Eiffel era a empresa, a mesma que construiu a torre Eiffel, símbolo da cidade luz, O receio se devia pois nunca a empresa tinha recebido um projeto tão ousado.

Foram produzidas 2200 seções separadas, que chegavam a pesar 90 toneladas cada, e tinham 22 metros de comprimento. Sua estrutura era medida com laser, que tinha precisão de 1 milímetro, pois aqui também não poderia haver erro.

Para cumprir o prazo apertado, o processo teve que ser automatizado com robores soldadores, e com maquinas para cortar as peças, estas maquinas eram programadas e isso agilizou o processo.

O transporte dessas seções gigantescas de aço para a construção foi a parte mais difícil, o percurso devia ser calculado perfeitamente para evitar danos, eles eram escoltados pela polícia, que fazia a segurança, e abria caminho. Foram necessários mais de 2000 comboios para o transporte de todas as partes.

O planejado era colocar o passadiço de 2 quilômetros e meio, sobre duas peças de aço. O engenheiro responsável por isso foi Jean Marie Crémer, ele propôs que os passadiços deveriam ser colocados um de cada lado do vale, e depois empurrados afim de se encaixarem em meio aos pilares, isso seria feito a partir de soquetes hidráulicos com força para empurrar os passadiços.

Mas devido a distância entre os pilares, a ponte acabaria se partindo. As soluções encontradas foram encaixar um pilar para que os cabos sustentassem a parte frontal do passadiço e colocar torres de aço provisórias entre os pilares, para sua sustentação. Essas medidas reduziram a envergadura em 171 metros, evitando um desastre.

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