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Atuais Investimentos Em TI

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Por:   •  12/9/2014  •  1.780 Palavras (8 Páginas)  •  808 Visualizações

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Atuais investimentos em TI (Tecnologia Da Informação) no Brasil e no mundo

Nos idos de 2003, quando o setor de TI se recuperava dos excessos da bolha , o editor da Harvard Business Review, Nicola Carr, publicou um artigo intitulado “A TI não Importa”, no qual afirmava que “à medida que o poder e a disseminação da tecnologia da informação crescem, sua importância estratégica tem diminuído.”

Em 2004, Thomas Friedman, do New York Times, publicou um bestseller nacional intitulado “O Mundo É Plano”, que é uma metáfora para se ver o mundo como um campo nivelado em termos de comércio, no qual todos os competidores têm oportunidades iguais devido principalmente à Internet.

Nos dez anos desde a publicação dessas ideias o mundo da tecnologia da informação mudou de forma dramática. O mundo do comércio não é mais plano e a TI está mais estratégica do que nunca para negócios que desejam crescer e estar à frente da concorrência. As macrotendências que alteraram o campo de jogo nos últimos 10 anos foram a nuvem, a mobilidade, o Big Data e as redes sociais. Uma tendência ainda maior à frente será a Internet das Coisas, que introduzirá a tecnologia da informação em cada aspecto de nossas vidas.

Ao investir em tecnologias como virtualização, provisionamento dinâmico, armazenamento de objetos e módulos flash para eliminar a necessidade de exceder os recursos em função de um melhor desempenho, a TI tornou-se mais ágil e responsiva às necessidades do negócio. Enquanto a nuvem era considerada um hype há apenas alguns anos, a nuvem em suas diversas formas, privada, pública, híbrida, está transformando a TI em um modelo de serviços. Líderes de TI que abraçaram essa mudança tem sido capazes de fazer mais com menos, e assim provaram o seu valor estratégico.

Investimentos de TI no Brasil

Os investimentos em TI continuarão em crescimento no Brasil em 2014. Estudos do Gartner apontam que os gastos das empresas, nessa área, alcançarão US$ 129,7 bilhões, com aumento de 3,6% com relação a 2013, cujo total projetado é de US$ 125,2 bilhões. A taxa projetada é menor que a de anos anteriores por causa da desaceleração da economia.

A maior parte desse montante será para serviços de telecom, que receberão investimentos da ordem de US$ 78 bilhões, alta de 1,8% em comparação com os valores estimados em 2013. As despesas com dispositivos (incluindo PCs, tablets, celulares e impressoras) chegarão a US$ 22,4 bilhões, 1,7% mais que os recursos aplicados este ano, segundo o levantamento do Gartner.

Já os serviços de TI atingirão gastos de US$ 21,2 bilhões em 2014, com elevação de 11,2% em relação ao volume desembolsado este ano. As despesas com data center devem alcançar US$ 3,2 bilhões, um aumento de 4,9 % sobre 2013. Os investimentos em software totalizarão US$ 5 bilhões em 2014, chegando a 9,2% mais que o destinado este ano.

Donald Feinberg, vice-presidente do Gartner, observou que a economia local está andando mais lentamente, com redução do Produto Interno Bruto (PIB) e que o País terá uma agenda atípica. Haverá carnaval em março, Copa do Mundo em junho e eleições em outubro.

Apesar de 2014 ter menos dias úteis para negócios, Feinberg avalia que o cenário é positivo para o Brasil por ser um dos mercados da América Latina que mais crescem e com demanda interna aquecida. Entre as tecnologias que estarão no radar dos CIOs, o analista do Gartner prevê que vão prevalecer nos primeiros lugares as três que se destacaram em 2013 que são: ferramentas analytics e BI; mobilidade e cloud computing.

Val Sribar, vice-presidente do Gartner, avalia que há muitas oportunidades no mercado brasileiro. Ele afirma que o aumento da importância do consumidor é fundamental para o crescimento sustentado dos gastos de TI no País. O analista chama atenção para a diversidade de negócios que surgirão com a Economia Industrial Digital, que será construída sobre as fundações da Terceira Plataforma de TI, que a consultoria conceitua como “Nexo das Forças”, apoiada em quatro alicerces: cloud computing, mobilidade, social business e Big Data.

Essas quatro forças integradas e combinadas com a Internet de Todas as Coisas, segundo o Gartner, darão inicio à Era Digital com verdadeira transformação dos negócios. O motor que vai puxar essa mudança é a mobilidade. Projeções do instituto de pesquisas indicam que em 2020 haverá quase 30 bilhões de aparelhos conectados, sendo a maior parte deles interligados a produtos, beneficiando diversos setores como varejo, saúde e transporte. Outros 7,3 bilhões de devices estarão nas mãos das pessoas, com poder para compras online, navegação nas redes sociais e consumo de uma variedade de serviços.

Com esse cenário, a recomendação dos analistas do Gartner é que os gestores de TI alinhem seus projetos para fortalecerem iniciativas que contemplem os pilares das quatro forças que vão digitalizar processos e alterar os modelos de negócios.

Para Fernando Belfort, analista de mercado sênior da Frost & Sullivan para América Latina, as megatendências de TI impactam toda a sociedade de forma horizontal. O conceito de smart será disseminado pelas cidades, redes de energia, carros, dispositivos móveis, prédios, fábricas etc. Essas mudanças vão refletir na economia, cultura, trabalho, modo de vida das pessoas e formas de fazer negócios, alerta o consultor.

“Daqui a cinco anos todas as companhias competitivas precisão ter implantados, como práticas do dia a dia, projetos de mobilidade, cloud e Big Data”, reforça Belfort, que acredita que muitas dessas iniciativas vão ganhar espaço em empresas locais a partir de 2014. O analista constata que em 2013 muitas organizações olharam apenas para uma ou duas dessas vertentes, ainda assim de forma isolada, sem unir as peças. “O CIO que pensa Big tem que ter esses temas em sua agenda”, endossa.

O aumento dos dispositivos móveis no País vai pressionar as empresas a investirem mais nas tecnologias que sustentam a Terceira Plataforma em 2014, avalia Frank Meylan, sócio da área de Management Consulting da KPMG no Brasil. “A mobilidade está ganhando muita força pela sua agilidade e dinâmica aos negócios, tomando o largo espaço dos PCs”, enfatiza o executivo, mencionado o interesse dos bancos em explorar essa tecnologia depois que o Banco Central aprovou regulamento em 2013, permitindo que os celulares se tornem meio de pagamento.

Já Alexandre Campos, analista de TI e Telecom da IDC Brasil, avalia que 2013 foi o ano em que cloud computing começou a dar frutos no País, com aumento de maturidade e disseminação de projetos. As empresas investiram US$ 257 milhões em nuvem pública, US$ 123 milhões em infraestrutura (IaaS), enquanto a plataforma como serviço (PaaS) somou US$ 25 milhões e software como serviço (SaaS) US$ 109 milhões, segundo a IDC. Ele acredita que o conceito ganhará mais força aqui em 2014 e prevê crescimento anual de 74% do mercado local, chegando em 2015 com receita total de US$ 798 milhões. Uma das mudanças é que os negócios de SaaS ultrapassarão os de IaaS em faturamento.

Investimentos de TI no mundo

Segundo o Gartner, as despesas mundiais em Tecnologia da Informação estão crescendo e devem atingir US$ 3,7 trilhões em 2014, um aumento de 2,1% desde o ano passado. No entanto, o crescimento é abaixo das projeções anteriores de 3,2%, como resultado de uma redução nas expectativas de crescimento de dispositivos, sistemas de data center e nos serviços de TI em geral.

Para a consultoria, entre 2015 e 2018 deve haver um retorno aos níveis de crescimento, principalmente com a entrada da TI na terceira fase de desenvolvimento, mais voltada a novos modelos de negócios habilitados pela digitalização e não mais com foco em tecnologias e processos.

O mercado de dispositivos (incluindo PCs, ultramobiles, celulares, tablets e impressoras) deverá crescer em 2014, mas não tanto como previsto no trimestre anterior, alcançando US$ 685 bilhões, alta de 1,2% a partir de 2013.

Para os serviços de TI estão previstos o total de US$ 967.000 milhões neste ano, um aumento de 3,8% a partir de 2013. A terceirização de TI está crescendo mais lentamente do que o esperado, como o preço foi reduzido drasticamente pelos maiores fornecedores, o mercado recebe impacto de serviços de armazenamento em nuvem. Os serviços de implementação também estão crescendo mais lentamente do que o esperado.

No mercado de software empresarial, a despesa está a caminho de um total de US$ 321 bilhões, um aumento de 6,9% se comparado a 2013. As expectativas de crescimento aumentaram significativamente para o software de infraestrutura. São compensadas por um crescimento ligeiramente inferior esperado para o software de aplicações.

Os gastos de data center têm projeções para chegar a US$ 140 bilhões em 2014, um aumento de 0,4% se comparado a 2013. Gastos de armazenamento BCE estão sofrendo os efeitos combinados de sistemas subaproveitados na base instalada, assim como arquiteturas alternativas de menor custo e armazenamento baseado em nuvem.

O mercado de servidores também mostra fraqueza com organizações migrando de plataformas de alto custo para alternativas de baixo custo. O segmento hiperescala, impulsionado principalmente pelos serviços voltados ao consumidor, prevê alguns fatores positivos para o mercado, ainda que para as plataformas de custo muito baixo.

Porém, os investimentos em tecnologias continuam a crescer neste ano. Para se ter uma ideia, 64% das empresas no mundo investem ou pretendem investir em soluções para análise de grandes volumes de dados neste ano, sendo que 30% já investiram na tecnologia. De uma perspectiva maior, 19% pretendem aplicar recursos em ferramentas de big data no próximo e 15% planejam adotar a tecnologia até 2015. No ano passado, 58% das corporações tinham intenção de investir em tecnologia. Os dados são de pesquisa realizada em junho pelo Gartner com 720 líderes de TI de empresas no mundo todo.

“Apesar de 64% das organizações planejarem investir na tecnologia, menos de 8% de todos os entrevistados já implantaram, de fato, soluções, sendo que 20% estão em fase de experimentação e 18% ainda estão desenvolvendo estratégias para utilizar a tecnologia.” disse Frank Buytendijk, vice-presidente de pesquisas do Gartner

Dentre as principais indústrias que investiram em tecnologias neste ano destacam-se as de mídia e comunicação (39%), bancos (34%) e serviços (32%). Já os investimentos planejados para os próximos dois anos serão guiados por empresas dos segmentos de transporte (50%), saúde (41%) e seguros (40%).

De uma perspectiva regional, o estudo indica que a América do Norte continuará a liderar os investimentos, com 38% das organizações consultadas investindo em tecnologia para melhor lidar com grandes volumes de dados, enquanto na Ásia-Pacífico, 45% das companhias planejam direcionar os gastos em tecnologia nos próximos dois anos.

Referências bibliográficas:

A TI importa, sim, e o mundo não é plano. Disponível em:

http://cio.com.br/opiniao/2014/07/24/a-ti-importa-sim-e-o-mundo-nao-e-plano/

Acesso dia 10/09/2014 ás 13h00min

Gastos mundiais com TI cresceram 2,1% em 2014, segundo o Gartner. Disponível em:

http://www.institutotelecom.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5806%3Agastos-mundiais-com-ti-cresceram-21-em-2014-segundo-o-gartner&catid=1%3Alatest-news&lang=pt

Acesso dia 09/09/2014 ás 16h15min

Magatendências puxam investimentos de TI no Brasil. Disponível em:

http://asteriks.com.br/teste-2/

Acesso dia 10/09/2014 ás 14h05min

Mais de 60% das empresas no mundo planejam investir em TI neste ano. Disponível em

http://convergecom.com.br/tiinside/23/09/2013/60-empresas-mundo-planejam-investir-big-data-neste-ano/#.VBCOHMJdUl8

Acesso dia 09/09/2014 ás 10h30min

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