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Avaliação da água subterrânea da área urbana de Uberaba – MG

Por:   •  23/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.536 Palavras (15 Páginas)  •  326 Visualizações

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Avaliação da água subterrânea da área urbana de Uberaba – MG

Calisto Nonato Silva Junior

Michel Cristeinsen Silva

Lídia Ferreira Assunção

Mariana Tomaz Fonseca

Lidiane Marcia Pereira de Melo

Gabriela Silva Spirlandelli

Resumo

O consumo de água subterrânea é uma pratica que vem sendo difundida largamente entre a população e a qualidade dessas águas esta diretamente ligada a questões de saúde publica e ambiental. O presente estudo avaliou de forma transversal a qualidade da água subterrânea dentro da área urbana de Uberaba-MG. Foram utilizados métodos de analise das amostras de acordo com o padrão Standart Methods for the Examination of Water and Westewater, 20th edition e um tipo de estudo conhecido como Corte Transversal. Dos parâmetros analisados, a maioria apresentou-se conformidades de acordo com a lei para potabilidade embora, alguns parâmetros como pH, Presença de metais tóxicos (Manganês e Chumbo) e Coliformes Fecais mostraram-se fora dos padrões máximos permitidos pela portaria 518/ MS. A qualidade dessas águas esta totalmente comprometida e seu consumo deve ser evitado.

Palavras-chave: Água subterrânea. Saúde pública. Consumo.


Assessment of groundwater the urban area of ​​Uberaba - MG

Abstract

The use of groundwater is a practice that is being largely disseminated among the people and quality of these water is directly linked to questions of public health and the environment. The present study evaluated cross-sectionally the quality of underground water inside the urban area of Uberaba-MG. Methods were used to analyze the samples according to standard Standard Methods for the Examination of Water and Westewater, 20th edition, and a study type called cross-section. Of the parameters analyzed, the majority showed up compliance in accordance with the law for potability although some parameters like pH, presence of toxic metals (manganese and lead) and Fecal Coliforms demonstrated out the standards allowed by Ordinance 518 / MS. The quality of these water is fully committed and their consumption should be avoided.

Keywords: Groundwater. Public health. Consumption.

INTRODUÇÃO

De acordo com Silva (1998) a formação de povoados cada vez maiores, fez com que o ser humano desde antiguidade precisasse gerenciar recursos para sua sobrevivência, criando obras engenhosas para capitação e utilização de água, por exemplo.

Os primeiros registros do gerenciamento do uso da água vêm desde civilização mesopotâmica e egípcia em que desde essa época já se relatava a preocupação coletiva na qualidade da água utilizada, dos perigos e doenças vinculadas. Já eram utilizadas práticas de purificação e acondicionamento, como o armazenamento em vasos de cobre e a filtragem por carvão ou cascalho (AZEVEDO NETTO, 1984).

Na idade média a água potável era acessível apenas para a aristocracia. A maior parte da população que vivia em saneamento precário cavava poços dentro de suas próprias residências para suprir suas necessidades. A presença de fossas e adubos em suas proximidades contaminavam quase todas essas fontes de água subterrânea, contribuindo para o avanço de doenças. No Brasil, durante todo o período colonial, mesmo com a intensa exploração dos recursos naturais, não foi imposta nenhuma ação á respeito de saneamento no país (SILVA, 1998).

De acordo com o avanço da ciência e o estudo da medicina as doenças e seus mecanismos foram desvendados e relacionados a capacidade da água em ser um meio de transmissão potencial  e responsável por grande epidemias. A partir da conscientização o consumo de água potável e o saneamento básico e passou a ser essencial como um fator de saúde pública (ROCHE, 1998).

A água para o consumo humano tem diversas fontes de obtenção e, os poços e fontes, provenientes de mananciais subterrâneos são largamente usados pela população brasileira. A água subterrânea pode ser captada no aquífero confinado ou artesiano, que se encontra entre duas camadas relativamente impermeáveis, o que dificulta a sua contaminação, ou ser captada no aquífero não confinado ou livre, que fica próximo à superfície, e está, portanto, mais suscetível à contaminação. Em função do baixo custo e facilidade de perfuração, a captação de água de aquíferos livres, embora mais vulnerável à contaminação, é mais frequentemente utilizada no Brasil (FOSTER, 1993; ASSIS DA SILVA, 1999).

Ao passo que o tratamento de água melhorou suas condições para consumo, vem se tornado pior a qualidade das águas de rios, córregos e lençóis freáticos com o crescimento do setor industrial que, na maioria das vezes descartas seus resíduos tóxicos diretamente no ambiente levantando assim um potencial de risco a contaminação direta dessas águas e do solo que estão à mercê do consumo humano direto sem tratamento prévio. A presença de metais dos sistemas aquáticos é natural quando se trata de processos geoquímicos e à atividade humana se torna um reflexo a partir de sua ampla utilização pela indústria (CAMPOS et al.,2009). Apesar de todos os esforços para armazenar e campanhas de conscientização para diminuir o seu consumo, a água está se tornando, gradativamente um bem escasso, e sua qualidade se deteriora cada vez mais rápido (FREITAS et al.,2011).

A poluição dessas águas é, geralmente, difícil de detectar, se tratando de um reservatório remoto e muitas vezes de monitoramento prolongado, caro e trabalhoso. A contaminação só é descoberta, na grande maioria das vezes, no momento em que substâncias nocivas à saúde aparecem nos reservatórios de água potável e quando a poluição já se espalhou em uma grande área. A despoluição é particularmente demorada e demanda grande investimento financeiro, pois necessita e sofisticadas tecnologias (DRM, 2001).

Os contaminantes químicos, assim como os metais tóxicos são mais preocupantes, já que possuem densidades altas se comparadas com outros contaminantes da água (BARDI, 2002). Segundo Segura-Muñoz (2002), os metais tóxicos, como chumbo (Pb), ou o Cromo (Cr) são contaminantes nocivos à saúde humana .

Atualmente no Brasil a garantia de consumo humano de água segundo padrões de potabilidade adequados é questão relevante para a saúde pública. Os padrões de potabilidade são ditados pelo Ministério as Saúde (Portaria nº 518/2004), na qual o município deve obedecer a normas vigentes de água utilizada para consumo humano. A atribuição desses padrões confere a instância municipal e, também, a responsabilidade da gestão dos serviços de saneamento. Embora não exclua os níveis estadual e federal de atuar no estabelecimento de diretrizes, seja da assistência técnica ou da legislação (d’AGUILAet al.,2000).

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