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CONSTRUÇÃO ENXUTA NO BRASIL

Por:   •  14/6/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.781 Palavras (8 Páginas)  •  175 Visualizações

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CONSTRUÇÃO ENXUTA NO BRASIL

1. INTRODUÇÃO

O setor da construção vem passando por mudanças desde a transformação do perfil de seus usuários, os quais exigem produtos de qualidade, valor competitivo e com curtos prazos de entrega. A indústria deste setor tem se esforçado a adaptar-se à essas exigências atuais de mercado, aplicando técnicas de gestão e de produção já há certo tempo utilizadas por setores industriai, visando melhorar seus processos e gerar

Como inferido por Moretti (2015), o contexto de crise demonstra-se propício para que as empresas busquem a diminuição das carências no gerenciamento dos processos e na admissão dos insumos humanos, visando ampliar a capacidade competitiva, além de uma expansão da produtividade, com a incorporação da ideologia Lean como estratégia para superar momentos de instabilidade econômica.

Apenas 28,3% das empresas construtoras afirmam sobre a ausência de oferta dos bens e serviços aspirados no mercado. Isto é, há tecnologias viáveis para otimizar os índices de produtividade do setor, mas, não estão ainda liberadas para a maioria das empreiteiras de construção civil do país, já que são, em grande parte, empresas de pequeno e médio porte: 43,98% das construtoras ativas no Brasil em 2011 possuíam até quatro funcionários, enquanto empresas com 30 ou mais funcionários equivalem somente 14,55% do total (IBGE, 2012). Pensando sobre a inserção de novos processos na cadeia produtiva de construções, a maior dificuldade ainda é a escassez de qualificação da mão de obra, e também da necessidade de transformação cultural da sociedade ao aderir novas metodologias de produção no canteiro de obra.

Depois da maturidade e incorporação dos conceitos da produção enxuta, demonstrados na figura 1, pela indústria ordenada, esta, por fim, começa a ser foco de importância dos gestores da construção civil, originando ao que se denomina Construção Enxuta (Lean Construction). O emprego desta filosofia no setor construtivo, contudo, deve ser agente de experiências e investigação pretendendo ajustá-la as particularidades efetivas que, normalmente, são critérios dificultadores à introdução de novas ferramentas técnicas e gerenciais.

2. SUSTENTABILIDADE E CONSTRUÇÃO CIVIL

Para a obtenção do desenvolvimento sustentável dos ambientes, o Relatório Brundtland (1988) determina algumas providências. Esta definição sugere a investigação de uma constância entre os graus de desenvolvimento e o uso de recursos naturais, de maneira que a progressão decorra sem acometer o meio ambiente e sem findar as fontes de recursos naturais, essenciais para o uso por gerações futuras (PINHEIRO, 2006). Segundo Brundtland (1988), as atitudea a serem seguidas são:

a) Utilização de novos materiais na construção;

b) Reorganização da disposição de áreas residenciais e industriais;

c) Aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica, as quais serão tratadas neste trabalho;

d) Reciclagem de elementos reaproveitáveis;

e) Consumo racional de água e de alimentos;

f) Diminuição da utilização de produtos químicos nocivos à saúde.

Diante do que vários autores sugerem, podemos estabelecer que um empreendimento sustentável deve incorporar práticas de projeto, construção e operação que reduzam significativamente ou até eliminam o impacto negativo causado ao meio-ambiente e aos usuários.

O setor da construção, portanto, necessita se envolver ainda mais. as empresas devem alterar sua maneira de fabricar e gerenciar suas obras. Elas devem agendar incorporação gradativa de sustentabilidade, buscando resultados em cada obra que sejam economicamente importantes e viáveis para o empreendimento.

3. CONSTRUÇÃO ENXUTA

Na Lean Construction, um dos focos centrais ou palavra de ordem é fluxo. Segundo Koskela (1996), avançando uma ideia da fabricação, a nova função é redescrever a construção como fluxo. O start é a manufatura na maneira de pensar. O fluxo de informação e o fluxo de material, assim como o fluxo de trabalho do projeto e construção, sejam classificados e mensurados em relação a seus gastos internos (que não aderem valor) duração e valor de saída. Para otimizar estes fluxos é um pré-requisito que uma nova estratégia de gestão, rememorado para o aprimoramento dos fluxos, seja desenvolvido e empregado.

De acordo Hirota (2000), um dos inconvenientes no processo de comunicação da atual ideia de produção para a construção é a adequação dos termos geralmente usados na cultura proeminente, no gerenciamento do processo de fabricação, que se tornaram essenciais na nova filosofia, contudo com significações diferentes, do mesmo modo que fluxo, perdas, processo, operação, transparência ou eficácia. O termo fluxo, por exemplo, pode expressar um conceito positivo, na prática corrente da construção, uma vez que prioriza a produtividade e a transformação faz com que a atuação do líder seja de evitar ao máximo o tempo parado. A movimentação no canteiro e a perdura de armazenamento de materiais são indicativos de que a sequência está em desenvolvimento.

Na produção enxuta, entretanto, fluxo é uma palavra vinculada a um problema: a existência de atividades de inspeção, espera e transporte, que devem ser eliminadas ou reduzidas ao mínimo porque não agregam valor ao produto.

O processo de construção enxuta iniciou com uma tentativa de alterar a forma de como o trabalho é orientado (KOSKELA, 1996), que explica que uma otimização organizacional das atividades, eliminar mão-de-obra ociosa e melhorar os recursos disponíveis pode ser aplicado com ótimos resultados.

3.1. Princípios da Construção Enxuta

A Construção Enxuta aponta alguns princípios para a gestão de processos, alguns do quais estão listados a seguir, fundamentados em Koskela (1996) e Shingo (1996):

• Diminuir a parcela de atividades que não agregam valor: um dos princípios essenciais dessa filosofia, segundo o qual a eficácia dos processos pode ser otimizada e os desperdícios reduzidos pela exclusão de algumas das tarefas de fluxo (KOSKELA, 1992). Como por exemplo, a aplicação de um simples suporte do mangote usado no bombeamento de argamassa possibilita que o servente execute uma tarefa que agrega valor,

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