TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Caracterização Mecanismos de Fluência

Por:   •  3/7/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.098 Palavras (5 Páginas)  •  247 Visualizações

Página 1 de 5

Mecanismos de Fluência

Se uma tensão for aplicada a um material em temperatura elevada, poderá haver deformação permanente, mesmo que a tensão aplicada seja inferior ao limite de escoamento nesta temperatura. A deformação permanente e dependente do tempo, que ocorre sob tensão constante em temperaturas elevadas, é conhecida como fluência. Os fenômenos de difusão, escalagem de discordâncias de discordâncias e deslizamento de contornos de grão contribuem para a fluência nos materiais metálicos. Em metais e ligas dúcteis sujeitos à fluência, a fratura é acompanhada por estricção, nucleação e coalescimento de vazios. Considera-se que um material falhou devido à fluência mesmo que não apresente ainda fratura. Quando o material é deformado dessa maneira e chega a se romper, a fratura é definida como ruptura por fluência.

  1. Deslizamento de Discordâncias

Temperaturas elevadas permitem a escalagem de discordâncias nos metais, que é a movimentação de discordâncias fora dos planos de deslizamento por efeito da temperatura. Os átomos espalham-se para a linha de discordância, ou a partir dela, por difusão, fazendo com que a discordância se desloque em direção perpendicular, e não paralela, ao plano de deslizamento. Assim, a discordância escapa dos obstáculos da rede, desliza e causa mais deformação plástica no corpo, mesmo com baixas tensões aplicadas.

No primeiro estágio de fluência, a deformação ou alongamento é medida em função do tempo e traçada para fornecer a curva deformação-tempo. N primeiro estágio da fluência em metais, muitas discordâncias realizam escalagem, evitando, com isso, os obstáculos da rede cristalina. Depois tornam a deslizar no plano de deslizamento e, assim, aumentam a deformação total.

  1. Movimento de Discordâncias de Fluência

Similar a deformação em baixas T, mas em altos T as discordâncias podem escapar aos obstáculos emitindo ou recebendo vacâncias; Fluência por movimento de discordância (dislocation creep), envolve o movimento mais drástico de discordâncias. Consequentemente, altas tensões são necessárias, mas pode ocorrer em temperaturas intermediárias onde o escoamento difusional é baixo. O mecanismo é complexo e não é completamente entendido, sabe-se que a escalagem de discordâncias é importante e a taxa de deformação é determinada pela taxa de emissão ou absorção de vacâncias.

[pic 1]

  1. Difusão por Fluência

Escoamento difusional pode ocorrer em baixas tensões, mas requer temperaturas relativamente altas. Envolve o movimento de vacâncias no retículo cristalino. Se as vacâncias movem pelo retículo cristalino, o comportamento é chamado de fluência NABARRO-HERRING (m=1 e q =2). Se elas se movem pelos contornos, o comportamento é chamado de fluência COBLE (m=1 e q =3).  As vacâncias surgem em contornos de grãos que estão perpendiculares a tensão trativa e movem para os CG em tensões compressivas ou com baixos valores de tensões trativas. O material move na direção oposta.

[pic 2]

[pic 3]

  1. Escorregamento dos contornos de grão

Observado em todos os mecanismos de fluência. É  importante no estágio terciário e está associado à formação de microcavidades. Assim, contribui com uma parcela importante na deformação total, em temperaturas próximas À de fusão e em tamanhos de grão submicrométricos. É um mecanismo pronunciado quando mecanismos difusionais podem ser desprezados.

[pic 4]

Mudanças Estruturais Durante a Fluência

  1. Deformação por Deslizamento

Quando os metais são deformados a temperaturas elevadas, novos sistemas de deslizamento podem se tornar operativos. Acima de 260°C, o deslizamento no alumínio ocorre nos planos {111}, {100} ou {211}. O zinco e o magnésio apresentam, a altas temperaturas, deslizamento em planos diferentes do basal. A facilidade com que, nos metais hc, novos sistemas de deslizamento tornam-se operativos com o aumento da temperatura é mostrada por dados experimentais sobre o zircâni05. A tensão cisalhante resolvida crítica para o sistema (1010) [1210] é 1,0 kg/mm2 a 77°K, 0,2 kg/mm2 a 575°K e 0,02 kg/mm2 a 1.075°K. As bandas de deslizamento produzidas a altas temperaturas são mais grossas e mais espaçadas do que as resultantes de deformação à temperatura ambiente. Para temperaturas elevadas e taxas de deformação baixas, torna-se difícil detectar linhas de deslizamento. No entanto, McLean conseguiu detectar bandas de deslizamento muito finas dentro dos grãos de alumínio em fluência, através de microscopia de contraste de fases. O deslizamento sob condições de fluência a altas temperaturas ocorre em muitos planos de deslizamento para distâncias de deslizamento pequenas. Weertman sugeriu que isto acontece devido à operação de muitas fontes de discordâncias que seriam desativadas a baixas temperaturas, porque, nestas condições as discordâncias de anéis adjacentes iriam se repelir mutuamente. Como a temperaturas elevadas os anéis podem realizar escalagem e então anular-se mutuamente pode existir um fluxo contínuo de novas discordâncias produzidas por várias fontes.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.6 Kb)   pdf (201.7 Kb)   docx (387 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com