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Diagrama Tensão Deformação

Por:   •  31/5/2023  •  Pesquisas Acadêmicas  •  4.000 Palavras (16 Páginas)  •  58 Visualizações

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1. Diagrama tensão x deformação

O diagrama tensão x deformação é uma representação gráfica que descreve a resposta mecânica de um material quando submetido a uma carga ou força. No eixo horizontal do diagrama, temos a deformação, que representa a mudança na forma ou tamanho do material em resposta à aplicação de uma carga. No eixo vertical, temos a tensão, que representa a força aplicada ao material por unidade de área. Do ponto de vista da ciência dos materiais, esse diagrama é essencial para entender o comportamento dos materiais e suas propriedades mecânicas.

Figura 1: Diagrama Tensão x Deformação.

Fonte: Hiebbler, R. C., 2010.

A Figura 1 é composta por diferentes regiões que descrevem o comportamento do material durante o teste de tração. A região elástica inicial representa a resposta do material quando a deformação é reversível, ou seja, quando a carga é removida, o material retorna à sua forma original. Eventualmente, o material atinge o ponto de escoamento, onde a deformação se torna irreversível, ou seja, entra na fase plástica, onde ocorre a deformação permanente. Nessa região, a tensão continua a aumentar à medida que a deformação aumenta. O material exibe fluência, onde a deformação ocorre sem um aumento significativo na tensão. Além disso, o diagrama também mostra outros pontos importantes como o limite de resistência e o limite de ruptura. O limite de resistência é o ponto máximo de tensão que o material pode suportar antes de falhar. Já o limite de ruptura é a tensão máxima alcançada antes da fratura completa do material.

A Figura 1 fornece informações valiosas sobre as propriedades mecânicas do material, como sua resistência, ductilidade e tenacidade. A resistência é a capacidade de um material suportar esforços sem que sofra deformação. Ductilidade é a capacidade do material sofrer deformação sem que se rompa. Já a tenacidade é a capacidade do material absorver energia até a sua fratura. Em resumo, o diagrama tensão x deformação é uma ferramenta importante na ciência dos materiais para entender o comportamento mecânico dos materiais e suas propriedades. Essas propriedades são usadas para avaliar a adequação de um material para diferentes aplicações e para projetar componentes que possam suportar as cargas esperadas.

2. Estrutura cristalina

A estrutura cristalina refere-se à maneira ordenada e repetitiva em que os átomos, íons ou moléculas estão arranjados em um material sólido. É uma característica fundamental que influencia as propriedades físicas e mecânicas dos materiais. Na escala atômica, os materiais podem ser vistos como arranjos tridimensionais de partículas básicas, como átomos. Esses arranjos podem ser altamente organizados e repetitivos em longas distâncias, formando uma estrutura cristalina.

Existem diferentes tipos de estruturas cristalinas, que podem ser classificadas em sete sistemas cristalinos principais: cúbico, tetragonal, ortorrômbico, romboédrico, hexagonal, monoclínico e triclínico. Cada sistema cristalino possui características específicas de simetria e arranjo atômico, mais conhecido como retículas. Alguns exemplos comuns incluem a estrutura cúbica de corpo centrado (CCC), estrutura cúbica de face centrada (CFC) e estrutura hexagonal compacta (EHC).

A ciência dos materiais estuda a estrutura cristalina e suas relações com as propriedades e o comportamento dos materiais. É essa estrutura que determina a maneira como os átomos estão ligados e como as forças interatômicas são distribuídas. Isso se dá, pois, a estrutura cristalina influencia muitas propriedades dos materiais como a resistência mecânica, a dureza, a condutividade elétrica e térmica, a transparência óptica e etc. A compreensão da estrutura cristalina é fundamental para o desenvolvimento de novos materiais, aprimoramento de propriedades existentes e controle de características específicas em uma ampla gama de aplicações.

3. Comportamento elástico

O comportamento elástico de um material descreve sua capacidade de retornar à sua forma original quando a carga aplicada é removida, sem deixar deformações permanentes. Esse comportamento é linear, ou seja, a relação entre tensão e deformação é uma linha reta no diagrama de tensão x deformação. O comportamento elástico é essencial em muitas aplicações da engenharia, onde a capacidade de absorver cargas e retornar à forma original é desejada.

No entanto, como visto na Figura 1, é importante observar que o comportamento elástico é limitado. Todo material possui um limite de elasticidade, além do qual a deformação plástica (permanente) começa a ocorrer. É o limite de proporcionalidade que indica até quando a relação linear entre tensão e deformação é válida. Acima desse limite, o material pode começar a apresentar um comportamento não linear. Portanto, é fundamental compreender os limites de elasticidade e aplicar as cargas dentro dos limites seguros de um material para evitar deformações permanentes ou falhas.

Na fase elástica, o material se deforma proporcionalmente à tensão aplicada, seguindo a lei de Hooke. Tal lei estabelece que a deformação elástica (ε) de um material é diretamente proporcional à tensão aplicada (σ), desde que a tensão aplicada esteja abaixo do limite de elasticidade do material. Essa relação é expressa pela fórmula: σ = E * ε. Onde σ é a tensão aplicada, E é o módulo de elasticidade (também conhecido como módulo de Young ou módulo de elasticidade longitudinal) do material e ε é a deformação elástica.

O módulo de elasticidade (E) é uma propriedade do material que representa sua rigidez e sua resistência à deformação elástica. Ele é definido como a razão entre a tensão aplicada e a deformação resultante, dentro da fase elástica. Quanto maior o módulo de elasticidade, mais rígido e menos deformável é o material.

3.1 Limite de Proporcionalidade

O limite de proporcionalidade é um parâmetro importante que define a faixa de tensões em que a relação entre tensão e deformação é linear e proporcional. O limite de proporcionalidade é definido como o valor máximo de tensão que pode ser aplicado a um material sem causar deformação plástica (deformação permanente). Ele representa o ponto no qual o comportamento elástico linear do material começa a se desviar da linearidade e é a transição entre a fase elástica linear e a fase elástica não linear.

Este limite, diferente de como

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