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EDI-Electronic Data Interchange

Trabalho Escolar: EDI-Electronic Data Interchange. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/11/2014  •  5.643 Palavras (23 Páginas)  •  1.588 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANA- CAMPUS DE CAMPO MOURÃO

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

EDI

JOSIANE PEREIRA SANTOS

CAMPO MOURÃO

SETEMBRO DE 2013

JOSIANE PEREIRA SANTOS

EDI

Trabalho para obtenção de nota do 3º Bimestre apresentado ao Curso de Administração á Disciplina Administração de Sistema de Informação, da Universidade Estadual do Paraná- Campus de Campo Mourão.

Prof. Marcos Schebeleski.

CAMPO MOURÃO

SETEMBRO DE 2013

SUMARIO

1 DEFINIÇÃO DE EDI 2

1.1 Como EDI funciona - Componentes 2

2 BENEFÍCIOS DO EDI NAS RELAÇÕES COMERCIAIS 6

3 VANTAGENS DO EDI 9

4 IMPLEMENTAÇÃO DO E.D.I 11

4.1 Estudo de viabilidade 11

4.2 Comprometimento da diretoria 11

4.3 Avaliação Operacional 12

4.4 Plano Estratégico e Teste Piloto do EDI 13

4.5 Início efetivo do uso do programa de EDI 14

5 PROBLEMAS DO EDI 15

6 CATEGORIAS DO EDI 16

7 HTML 17

7.1 Histórico 17

7.2 Conceito 17

7.3 Como são as Marcações HTML 17

8 XML 19

9 VAN 20

CONCLUSÃO 22

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 23

FICHA DE ASSINATURAS 25

INTRODUÇÃO

Todas empresas geram inúmero documentos em papel. Vão desde pedidos de compras, despacho de produtos até catálogos de produtos que viabilizam o fluxo de informações que antecedem, acompanham e sucedem as mercadorias físicas na transação comercial. Qualquer interrupção neste fluxo atrasa toda a cadeia, promovendo aumentos de custos altos.

Diante de mercados cada vez mais competitivos, as empresas não podem negar qualquer ferramenta que melhore sua capacidade de gerenciar as informações, permitindo a tomada de decisões certas no local certo e na hora certa. O EDI além de uma tecnologia, é uma forma de gerenciar informações.

Através do presente trabalho define o EDI como uma ferramenta de melhoria as transações de dados pelas redes entre os parceiros comerciais e clientes. Ele vem como um grande avanço tecnológico para auxiliar as empresas de forma estratégica como nestes tempos de mudança, agilizando as transações entre o comprador e o vendedor.

1 DEFINIÇÃO DE EDI

O’ Brien (2003) define o EDI (Electronic Data Interchange) ou Intercâmbio Eletrônico de Dados como a troca eletrônica de documentos de transação comercial por redes de computador entre parceiros comerciais (as organizações e os seus clientes e fornecedores). Os dados de transação formatados são transmitidos por conexões de rede diretamente entre computadores, sem documentos de papel ou intervenção humana.

Complementando esse conceito:

“O EDI é uma rede de acesso direto aos clientes do provedor, permitindo a conexão entre os sistemas eletrônicos de informação entre empresas, independentemente dos sistemas e procedimentos utilizados no interior de cada uma dessas empresas (PIZYSIEZNIG FILHO, 1997, p.55)’’.

O EDI baseia-se no comércio sem papel. Duas empresas que decidem implementar o EDI estão concordando sobre o tipo de dados que vão trocar e a maneira como estes serão apresentados. A implementação do EDI exige um grau muito mais elevado de cooperação, colaboração e troca de informações entre parceiros comerciais, construindo efetivamente relações de parceria comercial.

Atualmente, o EDI tem sido utilizado como uma ferramenta estratégica pelas empresas, principalmente na relação cliente-fornecedor, podendo ser definido como o movimento eletrônico de informações entre o comprador e o vendedor, com o propósito de facilitar uma transação de negócios (SILVEIRA, 1997).

Assim, essa tecnologia surge como um diferencial nesses tempos de mudanças, em que a globalização sugere a realização de negócios no mundo inteiro de uma nova maneira, de modo a provocar um equilíbrio positivo entre a qualidade de seus produtos/serviços e as necessidades específicas dos diversos clientes (DANIELS e DANIELS, 1996).

1.1 Como EDI funciona - Componentes

Um exemplo do funcionamento do EDI para comunicação entre fornecedor – empresa transportadora-cliente pode ser visto abaixo:

Figura 01- fluxograma de logística usando o EDI

Para o funcionamento do EDI é necessário três componentes básicos: Mensagens padronizadas, software tradutor e a comunicação.

Mensagens

Para que a interpretação dos dados possa ser possível entre dois ou mais parceiros comerciais, a situação passa rapidamente a ser “inadministrável” à medida que aumenta o número de parceiros comerciais. As comunicações e os aplicativos dos computadores também precisam de um idioma comum para se entenderem, e esse idioma comum é encontrado nos padrões de mensagens EDI. Devem adotar um padrão comum.

Software Tradutor

A função básica do software EDI é converter os arquivos de dados da empresa ‘A’, estruturados de acordo com formatos internos, numa mensagem padronizada EDI, num processo que recebe o nome de conversão em mensagens EDI, e converter as mensagens EDI em arquivos de dados estruturados de acordo com o formato interno da empresa ‘B’, num processo conhecido como desconversão de mensagem de EDI.

Quanto maior a flexibilidade oferecida pelo conversor no formato de arquivo interno, maior a probabilidade de que não sejam necessárias modificações no aplicativo. Isso é especialmente importante uma vez que a seqüência e a relação dos registros e campos num banco interno de dados raramente corresponderá à seqüência de segmentos e elementos de dados de uma mensagem padrão EDI. Como seria preferível efetuar alterações mínimas nos aplicativos já existentes, é melhor que o software EDI ofereça o máximo de flexibilidade nesse aspecto para que o padrão da mensagem se torne transparente ao aplicativo.

Comunicação

Com os padrões de mensagens e o software EDI, há a necessidade de transmitir as informações contidas numa mensagem do remetente ao recebedor. As comunicações dentro do EDI cobrem a transmissão de informações que incluem circuitos físicos de transmissão e redes, os componentes de hardware e software necessários para dar suporte às funções de comunicação de dados, procedimentos de detecção e recuperação de erros, padrões para se efetuar a interface do equipamento do usuário à rede de transmissão e várias regras ou protocolos que garantem a troca disciplinada de informações.

Os padrões EDI para formatos de dados foram desenvolvidos independentemente do meio de comunicação usado para a transferência real das informações. Portanto, os parceiros comerciais dispõem de diversas opções para efetuar a troca de informações, por meio de links de comunicação. A opção a ser usada vai depender dos requisitos específicos do aplicativo e será definida por fatores como o volume e a velocidade em que há a necessidade de efetuar as trocas de informações, o cronograma de sessões de comunicações, custos, segurança. Como as telecomunicações fazem parte do conceito de EDI, este documento vai enfocar as cinco opções básicas dentro desse domínio: linhas privadas alugadas ponto a ponto, redes de telefonia pública, redes públicas comutadas por pacote, a Internet e redes de valor agregado ou Vans.

2 BENEFÍCIOS DO EDI NAS RELAÇÕES COMERCIAIS

Apresenta-se uma síntese, com base nos trabalhos da EAN Brasil (1995), Pizysiemig Filho (1997), Hill (1989), Lummus (1997), Tsai et al. (1994), Martinez et al. (1997), Porto et al. (2000a), Agra (1996), dos vários benefícios que o EDI proporciona às empresas:

a) Adição de valor ao negócio: viabiliza o acesso a novas regiões e mercados ainda não explorados, proporcionando negociação mais eficiente, desenvolvendo parcerias estratégicas entre clientes e fornecedores. Assim, influencia diretamente no aumento da produtividade e vendas, criando uma vantagem estratégica sobre seus concorrentes.

b) Intensificação da vantagem de tempo: reduz do tempo de correção dos erros das transações, conferindo maior qualidade às informações trocadas, uma vez que as ordens de compras e requisições de informações passam a ser recebidas no mesmo dia, o que permite tomar os processos empresariais mais eficientes.

c) Melhorias na área de operações e logística: possibilitadas pela melhor sincronia dos processos entre clientes e fornecedores, garantindo, do lado do cliente, o recebimento de produtos no tempo requerido e, por parte do fornecedor, a possibilidade de integração com sistemas de controle de produção, tais como o MRP, obtendo assim, a diminuição da falta de estoque. O uso do EDI nessa área aumenta o nível de serviços ao consumidor, pois caso haja aumento da frequência de pedidos, essa tecnologia confere grande flexibilidade à cadeia de suprimentos, permitindo, dessa forma, atendera um numero maior de usuários.

d) Melhoria nos controles: permite um monitoramento fino, por meio da mensuração da velocidade de vendas em diferentes locais, além do acompanhamento mais efetivo dos efeitos das mudanças nos preços e na disponibilidade dos produtos. Há também o refinamento do controle das informações, diminuindo o tempo de resposta, dando uma maior confiabilidade no processamento das informações.

e) Otimização dos fluxos: elimina a troca de documentos comerciais em papel, fornecendo informações em tempo real, com melhor qualidade, maior precisão e foco, contribuindo assim para uma melhor administração e planejamento estratégico. Facilita a reavaliação e a reorganização do fluxo de trabalho, proporcionando benefícios na área de Administração Geral, possibilitando ganhos de eficiência e do fluxo de informações.

f) Tomada de decisão: possibilita aos executivos tomarem decisões rápidas, permitindo assim reagirem prontamente às ameaças e às oportunidades do mercado.

O Intercambio Eletrônico de Dado (EDI) agiliza o processo de troça de informações e reduz os custos das operações da cadeia produtiva. Permite operações mais rápidas e eficientes aos departamentos comerciais, de compras e administração das empresas.

O EDI é adotado pelas empresas para a integração de sua cadeia de suprimentos, seus distribuidores, suas relações com governos e com os bancos comerciais, estando dentro da relação chamada business-to-business. As utilizações mais comuns de EDI são: pedido de compra; aviso de expedição; faturas; ordens de pagamento; confirmação de recepção; e aviso de disponibilidade.

Um exemplo de redução de custos das operações da cadeia produtiva usando o EDI é a empresa americana RJR Nabisco que gastava 70 dólares para processamento de uma Ordem de Compra e após a implantação de EDI esse custo foi reduzido para 93 centavos de dólares.

Mesmo com o avanço da internet e do E-Comerce B2B a quantidade de empresas que precisam de soluções de EDI ainda é muito grande. Atualmente o EDI é considerado uma ferramenta para melhorar o fluxo de informação entre vendedores, distribuidores e varejistas, estabelecendo uma cadeia interativa entre eles. O tempo das operações não fica limitado por documentos para preencher e trâmites burocráticos. Através do EDI pode-se examinar em base de tempo real a movimentação dos produtos nos almoxarifados e armazéns de fornecedores e clientes, assim como, os produtos que estão em trânsito na cadeia de produção - entrega que liga as empresas.

O EDI constitui também uma base eficaz para agilizar e operacionalizar os conceitos de JIT (justin in time) no que diz respeito à parceria cliente e fornecedor sendo a reformulação das praticas comerciais um aspecto chave deste processo. O EDI não pode ficar limitado somente a transmissão de informação eletrônica, as informações podem ser usadas para ajudar no aprimoramento de planos de produção, identificação de níveis ótimos de inventários e formulação de políticas de transporte e envio de materiais.

O EDI integra sistemas complementares de empresas distintas, por exemplo, o sistema de compras da empresa compradora com o sistema de planejamento e controle da produção da empresa fornecedora. . Muitas empresas dos Estados Unidos, Europa e Japão utilizam EDI na troca de documentos como pedidos de compra, notas fiscais, avisos de embarque de mercadorias, listas de preços, especificações de produtos, e ordens de pagamento, dentre outros. Aqui no Brasil, o movimento no mercado em busca desta tecnologia é cada vez mais intenso liderado pelos bancos na área financeira e pelas montadoras de automóveis na área industrial existe avanços nas áreas de transportes e comércio.

As empresas especializadas que desenvolvem sistemas proprietários, software para uso exclusivo das empresas interessadas são proprietária dos sistemas conhecidos como VAN (Value Added Network ou Redes de Valor Agregado) e são responsáveis por todo suporte para utilização do EDI no Brasil, são elas Proceda, GSI, Interchange e Embratel.

Para obter vantagem competitiva as empresas buscam cada vez mais reduzir custos e aumentar os serviços para os clientes e Segundo Porto et al.(2000) através do uso do EDI alcançar essas metas fica mais fácil, sendo que interligando clientes e fornecedores numa cadeia produtiva o EDI provê a oportunidade para cada um tomar melhores decisões sobre transporte, compras, manufatura e planejamento de inventários, fatores estes que resultam em diminuição de custos para empresas envolvidas. A interligação entre fornecedores, produtores e consumidores em tempo real permite que as empresas reconheçam mais cedo os problemas com serviços e atendimento e sabendo as causas dos problemas elas podem tomar as medidas corretivas mais rapidamente e desenvolver políticas mais eficientes.

Com o EDI implantado a empresa elimina as transições repetitivas de papel ao consumidor, a digitação repetitiva o reingresso dos dados para elaborar novos documentos para uso interno a empresa e externo com outras empresas. Quando o EDI pode interfacear com sistemas de dados em computadores e é compatível com eles e ao providenciar uma estrutura de intercâmbio de dados entre computadores, o EDI pode eliminar custos redundantes por erros na manipulação de dados por telefone ou por correio e permitir aos funcionários ocupar seu tempo em atividades mais produtivas.

O EDI é uma ferramenta muito importante para criar alianças estratégicas entre empresas, permitindo melhor atendimento ao cliente, mais agilidade nas entregas e maior fidelidade nas parcerias comerciais.

3 VANTAGENS DO EDI

O EDI revela-se como um instrumento fundamental na moderna gestão das empresas, possuindo mensagens muito abrangentes que lhes permitem retirar enormes vantagens para a eficaz condução dos seus negócios.

Uma das grandes vantagens do EDI é eliminar as barreiras regionais e virar o comércio para o âmbito internacional colocando grandes orçamentos lado a lado com orçamentos menores sem que isto seja transparente.

A transferência eletrônica de informação elimina algumas etapas tradicionais nas transações, aumentando, assim a rapidez no tratamento de informação, conduzindo a uma maior eficácia e consequente aumento de produtividade. Como:

• Rapidez e eficiência. Em oposição aos meios convencionais de troca de informação (fax, mail, etc.) as mensagens eletrônicas podem ser enviadas em segundos, podendo essa informação ser processada imediatamente. Além desta rapidez física de transferência de informação, o EDI permite que os ciclos de encomenda, fabrico e despacho sejam reduzidos substancialmente.

• Ausência de erros e de papelada. Inerente à introdução de dados está o factor erro humano. O EDI elimina esta necessidade, logo a transacção é isenta de erros e até de perda de documentos. Este aspecto é significativo em empresas que processam milhares de registos diários, produzindo efeitos enormes ao nível da poupança de tempo e dinheiro (ainda para mais sem erros)

• Redução dos custos. Através da normalização e automação, a execução da transmissão é automática, o reinicio de uma transmissão é automático e pode ser executado sem a interferência de operadores em caso de algum problema de comunicação entre os computadores; baseada em critérios pré-definidos pelo cliente, como tipos de arquivos, formatos, evento especial, etc.;

• Reduz tempo de processamento. Muitas vezes as empresas crescem, e com elas cresce também despesas e custos adicionais. O EDI permite o crescimento da empresa sem o crescimento enorme de informação a processar, permite o tratamento de grandes volumes de informação em curtos intervalos de tempo.

• Vantagem competitiva. Sobre as empresas que não utilizam EDI, melhora a imagem da empresa, dá uma imagem de vanguarda tecnológica, mesmo ao nível de marketing; melhora o relacionamento entre parceiros, aumenta a produtividade das pessoas que lá trabalham.

• Segurança. Redução de fraudes, somente os dados do arquivo são enviados, sem a necessidade de transmitir instruções de operação, o que impede a activação por terceiros, permite ainda um acompanhamento

• Facilita a automatização dos processos de circulação financeira entre os diversos parceiros comerciais.

• Maior qualidade das informações e consequentemente maior capacidade de reação às mudanças de mercado e maior coordenação.

• Automação: a execução da transmissão é automática, baseada em critérios pré-definidos pelo cliente, como tipos de arquivos, formatos, evento especial, etc.;

• Reinicio: o reinicio de uma transmissão é automático e pode ser executado sem a interferência de operadores em caso de algum problema de comunicação entre os computadores;

• Acompanhamento: permite ao sistema dispor de consultas que possibilitam acompanhar e identificar claramente a situação da transmissão.

4 IMPLEMENTAÇÃO DO E.D.I

Segundo a Associação Brasileira de Automação (2003) o E.D.I. É um processo de gerenciamento complexo utilizado para cumprir objetivos organizacionais, sendo que o resultado obtido pelo sistema reflete na empresa como um todo. Por isso o gestor da organização através do planejamento estratégico deve avaliar se é necessário desenvolver este tipo de sistema na empresa, e como realizar a implementação deste novo sistema de forma organizada. Para que a implementação do E.D.I. Seja eficiente a associação brasileira de automação (2003) divide as fases de implementação em cinco etapas distintas.

• Estudo de viabilidade

• Comprometimento da diretoria

• Avaliação operacional

• Plano estratégico e teste piloto do E.D.I.

• Inicio do uso efetivo do programa de E.D.I.

4.1 Estudo de viabilidade

Segundo a EAN BRASIL (2003) a organização deve realizar pesquisas e projetos com intuito de coletar dados pertinentes sobre os possíveis impactos desse novo sistema na empresa, de modo que auxiliem a diretoria ou gestor na tomada de decisão sobre a implementação de um novo SI (sistema de informação).

4.2 Comprometimento da diretoria

O mesmo autor destaca a importância do grupo de pesquisas do projeto de EDI receber apoio da diretoria, tanto em relação ao auxilio monetário e técnico bem como a corroboração perante aceitação da alta diretoria como dos funcionários da utilização do EDI na organização.

[…] devem-se considerar tanto as informações referentes aos negócios atuais quanto aos negócios potenciais, tendo em vista que um dia o negocio potencial pode passar a ser um negocio atual. E essa transformação deve ser a mais estratégica possível, ou seja, o executivo deve ter, dentro de uma relação custos versus benefícios interessante, o maior número possível de informações sobre o negócio potencial visando criar uma situação em que, no dia em decidir tornar esse negócio atual o faça de maneira estratégica, ou seja, da maneira certa. (OLIVEIRA, 2011, p.75)

A EAN BRASIL (Associação Brasileira de Automação) descreve a possibilidade de haver resistência a implantação do EDI por parte de funcionários, para reverter essa situação o grupo recomenda a diretoria, treinamento para funcionários que não estejam participando do projeto, pois o apoio da diretoria e dos funcionários da organização na implementação do EDI ira resultar no alcance de metas e objetivos da empresa.

4.3 Avaliação Operacional

A avaliação operacional do EDI ocorre em cinco fases dentro de um processo decisório complexo que visa a maximização de sua produtividade empresarial. A implementação do EDI esta associado com a busca das empresas em adquirir maiores vantagens competitivas no mercado.

O roteiro de avaliação do EDI descrita pela EAN BRASIL (2003) inicia-se na análise e revisão do processo interno atual; passando pelo projeto e desenvolvimento do processo de EDI; análise do hardware; análise do software; e para finalizar concentra-se na identificação de parceiros comerciais.

Análise e Revisão do Processo Interno Atual - Obtenção de relatórios organizacionais definindo o funcionamento de cada departamento na empresa, o processo deve ser acompanhado pelo administrador de TI (tecnologia da informação da empresa) de modo a verificar possíveis falhas no sistema. Para que a equipe do projeto possa reduzir estes gargalos.

Projeto e desenvolvimento do Processo de EDI – Essa etapa deve ser desenvolvido um modelo de processamento de informações no ambiente do EDI com especificações quanto ao fluxo de informações gerenciadas pela organização e a reestruturação dos fatores existentes, levando em consideração os custos do sistema.

Análise do Hardware – Com base na finalidade de implementação do EDI na organização, se é atender um cliente especifico ou aumentar a capacidade produtiva da empresa ,o gestor necessitara de estrutura para se adequar as especificações do EDI, por isso deve analisar quantos computadores serão necessário para atender suas necessidades e atingir suas metas. Por isso deve definir os departamentos em que se instalaram esses equipamentos, pois esta distribuição do layout deve ser precisa para que a empresa consiga maior agilidade em suas atividades e a redução de custos com remanejamento.

Análise do software – Seria a escolha de um software de EDI maleável, de fácil atualização e de baixo custo que venha atender as necessidades de curto e longo prazo da organização.

Identificação de parceiros comerciais – Nesta ultima etapa a empresa buscará parcerias com empresas que venham compartilham seus dados através do EDI.

4.4 Plano Estratégico e Teste Piloto do EDI

Apos a realização da avaliação operacional a EAN BRASIL (2003) menciona a necessidade do grupo de pesquisa realizar um plano estratégico sobre o EDI contendo seus custos e benefícios econômicos.

[…] O plano estratégico deve documentar em detalhes uma estratégia para implementação de EDI para três a cinco anos, incluindo as projeções de custo e economia. O plano estratégico deve descrever quais mensagens serão implementadas com quais parceiros comerciais e a sequência desta implementação. Deve-se incluir um calendário para cada estágio da implementação e uma programação para futuras implementações de EDI. [...](EAN BRASIL,2003,p.43)

Aprovado o plano estratégico pela alta diretoria a organização realizara um teste piloto para verificar se a implementação do sistema teve êxito ou não. Para fazer este teste experimental a organização deve buscar uma empresa de confiança que tenha em seu sistema de informação o EDI.

A fase experimental deve cobrir testes do processos de envio e recebimento para volumes de dados elevados e baixos, representações de caracteres, condições com informações inválidas e excepcionais, erros de comunicação ou de rede e recuperações. O processamento normal no papel deve correr paralelamente à implementação do EDI até que ambos os parceiros comerciais estejam confiantes que todos os sistemas do EDI funcionam adequadamente, momento este que se deixa de utilizar documentos no papel. (EAN BRASIL,2003,p.43).

Concluído o teste piloto a organização deve buscar realizar contratos com empresas para gerenciamento e troca de dados realizado eletronicamente, incentivando suas empresas parceiras a utilizarem o EDI.

4.5 Início efetivo do uso do programa de EDI

Para se utilizar de um sistema como o EDI a organização necessitara de parcerias, pois como poderá realizar o intercambio de dados sendo a única empresa a utilizar-se do sistema. Considerando as parcerias empresariais como elemento necessário para o funcionamento do EDI, empresas que utilizam esses sistemas estão incentivando constantemente outras empresas a adotarem o sistema.

5 PROBLEMAS DO EDI

O fluxo de informação entre parceiros numa cadeia de fornecimento, é fundamenta para se conseguir atingir níveis máximos de eficácia e eficiência na transação de bens e mercadorias. Para suportar isso, é fundamental na gestão de uma empresa, o fluxo de informação, existem diversos sistemas de comunicação.

Apesar da tecnologia de troca electrónica de dados existir há mais de 30 anos, ainda não alcançou o segmento das pequenas e médias empresas (PMEs) em níveis significativos.

A implementação do EDI é complexa e dispendiosa, tendo em conta as divergências dos sistemas de informação implementados nas empresas. A tecnologia de troca electrónica de dados implica, por um lado, a necessidade dos parceiros chegarem a acordo sobre os formatos de dados partilhados, por outro, um custo significativo correspondente à implementação e manutenção de uma rede de valor acrescentado (VAN) para assegurar a segurança.

As grandes empresas, de uma maneira geral, possuem sistemas de informação mais avançados que lhes permitem lidar com sistemas EDI. Porém, a opção por esta tecnologia não é generalizada, sendo a principal razão o custo de implementação. Aquelas que no entanto optam, ou são forçadas, a aderir a tal investimento, fazem-no com a limitação de este estar restringido ao modulo de comunicação. Os sistemas gerais de informação já estão implementados. O Balanço global dos últimos anos: o EDI ficou reservado às grandes empresas, e fora do alcance das PMEs. .

6 CATEGORIAS DO EDI

A Associação brasileira de automação (2003) divide o EDI em duas categorias especificas: o EDI tradicional ou puro e a Web EDI.

EDI tradicional ou puro – são informações padrão que se utiliza da rede de valor de agregados disponibilizando o meio que serão enviados. Esta categoria de EDI é encontrado em um ambiente onde os vários tipos de mensagens são trocados entre empresas parceiras.

Web EDI - Esta categoria é composta por empresas menores que utilizam o sistema e também participam da integração com a rede de valor agregados, sendo suas informações e dados adquiridos através da internet.

7 HTML

7.1 Histórico

Até alguns anos, a publicação de dados eletrônicos estava limitada a poucas áreas científicas e técnicas, mas, atualmente, trata-se de uma atividade universal. O uso do HTML na Internet possibilitou que os dados fossem apresentados em uma estrutura simples e de fácil leitura. Entretanto, o HTML apresenta limitações fundamentadas sem sua própria concepção, baseada em marcações fixas. A emergência do XML como um padrão para a representação de dados na Internet pode facilitara publicação em meios eletrônicos, por prover uma sintaxe simples, legível para computadores e seres humanos.

7.2 Conceito

Segundo (GONÇALVES, 2007) O HTML Hypertext Markup Language – Linguagem de Formatação de Hipertexto) é o fruto do “casamento” dos padrões Hytime e SGML. O HTML é uma linguagem de demarcação, inicialmente mostrada como uma solução para a publicação de documentos em meios eletrônicos, e que com o passar dos anos ganhou popularidade e se tornou padrão para a Internet.

Diversos tipos de aplicações, como navegadores, editores, programas de e-mail, bancos de dados dentre outros, tornam possível atualmente o uso intensivo do HTML. No decorrer dos anos, recursos têm sido adicionados ao HTML para que ele possa atender às expectativas de usuários e sistemas computadorizados, aumentando sua complexidade. Estima-se que a versão 4.0 do HTML possua aproximadamente cem diferentes marcações fixas (conhecidas como tags), sem contar aquelas específicas para cada tipo de navegador da Internet.

7.3 Como são as Marcações HTML

As marcações do HTML – tags - consistem do sinal (<), (o símbolo de “menor que”), seguida pelo nome da marcação fechada por (>) (“maior que”).

De um modo geral, as tags aparecem em pares, por exemplo, <h1>Cabeçalho</h1>. O símbolo que termina uma determinada marcação é igual àquele que a inicia, antecedido por uma barra (/) e precedido pelo texto referente.

8 XML

O XML é a abreviatura de Extended Markup Language que é uma versão abreviada do SGML, o qual possibilita ao autor especificar a forma dos dados no documento, além de permitir definições semânticas. Um arquivo eletrônico XML pode conter simultaneamente, dado e a descrição da estruturado documento, através do DTD-Data Type Definitions (gramáticas que conferem estrutura ao documento XML). O XML obtém benefícios omitindo as partes mais complexas e menos utilizadas do SGML, não é uma linguagem de marcação predefinida (como o HTML) e possibilita ao autor do documento projetar sua própria marcação. A especificação do XML define um dialeto simples do SGML, permitindo o processamento dos documentos na Internet e utilizando sede recursos inexistentes no HTML. Torna simples a transmissão e compartilhamento desses documentos via Internet.

O XML tem uma importante característica adicional: permite ao autor do documento a definição de suas próprias marcas. Esta característica confere à linguagem XML “habilidades” semânticas, que possibilitam melhorias significativas em processos de recuperação e disseminação da informação. As possibilidades e os benefícios reais em processos de recuperação da informação não são tratados neste trabalho.

O referido é uma arquitetura que não possui elementos e marcas predefinidas. Não especifica como os autores vão utilizar meta dados, sendo que existe total liberdade para utilizar qualquer método disponível, desde simples atributos.

9 VAN

As Vans (Value Added Network) ou rede de valor agregado são empresas que disponibilizam uma rede privativa restrita a assinantes e gerenciam o trafego de informações postadas pelos parceiros comerciais. Essas empresas disponibilizam caixas postais virtuais para o armazenamento dos documentos eletrônicos. O processo acontece da seguinte forma:

A empresa A envia uma mensagem endereçada à empresa B, a mensagem é despachada para a VAN que disponibilizara os documentos na caixa postal do destinatário, com isso a empresa B acessa a VAN e recolhe as correspondências endereçadas a ele.

A vantagem do uso da VAN neste processo é a segurança no recebimento dos dados. A VAN emite constantemente notificações de entrega e recebimento de modo que nenhum parceiro deixe de receber uma correspondência endereçada a ele. Conectada a uma VAN uma empresa pode enviar mensagens eletrônicas a qualquer hora e para qualquer numero de parceiros.

A maioria das empresas que fazem o EDI utilizam a VAN por oferecer comodidade e por que elas não precisam administrar uma rede de comunicação potencialmente completa. As VAN proporcionam segurança nos dados e nos serviços de conversão de documentos para diferentes formatos e padrões para ser interpretada corretamente ou ainda conexão de usuários a outras redes. Essa modalidade é a chamada EDI tradicional.

As VANS associadas a EAN são: Embratel, GE (Global Exchange Services), IBM Brasil e Proceda.

As Vans envolvem o uso de linhas de um transportador comum de telefone para permitir comunicação em rede, o uso de uma VAN proporciona canais de comunicação entre a cadeia de fornecimento e os parceiros comerciais ao permitir a transmissão de dados e a sua conversão entre formatos. As comunicações automatizadas alcançados através de uma VAN pode ajudar uma empresa e seus parceiros comerciais se envolver em mais eficazes transações de comércio eletrônico através da criptografia, a retransmissão, e apoio de mensagens, mas da perspectiva de uma pequena empresa de custo, a implementação de uma van também pode ser caro e um esforço intensivo de recursos.

A VAN comparada com o processamento manual pode melhorar a velocidade com que as operações são completadas, ao transmitir dados eletronicamente a informação se move mais instantaneamente de uma empresa para outra permitindo acesso rápido as informações operacionais. Apesar da VAN transportar mensagens semelhantes a uma conexão de Internet a Cabo seu valor vem na forma de auditoria adicionada as mensagens. Os dados podem ser modificados à medida que passa através de um processo de detecção de erros e de correção, e durante a conversão entre os protocolos de comunicação, tais como TCP e FTP. Ao contrário de um sistema manual lento e papel-intensivo, forma eficiente uma VAN de manipulação de transações e comunicações pode melhorar seus resultados finais. As vantagens relacionadas ao uso de uma VAN podem beneficiar todas as partes envolvidas, que podem conduzir a relações mais fortes comerciais.

A VAN possibilita também a redução de custos associados com as comunicações de negócios. Diminuindo a necessidade de transferência de papel e permitindo que tarefas como encomenda de estoque e processamento de pagamentos possa ser concluída de forma mais eficiente através de meios eletrônicos. Atualmente a VAN oferece uma variedade de serviços da web tais como monitoramento de desempenho de rede e gerenciamento de diretório. Suporta também os padrões da web de tecnologia como XML. As VANS evoluem para acomodar as mais recentes aplicações do comercio eletrônico, mais o seu principio básico de fornecer comunicações confiáveis e seguras através de uma rede continua perpetuando.

Devido às atualizações tecnológicas e implementações ter uma VAN pode não ser rentável para as pequenas e medias empresas. É importante que o pessoal qualificados estejam envolvidos na conversão de uma VAN, e estes indivíduos devem fornecer treinamento para o seu pessoal sobre as aplicações que a rede ira suportar. Outra opção é a obtenção de serviços de van de terceiros que é especializada nesses tipos de soluções de TI. Toas essas considerações podem transpor um preço alto que pode não estar no alcance de determinados negócios.

Um van como a maioria das tecnologias de computador, requer suporte técnico e manutenção. A empresa pode precisar contratar pessoal experiente para gerenciar uma rede in-house, ou podem precisar utilizar os serviços de um provedor de suporte independente para uma solução de rede terceirizada. Manutenção contínua aumenta o custo de uso da rede e adiciona complexidade de suas operações que precisam ser geridos de forma adequada. Para a empresa se beneficiar com o uso de um VAN se as vantagens superarem as desvantagens.

CONCLUSÃO

Ao termino do trabalho nota-se que o EDI é uma importante ferramenta no desenvolvimento tecnológico de uma organização, auxiliando e melhorando a transferência de informação entre cliente e vendedor.

Nota-se também que sua implementação deve ser feita de forma organizada e sempre com o objetivo de melhorar o desenvolvimento da empresa. Antes dessa implementação é bom sempre fazer um estudo na empresa para ver se ha à necessidade de implantação do sistema.

Apresentou-se também as categorias de EDI, e também a ajuda que o sistema da a organização que o implanta, e para terminar o trabalho apresentou-se um breve comentário a respeito de XML e HTML.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

AGRA, V. O. Comércio eletrônico como instrumento de apoio estratégico colaborativo entre empresas, serviços e soluções. Portugal: Serviço de Comércio da Telipac S.A., 1996.

CHOPRA, S. e MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: Estratégia, planejamento e operação. São Paulo: Prentice Hall, 2003.

DANIELS, J. L.; DANIELS, N. C. Visão global: criando novos modelos para as empresas do futuro. São Paulo: Makron Books, 1996.

EAN BRASIL. Por que EDI? Guia para pequenas e médias empresas. São Paulo: 46. Associação Brasileira de Automação Comercial, 1995.______. Introdução ao EDI. Biblioteca Técnica, 2003.

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GOMES, C.F.S.; RIBEIRO, P.C.C. Gestão da Cadeia de Suprimentos Integrada à Tecnologia de Informação. Pioneira Thomson Learning, São Paulo, 2004.

GONÇALVES, Edson. Desenvolvendo Aplicações com JSP Servlets, Java Server Faces, Hibernate, EJB3 Persistence e Ajax. Rio de Janeiro: Editora Moderna Ltda,2007.

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