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Energia Das Ondas

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Por:   •  24/11/2013  •  4.767 Palavras (20 Páginas)  •  401 Visualizações

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INRODUÇÃO

O aproveitamento do recurso energético de ondas oceânicas constitui-se em uma real oportunidade de suprir parte das demandas energéticas em diversos países, visto que algumas localidades possuem notável potencial energético que pode ser aproveitado para geração de energia elétrica.

Atualmente, os impactos ambientais tem limitado o crescente uso dos combustíveis fósseis para geração de calor, trabalho ou energia. Os elevados custos de investimentos necessários pra expansão do atual modelo de geração de energia, também configuram um cenário desafiador para os próximos anos.

Sob esta perspectiva ambiental e econômica, o objetivo deste trabalho consiste em avaliar o recurso energético de ondas oceânicas e investigar a viabilidade do seu aproveitamento para atendimento das necessidades energéticas causando poucos impactos ambientais.

Um breve estudo de viabilidade econômica revelou que é viável implantar uma usina para aproveitamento da energia de ondas com custo de investimento semelhante aos atuais projetos de centrais eólicas no Brasil.

O estudo também incluiu uma avaliação técnica- econômica para quatro alternativas de aproveitamento destacando as características técnicas e custos envolvidos na implantação das usinas. O trabalho conclui apresentando a alternativa mais viável para explorar este recurso energético, apontando que esta modalidade de geração de energia pode ser utilizada como importante ferramenta no desenvolvimento sustentável da região.

Mesmo que as primeiras patentes de sistemas para aproveitamento da energia das ondas tenham aparecido no final do século XVIII, apenas a meados do século XX, no Japão, apareceu a primeira aplicação industrial com a utilização da energia das ondas em boias de sinalização marítima. Contudo, o desenvolvimento de tecnologia de aproveitamento de energia das ondas para a produção de energia elétrica em mais larga escala teve inicio anos mais tarde, a meados da década de 1970, na sequencia do primeiro choque petrolífero. Desde então tem havido um esforço mais ou menos continuando, em diversas partes do mundo, nomeadamente na Europa ( Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Suécia, Portugal e Irlanda ), Ásia ( Japão, China, Índia, Austrália) e America ( Estados Unidos, Mexico), visando a substituição gradativa dos combustíveis fósseis (1).

Esse esforço iniciou-se com investigação de natureza fundamental ( teórica e experimental) e prosseguiu com a investigação cada vez mais aplicada ate os dias de hoje, em que ocorrem os primeiros testes com protótipos em alto mar.

Atualmente, diversas tecnologias de extração de energia de ondas encontram-se em fase de teste no mar. Aqui citamos algumas :

1. Coluna de Agua oscilante (OWC);

2. Archimedes Wavw Swing (AWS);

3. Pelamis;

4. Wave Dragon.

Predomina uma convicção de que a tecnologia de aproveitamento de energia das ondas está numa fase de perceptível evolução, que poderá estar concluída dentro de poucos anos, sendo este o intervalo de tempo disponível para que empresas ou nações se interessem pelo seu desenvolvimento.

Estudos desenvolvidos no Reino Unido sobre o potencial energético disponível nos oceanos, indicam valores da ordem 1 WT, o que significa a possibilidade de suprir toda demanda do planeta. Embora o aproveitamento de toda a energia disponível nos oceanos na forma de ondas seja praticamente impossível, a conversão em eletricidade de uma pequena frção deste enorme potencial energético pode ter grande significado para os países que dominarem esta tecnologia. No caso do Brasil, embora as alturas de onda típicas não apresentarem valores energéticos dos mais elevados, sua regularidade e a pouca ocorrência de fenômenos ambientais com capacidade de destruição dos equipamentos de conversão indica, a possibilidade de um aproveitamento economicamente viável, dependendo da tecnologia empregada. (2)

A principal causa dos impactos ambientais que se verificam hoje em dia está relacionada ao uso indiscriminado dos combustíveis fósseis. Independentemente do grau de desenvolvimento do país, o uso destes combustíveis, seja para a geração de energia elétrica, produção de calor ou força mecânica, ainda é dominante na matriz energética da maioria das nações (3). Desta forma, uma maior utilização de energias renováveis proporcionaria grandes benefícios ambientais, abrindo espaço, também, para o desenvolvimento tecnológico e a produção de novos conhecimentos na área energética (4).

Pode-se definir a energia renovável como aquela que é obtida a partir de fontes naturais, estando disponível de forma cíclica.

As fontes de energia sofreram uma grande mudança nos últimos 150 anos. A maior

parte da energia consumida no século XIX era em forma de biomassa – lenha, carvão e resíduos agrícolas – também conhecidos como fontes tradicionais de energia. A produção e o uso do carvão expandiram-se rapidamente no final do século XIX, fazendo do carvão a principal fonte de energia mundial durante cerca de 70 anos, iniciando-se por volta de 1890. Em meados do século XX, a produção e uso do petróleo rapidamente se aceleraram, tornando-o a fonte de energia dominante durante os últimos 40 anos. Além disso, tanto o uso do gás natural quanto o da energia nuclear cresceram rapidamente nos últimos 25 anos.

Os combustíveis fósseis respondem por cerca de 80% do fornecimento global de energia atualmente. Entre os combustíveis fósseis, o petróleo é responsável pela maior fatia e responde por cerca de 35% do fornecimento global de energia. O carvão é responsável por cerca de 23% e o gás natural por cerca de 21% do total. As fontes de energia sustentável respondem por cerca de 14% do fornecimento global, mas a maior parte delas está em forma de fontes tradicionais. As modernas fontes de energia renovável , incluindo as hidroelétricas e eólica, bem como modernas formas de bioenergia, respondem por cerca de 4,5% do fornecimento total. A energia nuclear fornece os 6% restantes do fornecimento global .

O Brasil apresenta expressiva participação das fontes renováveis na matriz energética, obtendo larga vantagem em relação aos países desenvolvidos. Enquanto nos países industrializados a participação da energia renovável atinge 6%, no Brasil o percentual alcança 46,9%. Tal fato decorre, dentre outros fatores, da pequena utilização da energia nuclear e da significativa participação da biomassa e da hidroeletricidade na oferta total

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