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Engenharia no Esporte

Por:   •  16/10/2016  •  Artigo  •  1.443 Palavras (6 Páginas)  •  1.294 Visualizações

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Engenharia no Esporte

Alex Júnior Zago[1] 

Eduardo Heisler Neuhaus[2] 

Resumo

Esse trabalho tem como objetivo buscar compreender quais são as inovações tecnológicas no esporte, como elas ajudam e como podem prejudicar o esporte. Engenharia Desportiva é a área multidisciplinar da engenharia mecânica voltada ao projeto, desenvolvimento e teste de equipamentos para prática desportiva. A engenharia desportiva começou, própriamente dita, 1998 quando foram criados o Grupo de Pesquisa em Engenharia Desportiva e a Associação Internacional de Engenharia Desportiva, na University of Sheffield (Inglaterra). E justamente esses avanços na tecnologia acabaram causando uma certa desigualde que não é benéfica para o esporte, tornando o atleta com maior patrocínio sempre melhor, deixando de lado quem tem a melhor técnica, ou o melhor físico para o esporte.

Palavras-chave: Esporte. Tecnologia. Engenharia.

1 Introdução

O objetivo deste artigo é apresentar e explanar sobre o papel da engenharia e da tecnologia no mundo do esporte. Demonstrar, também, as consequências, efeitos e os problemas, que estas evoluções, causam ao desporto.

A inclusão de tecnologia no esporte apresenta ao esporte vantagens evidentes, e a primeira vista, são consideradas ótimas e sem contraindicação. Algumas dessas vantagens aparentes são: gerar as competições esportivas, facilitar a circulação de informações, melhorar a técnica esportiva. Em contraposto a essas vantagens existem alguns riscos, a tecnologia não pode substituir o esforço humano e desmotivar os jovens, podendo acabar com o futuro do esporte.

 

2 Avanços Tecnológicos no esporte

A engenharia vem criando novas tecnologias em várias áreas do nosso cotidiano. Estes avanços trouxeram grandes benefícios para o ser humano, inclusive no esporte. E nessa área as tecnologias vem sendo de grande utilidade. Juntamente com o avanço e aperfeiçoamento de equipamentos esportivos, a quebra de recordes, que persistiam por anos, vem se tornando rotina, e ano após ano vemos, em competições de alto nível, novas marcas incríveis e, até de certa forma, inacreditáveis, sendo ultrapassadas torrencialmente, até mesmo com certa facilidade.

Essas tecnologias vem auxiliando, não somente os atletas, mas, também, os juízes e, ou responsáveis pela modalidade desportiva. Uma prova concreta e atual disso, entre outras, esteve na última Copa do Mundo FIFA realizada no Brasil. Pela primeira vez em uma copa do mundo foi utilizada a Goal-Line Technology (Tecnologia da Linha do Gol). Essa tecnologia permitiu evitar duvidas e erros de árbitros que a centenas de anos persistiam e incomodavam jogadores e telespectadores.

A tecnologia facilita a vida dos atletas, dos treinadores e profissionais da área esportiva em geral segundo Martens (1997, p. 251)

 (...) “radicalmente alterando a maneira como nós praticamos nossas profissões e vivemos nossa vida privada. Esse fascinante mundo da tecnologia está dramaticamente melhorando a produtividade e a qualidade de produtos manufaturados e entrega de bens de serviços. Reduz o trabalho fastidioso e ao contrário das preocupações iniciais, frequentemente inspira maior criatividade por causa da eliminação das tarefas tediosas”.

3 A tecnologia em modalidades diversas

A tecnologia vem abrangendo não somente o futebol, mas, diversas modalidades esportivas. Um bom exemplo disso é a natação, com os modernos maiôs muitos recordes foram ultrapassados, as câmeras acabam mostrando cada detalhe imperceptível a olho nu, expondo a tecnologia como uma revolução no esporte. Ainda na natação estão estudando as vantagens dos novos blocos de partida dos nadadores, onde percebe-se uma grande melhoria nos tempos de largada.  

Já na esgrima, por exemplo, os atletas além de ter que enfrentar seu oponente tem um outro adversário. Os atletas são acompanhados por cabos eletrônicos que acompanham os desportistas durante as provas. Na capital do estado do Paraná, já está sendo testado um novo sistema independente de cabos, isso facilitaria muito os movimentos dos atletas.

Seguindo na área das lutas existem inúmeras tecnologias que vem auxiliando o esporte, tanto no Tae-kwon-do, como no judô e em outros tipos de artes marciais. Em esportes que requerem uma atenção impensável, pois imprimem uma alta velocidade nos lances, como são os casos do tênis e do voleibol, onde a bola pode bater no chão a mais de 100 Km por hora, estão se tornando cada vez mais recorrentes o uso das “supercâmaras lentas” para descobrir se a bola bateu dentro ou fora do campo, ou quadra.

4. Poder aquisitivo X Poder psicomotor

A grande questão que envolve o uso da tecnologia no esporte, é até que ponto vale apena usar mais tecnologia, esquecendo o que realmente importa no esporte, que é, quem tem maior capacidade de desenvolver determinada modalidade. Ou seja, vale apena dar o título de uma modalidade, para um atleta que tem maior patrocínio (poder econômico), ou entrega-lo para quem realmente é melhor, tem mais habilidade.

Como no caso anteriormente citado, na natação, os novos maiôs foram banidos do esporte, no ano de 2010. Foi constatado que em inúmeras provas, seja nas Olimpíadas de Pequim em 2008 ou em outros mundiais de natação, os atletas portadores dessa vestimenta, levavam uma vantagem estrondosa sobre os atletas que não o faziam uso.

Até mesmo no paradesporto essa discussão causou polêmica. Por exemplo, nas paraolimpíadas de Londres em 2012, o brasileiro Alan Fonteles campeão dos 200m na modalidade T43, após superar o multicampeão Oscar Pistorius, foi acusado por muitos e inclusive pelo ex-campeão de usar próteses ilegais. Nesse caso, as acusações eram falsas, mas em muitos outros casos a tecnologia está superando a capacidade humana, e isto é muito ruim para o esporte.      

4.1 Força econômica no esporte

Martens (1997, p. 252) pede aos seus colegas, da área de educação física, que se façam a seguinte pergunta: “Como evitar que a tecnologia nos leve em um passeio aventureiro do qual não temos nenhum controle ou pouca influência, mas ao contrário determinar como podemos otimizar o uso da tecnologia(...)”

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