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Estudo Dos Sistemas De Produção De Eletricidade

Por:   •  2/9/2025  •  Projeto de pesquisa  •  2.539 Palavras (11 Páginas)  •  16 Visualizações

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ESTUDO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE ELETRICIDADE COMPARANDO-OS COM A NUCLEAR NO ÂMBITO NACIONAL.

INTRODUÇÃO:

Energia é um pré-requisito para o desenvolvimento econômico [1]. Há uma associação significativa entre o consumo de eletricidade e o índice de desenvolvimento humano (IDH) das Nações Unidas [2]. As avaliações indicam que um limite mínimo, necessário para garantir um nível de vida aceitável, apesar de grandes variações de consumo e estilos de vida entre os países, estaria em um valor de consumo per capita anual de 4.000 kWh, este valor de limiar permite uma estimativa da eletricidade global e consumo de energia para um cenário de “desenvolvimento humano" [3].

A disponibilidade de energia é base para a prosperidade que o desenvolvimento econômico traz, que por sua vez permite alcançar as necessidades humanas básicas, como comida e abrigo. Contribui também para o desenvolvimento social, melhorando a educação e a saúde pública. Durante os estágios iniciais de desenvolvimento e na sua continuidade, a quantidade absoluta de energia usada por habitante e o compartilhamento de serviços energéticos modernos – especialmente a eletricidade – são os principais contribuintes para o desenvolvimento humano [4] [5].

A correlação desenvolvimento econômico e energia, justifica que a avaliação da qualidade da política energética tenha sido o tema de uma série de estudos recentes. A mais proeminente avaliação geral das políticas energéticas foi emitida pelo Conselho Mundial de Energia (CME) [6], e mais recentemente, uma avaliação de política de energia foi emitida pelo Fórum Econômico Mundial (FEM) [7].

A energia elétrica é a mais flexível e versátil forma de energia para suportar, com maior qualidade, as funções da economia [8], tal posicionamento nos indica que a estruturação e expansão dos sistemas de produção de eletricidade de um país, pela sua estratégica importância, deve ser realizada, avaliada e decidida à luz de critérios baseados na realidade do país, concernente à dotação de recursos naturais, ao desenvolvimento tecnológico e a capacidade da economia [9], acrescentando a esses pontos técnicos, a necessária complementação da análise, com a questão da influência das (e nas) atitudes e ações políticas do país (Political Affectability) [10].

Com isso queremos confirmar, que o custo do kWh como indicador contábil financeiro, não é o único parâmetro a ser considerado em uma análise energética e o seu valor como parâmetro internacional nem sempre é valido para todos os países considerando a escala mundial, visão corroborada pela Agência Internacional de Energia (AIE) que admite que o conjunto de suas observações, normas e propostas: "não podem ser usados para comparar a segurança energética global de países diferentes, apesar de combustíveis e fontes específicas possam ser comparados" [11]. Por esta constatação, acreditamos que uma comparação internacional entre os vários sistemas para identificar qual é o mais viável não se aplica de forma inconteste e definitiva a todos os países.

Para exemplificar a proposta acima, notar que para os países em desenvolvimento, um parâmetro a se destacar na análise, além do kWh, é a relação entre o volume de componentes importados e os de produção interna [6] [10].

A importação de  componentes sempre gera inúmeras dificuldades, pela característica de estarmos falando de componentes com um elevado nível de tecnologia agregada, que, para seu fornecimento, na maioria das vezes, depende de acordos bilaterais, e do atendimento de interesses econômicos, políticos e mesmo éticos [4] [7], levando muitas vezes ao impedimento de transferência de tecnologias atualizadas, atrasos nos cronogramas de implantação, com o consequente aumento de custos diretos e indiretos. A busca do maior índice possível de nacionalização, através da pesquisa tecnológica e da implantação de parques de fabricação específicos, mesmo que gere um acréscimo inicial no custo da energia (kWh) pela questão da escala de produção, não pode e não deve ser desconsiderado.

De modo geral a matriz energética com a finalidade de produzir eletricidade se utiliza basicamente de fontes de energia primária. As principais fontes geralmente consideradas pelos balanços energéticos dos países da América Latina e do Caribe são: petróleo, gás natural, carvão, hídrica, madeira e outros subprodutos de madeira, biogás; geotérmica, eólica, nuclear, solar e outras primárias como bagaço e resíduos agroindustriais ou urbanos [12].

Analisando de forma especifica a produção de energia elétrica no Brasil, temos que, dependendo das múltiplas condições, alguns das fontes e sistemas de geração são mais favoráveis, considerados no balanço energético acima, estando inclusive instalados no país, outros são inexistentes ou desconsiderados na nossa matriz energética [13], na maior parte das vezes por questões técnicas e/ou econômicas, muito embora nos últimos tempos, aspectos ambientais e políticos têm tido cada vez mais influência nessas definições [13]. Abaixo apresentamos um gráfico da oferta interna de energia elétrica por fonte, do balanço Energético Nacional 2015 (ano base 2014), que descreve a situação atual da nossa matriz energética [14].

Gráfico - Oferta Interna de Energia Elétrica por Fonte

[pic 1]

Acreditamos por isto que cada país em função de suas condições sócio econômicas, territoriais, populacionais, climáticas, políticas, entre outros parâmetros, deva efetuar uma extensa análise para verificar quais sistemas de produção de energia elétrica são mais viáveis para ele, buscando a segurança e a resiliência da matriz energética [15].

Considerando o nosso país, cuja extensão territorial equivale a um continente, não é possível efetuar um estudo único seja pela heterogeneidade da densidade populacional territorial, seja pelo desenvolvimento sócio econômico, como também pela diversidade climática em todos os seus aspectos passando de climas equatoriais a climas de zonas temperadas ou desérticos. Em virtude de todas estas diversidades, o estudo dos sistemas viáveis em nosso país deve ser regionalizado, considerando todas as suas variáveis específicas, que podem influenciar na escolha.

Como no Brasil ainda não existe um estudo deste tipo, que analise e mapeie quais os sistemas de produção de energia por região ou área geográfica que sejam os mais adequados, consideramos ser de bom alvitre efetuarmos um trabalho técnico científico da diversidade regional determinando dentro dos limites delas, o mais viável a ser instalado em futuro próximo e os complementares.

FINALIDADE e OBJETIVOS:

Primeiramente apresentamos a finalidade do trabalho, ou seja, a de analisar e mapear quais são os sistemas de produção de energia elétrica por região ou área geográfica do Brasil, mais adequados e viáveis, não considerando unicamente o kWh, mas também os outros parâmetros e critérios apresentados na introdução, condicionando-os às características específicas da área geográfica, tanto atuais como em uma visão de futuro próximo (cerca de 2 décadas).

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