Etnomatemática

A etnomatemática surgiu por volta de 1970, decorrente da inconsistência do ensino tradicional de matemática, e propõe a análise das práticas matemáticas em seus diferentes contextos culturais. As formas de ensino estão diretamente ligadas ao contexto cultural e social vigente, portanto a etnomatemática pode ser compreendida como a arte ou técnica de explicar, de entender, de se desempenhar na realidade, dentro deste contexto (D’Ambrosio). A etnomatemática recomenda uma enfatização maior dos conceitos matemáticos informais desenvolvidos pelos povos através de seus conhecimentos na vivência do cotidiano. As civilizações possuem maneiras distintas de interpretar e aplicar conceitos matemáticos, porém todas produzem tal conhecimento. A etnomatemática valoriza essas distinções e afirmas que isso decorre da influência da sociedade na forma de se fazer matemática. A matemática surgiu para suprir as necessidades básicas do homem, através da construção de materiais de pedra, de osso, de barro, de metal, e esse material era utilizado em moradias, vasilhames, utensílios, etc. Decorrente disto tem-se que não se faz necessário o conhecimento formal para a utilização da matemática. Em alguns casos tal uso é inconsciente como o pensamento geométrico na prática dos traçadores de fibras na construção de cestos e padrões geométricos de decoração. Dentro do contexto social a matemática é uma ferramenta para a tomada de decisões, fornecendo instrumentos para avaliar os resultados das ações implementadas para a resolução escolhida. Assim, a etnomatemática visa expor a matemática escondida nas praticas diárias da população.

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