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Exposição ao chumbo

Por:   •  10/3/2016  •  Projeto de pesquisa  •  3.429 Palavras (14 Páginas)  •  139 Visualizações

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Pós-Graduação Engenharia de Segurança do Trabalho

Tema: Exposição ao chumbo

Disciplina: Legislação e Normas Técnicas

Professora: Vera Fernandes

Aluno: Adriano da Silva Araújo

Sumário

1.        INTRODUÇÃO        

2.        OBJETIVO        

3.        METODOLOGIA        

4.        UTILIZAÇÕES DO CHUMBO        

5.        TOXICOLOGIA DO CHUMBO        

5.1.        FORMAS DE INTOXICAÇÃO PELO CHUMBO        

6.        LIMITES DE TOLERÂNCIA DO CHUMBO        

7.        NOVOS BIOMARCADORES        

8.        FORMAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO DA INTOXICAÇÃO POR CHUMBO        

8.1.        SISTEMAS DE EXAUSTÃO        

8.1.1.        Exemplo de bancada de trabalho com sistema de exaustão e sucção posicionado ao fundo        

8.1.2.        Exemplo de bancada de trabalho para execução de montagem de baterias e placas, com gaveta coletora de resíduos:        

8.1.3.        Modelo de sistema de exaustão para fornos e panelas de fusão de chumbo:        

8.1.4.        Exemplo de esmeril com sistema de exaustão        

8.2.        EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA        

8.2.1.        Máscaras com Filtros Mecânicos        

8.2.2.        Como escolher o filtro certo para cada atividade do trabalho:        

8.2.3.        Ensaio de vedação de respiradores.        

9.        CONCLUSÃO        

10.        REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        

  1. INTRODUÇÃO

O chumbo constitui um metal abundante na crosta terrestre estando amplamente distribuído e sendo encontrado livre e em associação com outros elementos. Seu número atômico é 82, seu peso atômico 207,21 e seu ponto de fusão 337°C. O metal começa a emitir vapores a 550°C, entrando em ebulição ao atingir cerca de 1.740°C. Em associação com outros elementos, origina compostos como: sulfato de chumbo, arsenato de chumbo, dióxido de chumbo, chumbo-tetraetila, chumbo tetrametila, litargirio, zarcão, alvaiade entre outros (CORDEIRO; LIMA FILHO, 1995). Suas fontes naturais incluem as emissões vulcânicas, o “intemperismo” geoquímico e as emissões provenientes do mar. Entretanto, devido à intensa utilização do metal pelos homens nos últimos séculos a mensuração do conteúdo de chumbo proveniente de fontes naturais tornou-se difícil (QUITÉRIO, 2001).

O baixo ponto de fusão, a ductibilidade e a facilidade de formar ligas justificam a ampla utilização do chumbo, desde a antigüidade, para fabricação de utensílios domésticos, armas e adornos, tendo provocado inúmeros casos de intoxicações ocupacionais e ambientais. Os riscos à saúde decorrentes da exposição ocupacional ou ambiental ao chumbo foram descritos há mais de 2000 anos. No entanto, é a partir da revolução industrial no século XVIII que a utilização do metal atinge grande escala e as concentrações de chumbo atmosférico passam a crescer paulatinamente, assim como a concentração do metal no sangue dos expostos (PALOLIELO, 1996; MOREIRA, F; MOREIRA, J. 2004).

O chumbo não apresenta nenhuma função fisiológica conhecida sobre o organismo de seres humanos e animais. Os processos fisiológicos de absorção, distribuição, armazenamento e eliminação do metal são influenciados por fatores endógenos (constituição genética, fatores antropométricos, estado de saúde) e fatores exógenos, tais como carga de trabalho, exposição simultânea a outras substâncias, drogas, álcool e fumo (MOREIRA, F.; MOREIRA, J., 2004).

Nos países desenvolvidos a ocorrência de casos de intoxicações ocupacionais pelo chumbo (saturnismo) vem se tornando cada vez menos freqüente e grande investimento tem sido feito na identificação de efeitos à saúde decorrentes da exposição a baixas concentrações nos ambientes de trabalho e no meio ambiente, muitas das quais consideradas seguras pelas legislações de segurança e medicina do trabalho. No Brasil não existem registros ou estimativas confiáveis do número de indivíduos expostos ocupacional e ambientalmente ao metal, embora a literatura especializada venha apontando grupos de trabalhadores intoxicados principalmente entre os envolvidos na produção, reforma e reciclagem de baterias automotivas (OKADA, 1997; SANTOS, 1993; STAUDINGER, 1998; SILVEIRA; MARINE, 1991). Cresce ainda a preocupação com os agravos à saúde decorrentes de exposições ambientais ao metal.

  1. OBJETIVO

Este trabalho tem por objetivo propor recomendações de procedimentos, ferramentas e medidas mitigadoras para atividades que exponham os trabalhadores ao agente químico chumbo.

  1. METODOLOGIA

As recomendações de procedimentos e medidas mitigadoras constantes neste trabalho foram fundamentadas na revisão da literatura especializada constante de: livros, textos clássicos de medicina do trabalho e saúde do trabalhador, consulta a periódicos nacionais e internacionais.

  1. UTILIZAÇÕES DO CHUMBO

Estima-se que o chumbo seja utilizado em mais de 200 processos industriais diferentes com destaque para a produção de acumuladores elétricos. Este segmento abriga além de grandes empresas com melhor controle das condições ambientais de trabalho, pequenas empresas, muitas das quais instaladas em regiões residenciais, e funcionando à margem da legislação trabalhista, ambiental e de saúde. No nosso meio, os homens constituem a maior parte dos atingidos pela intoxicação pelo chumbo dada a natureza das atividades que utilizam o metal (empregam predominantemente o sexo masculino). No Brasil, além dos casos relacionados à produção e reforma de baterias automotivas tem sido relatados casos entre trabalhadores da indústria de plástico (PVC) (SILVEIRA; MARINE, 1991; MATOS, et al., 2003; DEMARCHI, et al., 1999; MENEZES; D’SOUZA; VENKATESH, 2003; RIGOTTO, 1989), entre trabalhadores que usam rebolos contendo chumbo para lapidação de pedras preciosas, instrução e aprendizado de tiro (SILVEIRA; MARINE, 1991), reparação de radiadores de carro, reciclagem de baterias automotivas, redução de minérios ricos em ouro para obtenção deste, entre outros. O quadro 1 apresenta as principais atividades ocupacionais que expõem os trabalhadores ao risco de intoxicação.

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