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GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL EM BELO HORIZONTE

Por:   •  18/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.926 Palavras (8 Páginas)  •  230 Visualizações

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GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL EM

BELO HORIZONTE

Resumo: Este trabalho visou o estudo do gerenciamento dos resíduos de construção civil em Belo Horizonte e a reciclagem e reutilização dos mesmos em outras construções, e mostrar a origem destes resíduos conforme a resolução do CONAMA. A pesquisa sobre a reciclagem e reutilização foi ampliada, selecionando-se uma estação de tratamento destes resíduos para estudo de caso. Isto permitiu que a equipe utilizasse os conhecimentos adquiridos nesta visita para conhecer melhor todo o processo.

Palavras-chave: Construção Civil, Gestão de resíduos.

Abstract: This work aims to study the management of construction waste in Belo Horizonte and the recycling and reuse of the same in other constructions, and show the origin of the waste according to CONAMA resolution. Research on recycling and reuse has been expanded, selecting one of these waste treatment plant for the case study. This allowed the team would use the knowledge gained from this visit to better understand the whole process.

Keywords: Construction, Waste Management.

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1 Introdução

O objetivo geral deste trabalho é analisar a gestão de resíduos sólidos na construção civil em Belo Horizonte, verificarem a possibilidade de reutilização dos resíduos sólidos e listar os diferentes problemas causados pelo gerenciamento inadequado dos mesmos. Busca-se mostrar como é feito o tratamento destes materiais. Apresentar uma proposta de redução para os desperdícios em obras.

Escolheu-se desenvolver este tema para enriquecer os conhecimentos da equipe com os fundamentos da engenharia civil.

Primeiro foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema. Em seguida, uma visita técnica em uma estação de tratamento localizada no bairro Jardim Filadélfia, para identificarmos como é feito a reciclagem dos resíduos de construção civil.

Atualmente a maioria dos resíduos sólidos gerados no mundo é formada por resíduos da construção civil (RCC). O setor da construção civil é importante para o desenvolvimento econômico e social. Mas, por outro lado, é responsável por gerar grandes impactos ambientais. Os impactos ambientais causados pelo setor da construção civil possuem uma grande importância, especialmente aqueles relacionados ao consumo de recursos naturais desenfreados e à geração de resíduos sólidos.

A gestão de resíduos no Brasil é regulamentada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) em acordo e parcerias com órgãos estaduais e municipais. Este conselho criou a Resolução n° 307, de 5 de julho de 2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.De acordo com as determinações desta resolução, os geradores de resíduos são responsáveis pela gestão dos resíduos, certificando-se que sejam quantificados, armazenados, Transportados e encaminhados para locais onde possam ser aproveitados ou depositados corretamente.

2 Resíduos Sólidos de Construção Civil

Os Resíduos Sólidos de Construção Civil equivalem a uma grande parcela dos resíduos sólidos urbanos gerados, tendo em vista à enorme expansão urbana pelo qual as cidades estão passando, como construções, reformas e restaurações de imóveis.

A Resolução n° 307 do CONAMA, do ano de 2002, considera como RCC (Resíduos da Construção Civil) e aponta uma definição abrangente (PINTO, 2008):

Resíduos da construção civil são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha (CONAMA, 2002).

2.1 Origens dos Resíduos Sólidos de Construção Civil

Os resíduos da construção civil têm sua origem nas próprias atividades empreendidas nos canteiros de obras, ou seja, escavações, construções, reformas e demolições. Cada uma dessas atividades, ao empregar procedimentos técnicos específicos, produz diferentes quantidades e tipos de resíduos. (MARQUES, 2007).

2.2 Classificações dos Resíduos de Construção Civil

A classificação da NBR 10.004 (2004) dos Resíduos de Construção considera o potencial de risco que os resíduos apresentam ao meio ambiente e à saúde pública. Os Resíduos de Construção são enquadrados na classe IIB – inertes e a ABNT explicita que:

Quaisquer resíduos que, quando amostrados de forma representativa, e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme teste de solubilização, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados com concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. Como exemplo destes materiais, podem-se citar rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas que não são decompostos prontamente (ABNT, 2004).

Conforme Pinto (2008), os Resíduos sólidos de Construção são classificados, segundo a Resolução nº307 do CONAMA, em quatro classes distintas:

- Classe A: São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis.

- Classe B: São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.

- Classe C: São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis, que permitam a sua reciclagem/recuperação, a exemplo dos produtos oriundos de gesso.

- Classe D: São os resíduos perigosos, oriundos do processo da construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados, oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.

  1. Gestão dos Resíduos Sólidos em Belo Horizonte

Mesmo não tendo sido, segundo PINTO (1999), o primeiro município brasileiro a aderir à reciclagem de RCC, que foi São Paulo, Belo Horizonte é uma referência fundamental na gestão desses resíduos, assim como na gestão de outras parcelas dos Resíduos Sólidos Urbanos – RSU, por ter desenvolvido, desde 1993, um plano pioneiro de gestão diferenciada, denominado, à época, de Programa de Correção Ambiental e Reciclagem dos Resíduos de Construção.

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