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História da tecnologia no Brasil

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Por:   •  9/9/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.495 Palavras (14 Páginas)  •  435 Visualizações

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ATIVIDADE

A história da engenharia teve início a milhões de anos atrás, quando

nossos ancestrais começaram a elaborar seus instrumentos que supria suas

necessidades imediatas as suas próprias armas ferramentas, com

conhecimentos e técnicas que se acumularam ao longo de anos e com ajuda da

escrita e convivências com grandes mestres, foram passadas de geração para

geração, tais conhecimento nas mãos de certas, foram sendo aperfeiçoadas, um

exemplo é de Leonardo da Vinci idealizador de diversos dispositivos a frente de

seu tempo, a engenharia estar datada aproximadamente no século XVIII, os

primeiros engenheiros diplomados sugiram na França na École nationale des

ponts et chaussés, em seguida pela École polytechnique. Outras escolas de

engenharia foram surgindo em outros países como a academia real de artilharia,

fortificação e desenho, nos estados unidos a academia de West point, o instituto

politécnico de Viena na Áustria e no brasil a academia real de artilharia,

fortificação e desenho.

No brasil a escola de engenharia teve origem no ensino militar e só

depois denominada de curso de engenharia civil, onde foram criadas a escola

Politécnica de São Paulo, a escola de engenharia de Pernambuco, escola de

engenharia Mackenzie em São Paulo.

Com a Engenharia muitos foram aqueles que se destacaram com

grandes contribuições e projetos como de Leonardo da Vinci no códex atlanticus

no qual muitas páginas são dedicadas a moinhos de agua e diversos aparelhos

hidráulicos, guinchos, escavadeiras, roscas de Arquimedes, bombas da agua e

outros.

“Segundo (TELLES,1994), no seu livro história da engenharia no brasil,

a engenharia quando considerada como arte de construir é evidentemente tão

antiga quanto o homem, mas quando considerada como um conjunto

organizado de conhecimentos com base cientifica aplicado à construção em

geral é relativamente recente, podendo-se dizer que data do século XVIII” bem

adequadas as evoluções do mundo moderno, formando engenheiros dotados de

uma competência dupla de técnica e gerencial, em 1729, o engenheiro militar

francês general Bernard Forrest Belidor publicou o primeiro livro “o que havia até

então na ciência do engenheiro” (La Science des ingéniurs) e também foi o

pioneiro em fazer um estudo cientifico das estruturas de arcos e muros de

arrimo, o que hoje é conhecido e aplicado na engenharia civil. Foi o engenheiro

inglês John smeaton, um dos descobridores do cimento Portland (século XVIII),

John smeaton usou pela primeira vez o termo engenheiro civil como

caracterização profissional, para distinguir dos engenheiros militares (TELLES,

1994). Em 1794 a ecole polytechnique tonou-se modelo para outras escolas de

engenharia com a missão consistia em oferece a seus alunos uma formação

adequada para desempenhar e realizar projetos inovadores do mais auto nível,

fundamentada a uma solida cultura mu ltidisciplinar e treinamento com o objetivo

de desenvolver atitude de liderança, visando no futuro à ocupação de cargos no

âmbito administrativos, cientifico, tecnológico e pesquisa. Todo esse sucesso

graças a renomados Professores como Forrier, Lagrange, Monge, fundador da

escola de engenharia, o curso tinha duração de três anos e era ministrada

disciplinas básicas de engenharia para posterior mente os discentes

complementarem seus conhecimentos em outras escolas especializadas, como

École de Mines, point et chausseés e outas.

“A separação na estruturação curricular, entre as diversas ciências que

participam na formação do engenheiro, colocando –se primordialmente (em

bloco) as básicas, depois as fundamentais de engenharia e por fim, as aplicadas

de engenharia”

O PRIMEIRO CURSO DE ENGENHARIA DO BRASIL

Foi criada por carta régia de 1699, com enfoque para o ensino militar a

Aula de Fortificação, que promovia conhecimentos de engenharia e,

posteriormente (1738), conhecida como Aula do terço de Artilharia. Não era um

ensino regulamentado com programa de ensino, sabendo -se apenas que tinha a

duração de cinco anos, conforme Pardal, 1966. Em 17 de dezembro de 1792, a

Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, na cidade do Rio de

Janeiro foi pioneira em ter o curso formal de engenharia no Brasil, segundo

registros de (PARDAL, 1986) e (TELLES, 1994). Numa época em que poucos

países, além da França, possuíam escolas para a formação regular de

engenheiros, a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho

repercutiu muito e veio suceder a antiga Aula de Fortificação do Rio de Janeiro

que tinha como característica o enfoque para o ensino militar, tendo já o caráter

de um verdadeiro instituto de ensino superior, com organização comparável aos

demais de sua época. Esta Academia foi também precursora em linha direta e

contínua, da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro,

preparando oficiais para o exército. Conforme (TELLES, 1994), “Os oficiais de

infantaria e de cavalaria faziam apenas os três primeiros anos, os de artilharia os

cinco primeiros, e os de engenharia o curso completo. O sexto ano era dedicado

exclusivamente à engenharia civil”. Da Casa do Trem (atualmente parte do

Museu Histórico Nacional), a Academia Real Militar, criada pela lei de 04 de

dezembro de 1810, foi a próxima escola com ensino regulamentado. O ensino

nessa Escola abrangia um curso teórico de Ciências Matemáticas, Físicas e

Naturais, um curso de Engenharia e Ciências Militares, e um curso de

Engenharia Civil voltado para as técnicas de construção de estradas, pontes,

canais e edifícios, ministrado aos não-militares, ou seja, aos civis que

frequentavam as aulas. A Academia Real Militar teve sua sede transferida, em

1812, para o Largo de São Francisco de Paula, ocupando o primeiro prédio

construído no Brasil para abrigar uma escola hoje dita superior. A Escola situada

no Largo de São Francisco é considerada o Berço da Engenharia Brasileira,

funcionando ali até 1966. Atualmente, o prédio está ocupado pelo Instituto de

Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. O curso de engenharia da Academia

Militar, tinha duração de 7 anos. A Academia posteriormente recebeu às

denominações de Escola Militar e, em 1858, de Escola Central.

A Academia Militar foi transformada em Escola Central, permitindo o

estudo de civis e militares (1860). Fonte: www.poli.ufrj.br (2005)

Com a transferência do Ministério do Exército para o Ministério do

Império em 1874, a Escola Central passou a ser denominada Escola Politécnica.

A Escola Central promovia formação de bacharéis em ciências e, engenheiros

civis e também foram criadas outras especialidades de engenharia. Seus

programas de ensino se tornaram modelo para todas as escolas de engenharia

brasileiras até o início do século XX e devido a sua fama educacional, muitas

são denominadas, ainda hoje de Escola Politécnica, nome que agora nossa

escola retoma. Personagens ilustres da história brasileira tiveram a sua

formação acadêmica em classes e salas da Escola Politécnica da UFRJ. Alguns

deles tiveram uma projeção tão grande na vida nacional que até hoje são

homenageados pela sociedade brasileira com os seus nomes em ruas, túneis,

avenidas, monumentos. Uma correção Fonte: Revista de Ensino de Engenharia

(v 10, n 3, nov/1983) com correções baseadas em (PARDAL, 1986 e 1996) e

(TELLES, 1994).

1792 Real Academia de Artilharia Fortificação e Desenho

1810 Academia Real Militar

1822 Academia Imperial Militar

1832* Academia Militar e de Marinha

1833 Academia Militar da Corte

1839 Escola Militar da Corte

1855 1858 Escola Militar e de Aplicação do Exército Escola Central

Subordinada ao Exército Formação de Engenheiros e de Oficiais do Exército

1874 Escola Politécnica

1896 Escola Politécnica do Rio de Janeiro

1928 Escola de Engenharia Militar

1937 1933 Escola Nacional de Engenharia Escola Técnica do Exército

1959 Independente do Exército Formação de Engenheiros

1965 Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Instituto Militar de Engenharia (IME)

Resultado da fusão da Academia Militar e de Guardas-Marinha que

voltaram a separar-se em 1833. Aparece pela primeira vez a denominação

Curso de Engenharia Civil. Como se pode observar na obra dos autores

consultados, pode se verificar que o ensino de engenharia teve origem no ensino

militar com conhecimentos pertinentes à formação militar e aprendizado de

técnicas próprias à construção com finalidades militares, como pontes,

fortificações, calçamento, calçadas, entre outros, mas que também se usava na

construção civil. A partir de 1874, começou a ser empregado no Brasil, a

denominação engenharia civil com a desvinculação da Escola Central do

Ministério da Guerra, passando a ser a Escola Politécnica. Conforme bibliografia

consultada, o ensino de engenharia não militar, no Brasil, também se iniciou pela

engenharia hoje conhecida como engenharia civil. Em 1835, foi fundado na

Província de São Paulo, o Gabinete Topográfico. Este estabelecimento foi

avaliado como o segundo em ensino de estabelecimento no Brasil e funcionou

até 1838, reabriu em 1840 e fechou outra vez em 1850. O modelo para a maioria

das escolas de engenharia do Brasil têm sido a Escola de Engenharia da UFRJ,

logo, ao pesquisar a evolução do ensino de engenharia no país, quanto a

estruturação, formação, métodos e recursos didáticos, teremos que colocar em

destaque esta Escola que sempre serviu de referência para as outras.

ESCOLAS DE ENGENHARIA NO BRASIL DEPOIS DA UFRJ

Foi o imperador D. Pedro II quem, com a sua vasta erudição e

interessado pela riqueza do solo brasileiro que em 1874, contratou, por

indicação do cientista francês Auguste Daubrée, o seu discípulo, o engenheiro

Claude-Henri Gorceix (1842-1919), que, na ocasião, estava na Grécia,

realizando uma série de pesquisas geológicas. Gorceix retornou, não só

aceitando o convite como, também, prontificando-se a ministrar o ensino da

mineralogia e da geologia. E, então, em 1876, criava-se a Escola de Minas de

Ouro Preto. Ainda no século XIX, foram fundadas mais 5 escolas de engenharia

e entre 1910 e 1914, tivemos o registro de mais cinco. Até então 12 escolas de

engenharias, sendo que quatro 4 estavam em Minas Gerais. Os Cursos de

engenharia no Brasil até o meado do século XX tiveram o seu início a partir

de1893. A seguir são apresentados em ordem cronológica e organizados pelos

autores, baseados em (OLIVEIRA, 2000), as seguintes fundações:

• 1893 - Fundação da Escola Politécnica de São Paulo, denominada

hoje USP com os seguintes cursos iniciais em Civil e Industrial (período – 2

anos), Agronômico e Mecânica (período – 3 anos) e Agrimensor (período – 2

anos); • 1895 – Fundação da Escola de Engenharia de Pernambuco,

denominada hoje UFPE com os seguintes cursos iniciais em Agrimensor

(período – 2 anos) e Civil (período – 5 anos); • 1896 – Fundação da Escola de

Engenharia Mackenzie, denominada hoje UPM com o curso inicial em Civil

(período – 5 anos); • 1896 – Fundação da Escola de Engenharia de Porto

Alegre, denominada hoje UFRG com o curso inicial em Civil.

• 1897 - Fundação da Escola Politécnica da Bahia, denominada hoje

UFBA com os seguintes cursos iniciais em Geógrafo (período – 4 anos) e Civil

(período – 5 anos);

• 1911 - Fundação da Escola Livre de Engenharia, denominada hoje

UFMG com os seguintes cursos iniciais em Civil (período – 5 anos);

• 1912 - Fundação da Faculdade de Engenharia do Paraná, denominada

hoje UFPR com o curso inicial em Civil;

• 1912 - Fundação da Escola Politécnica de Pernambuco, denominada

hoje UFPE com os seguintes cursos iniciais em Civil e Química Industrial;

• 1913 - Fundação do Instituto Eletrotécnico de Itajubá, denominado hoje

EFEI com os seguintes cursos iniciais em Mecânica e Elétrica (período – 3

anos);

• 1914 - Fundação da Escola de Engenharia de Juiz de Fora,

denominada hoje UFJF com o curso inicial em Civil Eletrotécnico (período – 4

anos). A Primeira Escola de Engenharia particular do Brasil foi fundada em 1896,

na cidade de São Paulo, apresentada pela Escola de Engenharia da

Universidade Presbiteriana Mackenzie, denominada hoje EE-UPM. Fonte:

Centro Histórico da UPM

Atualmente, verifica-se um número assustador de escolas de engenharia

no Brasil. Muitas das quais, sem condições de oferecer cursos de qualidade, por

não apresentar corpo docente devidamente preparado e desprovidas de

recursos tais como: laboratórios, oficinas, espaço físico, entre outros.

A engenharia da qual me identifico é engenharia elétrica pois já trabalho

na área a mais de 8 anos, este ano formei em técnico eletrotécnico pelo SENAI

Roraima e hoje almejo o diploma de engenharia elétrica sei das dificuldades

mais é o que fez de grandes nomes como os já citado nesta atividade se

relembrados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para que possamos avaliar a evolução ou o retrocesso do ensino de

engenharia se faz necessário uma retrospectiva dos objetivos que nortearam a

fundação das escolas de engenharia no Brasil e no mundo, no que tange ao

conjunto organizado de conhecimentos com base científica aplicado à

construção em geral. Atualmente, verifica-se uma tendência ao tecnicismo

pragmático que reduz tudo ao conjunto de técnicas e regras sem o conveniente

embasamento científico ocasionado pelo despreparo didático-pedagógico

envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Assim, alguns professores são

formados na graduação e pós-graduação, como copiadores de conteúdo, sem

que haja uma preocupação em se formar educadores com didática apropriada.

Dessa maneira, a preocupação é quantitativa, de maneira que o conteúdo seja

transmitido em sua totalidade, porém sem a preocupação de que ele seja

assimilado e compreendido, paralisando o desenvolvimento da inteligência,

oferecendo ao aprendiz a discorrer com acerto, mas não lhe ensinando a pensar

e refletir.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Fonte: www.poli.ufrj.br (2005)

Ana Júlia Ferreira Rocha - juliarocha@mackenzie.com.br

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