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MATERIAIS USADOS

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Por:   •  11/6/2014  •  Tese  •  3.798 Palavras (16 Páginas)  •  664 Visualizações

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MATERIAIS UTILIZADOS

De acordo com a NBR 8160, os materiais a ser empregados nos sistemas prediais de esgoto sanitário devem ser especificados em função do tipo de esgoto a ser conduzido, de sua temperatura, dos efeitos químicos e físicos e dos esforços ou solicitações mecânicas a que possam ser submetidas as instalações. Os materiais usualmente empregados nas tubulações e conexões de esgoto são o PVC linha sanitária (série normal e reforçada), o ferro fundido e a manilha cerâmica. Não podem ser utilizadas, nos sistemas prediais de esgoto sanitário, materiais ou componentes não constantes da normalização brasileira.

Devido a suas vantagens o PVC é o material mais utilizado nos sistemas prediais de esgoto. Para as tubulações aparentes, instaladas na horizontal e suspensas em lajes, é recomendável a utilização de tubos mais reforçados, como da Linha Série R, da Tigre. Nos pontos críticos da instalação, como nos pés de coluna (tubos de queda), podem ocorrer choques provocados pela queda de resíduos sólidos normalmente encontrados nos esgotos. As curvas da Linha Série R da Tigre, para pé de coluna, foram fabricadas com um reforço extra de espessura de parede. Por isso, são especialmente indicadas para uso nesses pontos críticos.

Os tubos de ferro fundido são incombustíveis e possuem alta resistência a choques. Por essa razão, é mais utilizado nas instalações aparentes, particularmente em garagens de subsolos ou pilotis, onde exista a possibilidade de ocorrer acidentes. Também apresentam como vantagens: alta resistência a produtos químicos; alta durabilidade; resistência a altas temperaturas. As manilhas cerâmicas são mais utilizadas para receber efluentes industriais e solventes orgânicos e também possuem resistência à ação de solos agressivos e de correntes eletrolíticas.

Também são utilizados dispositivos de inspeção, que permitem o acesso ao interior das tubulações, de modo a possibilita desobstruções, que, eventualmente, poderão ocorrer.

TRAÇADO DAS INSTALAÇÕES

É de fundamental importância uma análise minuciosa dos projetos de estrutura e arquitetura, antes de elaborar o traçado das instalações.

As prumadas de esgoto e ventilação, assim como as de água fria e quente, devem ser definidas pelo profissional de instalações, para adequar-se às barreiras impostas pelo projeto de estrutura e integrar-se de forma harmônica ao projeto arquitetônico.

As canalizações embutidas não devem estar solidárias às peças estruturais do edifício. Deve-se condicionar a escolha dos pontos de descida dos tubos de queda para o mais próximo possível de pilares, ou da projeção dos pilares e paredes do térreo.

Com relação às conexões, deve-se utilizá-las de forma racional, evitando, que possível, as mudanças bruscas de direção nos traçado das redes. É preferível a utilização de caixas de passagem (inspeção) nas mudanças de 90º, em trechos horizontais.

Para a escolha dos posicionamentos da caixa sifonada com grelha, devem-se levar em consideração aspectos estéticos, já que o piso deverá apresentar declividade favorável ao escoamento das águas para a caixa. De forma geral, quanto mais próxima a caixa sifonada (ralo) estiver da ligação com o ramal de esgoto, mais simples será a instalação da ventilação.

A figura 4.20 apresenta uma sequência de passos a ser seguida no traçado de uma instalação sanitária.

DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES

As vazões de águas servidas (esgotos) que escoam pelas tubulações são variáveis em função das contribuições (UHC) de cada um dos aparelhos. Portanto, cada aparelho possui sua própria vazão (o vaso, por exemplo, possui maior vazão que o lavatório). Dessa maneira, entende-se que, para vazões maiores, teremos maiores diâmetros.

O dimensionamento das canalizações é bastante simples. As tubulações têm diâmetro dependente do número total de UHC associadas aos aparelhos sanitários a que servirem. A NBR 8160 fixa os valores dessas unidades para os aparelhos mais comumente utilizados.

Assim, com base na contribuição de cada aparelho e nas declividades preestabelecidas, dimensiona-se todo o sistema.

O arquiteto também deve entender que o sistema de esgoto funciona por gravidade. Por essa razão, a tubulação precisa trabalhar com declividades especificadas em projeto. Em geral, adota-se declividade mínima de 2% para tubulações com diâmetro nominal igual ou inferior 75mm; 1% para tubulações com diâmetro nominal igual ou superior a 100mm, com exceção dos casos previstos na tabela de coletores e subcoletores da NBR 8160.

Isso faz com que, em pavimentos sobrepostos, exista a necessidade de prever uma altura adequada de pé-direito para a colocação de forros, para esconder as tubulações sob a laje do andar superior.

INSTALAÇÕES EM PAVIMENTOS SOBREPOSTOS

As instalações prediais de esgotos sanitários em pavimentos sobrepostos se diferenciam das instalações em pavimentos térreos, pela presença de tubo de queda. Nas residências térreas, por exemplo, o ramal de esgoto do vaso sanitário é ligado diretamente à caixa de inspeção. Em pavimentos sobrepostos, é necessário prever, no projeto arquitetônico, a localização do tubo de queda e da coluna de ventilação, além do forro rebaixado, para esconder os ramais de esgoto.A parede escolhida para o posicionamento dessas prumadas deverá ter uma largura maior que o diâmetro das tubulações. A ligação dos vaso sanitário é feita diretamente ao tubo de queda, este é ligado à rede subcoletora de esgoto no subsolo do edifício.

Nas instalações em pavimentos sobrepostos o forro de gesso ou similar, eliminando os antigos rebaixos em lajes, é fundamental para a qualidade de um projeto, pois simplifica a execução, diminui a carga da estrutura, reduz custos e facilita a posterior manutenção.

De acordo com a NBR 8160, deve ser evitada a passagem das tubulações de esgoto em paredes, rebaixos e forros falsos de ambientes de permanência prolongada. Caso não seja possível, devem ser adotadas medidas no sentido de minimizar a transmissão de ruído para os referidos ambientes.

RESIDÊNCIAS ASSOBRADADAS

Na elaboração do projeto arquitetônico de residências assobradadas ou de pavimentos sobrepostos, é muito comum não se pensar nas instalações de esgoto. Essa falta de previsão acarreta a diminuição do pé-direito dos ambientes localizados sob essas instalações e a consequente colocação de forros rebaixados.

Os

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