MECANISMOS CAUSADORES DO DESGASTE DA FERRAMENTA

DESGASTES DA FERRAMENTA

• Desgaste frontal ou de flanco: ocorre na superfície da ferramenta, é o mais comum.
• Desgaste de cratera: ocorre na superfície de saída da ferramenta, atrito ferram/cavaco.
• Lascamento: ocorre devido a retirada de grandes partículas da peça de uma só vez.
• Trincas: causadas pela variação de temperatura e/ou variação dos esforços mecânicos.

MECANISMOS CAUSADORES DO DESGASTE DA FERRAMENTA

• Aresta postiça de corte: camada de cavaco formada na superfície de contato ferram/cavaco.
• Aderência: formação de extrato metálico entre a superfície da ferram/cavaco que provoca aderência (baixa velocidade de corte e baixas temperaturas).
• Difusão: ocorre entre ferram/cavaco e consiste na transferência de átomos de um metal para outro.
• Oxidação: altas temperaturas e presença de ar e água  a geram no contato ferram/cavaco.

FLUIDO DE CORTE:

Funções: Retirar o cavaco da região de corte através do seu fluxo e proteção contra corrosão.

Fluido de corte como refrigerante: requisitos

• Baixa viscosidade / capacidade de “molhar” bem o metal / alto calar especifico e alta condutividade térmica.

Fluido de corte como lubrificante: requisitos

• Resistir a pressões e temperaturas elevadas sem vaporizar / boas propriedades anti-fricção e anti-soldantes / baixa viscosidade para facilitar sua circulação.

Classificação:

• Ar
• Aquoso: Água / Emulsões(óleos solúveis = composta por água, óleo mineral e inibidores; alto poder refrigerante ) / Microemulsões (fluidos semissintéticos = 5 a 50% de óleo mineral; coloração mais transparente) / Soluções Químicas (sintéticos= óleos dissolvidos na água, livre do óleo mineral)
• Óleos: Mineral / Composto / de extrema pressão / usos múltiplos = recomendado para grande calor gerado no processo

Critérios para seleção do fluido de corte:

• Material: Al,Cu (seco ou óleo inativo) / Aços (qualquer tipo) / Aços inox (óleo especial)
• Condições: pesadas (óleos) / brandas (aquosos)
• Operação: lentas e pesadas (óleos) / furação profunda (aquosos de alta pressão)
• Material da ferramenta: AR (problema com água) / MD (qualquer tipo) / CER (sem fluido)

USINABILIDADE

        Define o grau de dificuldade de se usinar um determinado material em relação a outro tomado como padrão. Propriedades: vida da ferramenta, acabamento superficial, esforços de corte, produtividade, etc. Depende: condições de usinagem, características da ferramenta, propriedades do material, composição química.

        Propriedades que influenciam a usinabilidade

• Dureza e resistência mecânica: baixos valores favorecem, menos para materiais dúcteis
• Ductilidade: baixos valores favorecem
• Condutividade térmica: altos índices favorecem, pois evita desgaste da ferramenta
• Taxa de encruamento: baixa taxa favorece (menos pressão específica de corte)

Usinabilidade Ligas de Alumínio

        Facilmente usinado, baixas temperaturas de usinagem, altas velocidades de corte, bons acabamentos superficiais. Elementos de liga e impurezas afetam a usinabilidade. Recomendadas ferramentas classe K

Usinabilidade de Aços

• Dureza é o fator predominante: aços com baixo carbono e alta dureza gera aresta postiça
• Microestrutura: estrutura abrasiva = materiais resistentes das ferramentas para usinar
• Inclusões: corpos estranhos adjacentes ao material
• Elementos de Liga: chumbo, enxofre e fósforo = efeito positivo. Vanádio e tungstênio = efeito negativo

Nos aços inox, a baixa condutividade térmica, alto coeficiente de atrito e alto coeficiente de dilatação térmica são fatores que influenciam, de acordo com seu tipo.

Algumas técnicas podem ser usadas para melhorar a usinabilidade dos aços:

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