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Monitoramento De Gases

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Por:   •  23/9/2013  •  1.445 Palavras (6 Páginas)  •  467 Visualizações

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UNIDADE 2 - GASES TÓXICOS

1- Monóxido de carbono

1.1- Propriedades e ocorrência

É um gás incolor, inodoro, de densidade igual a 0,0967 e dotado de grande poder

de difusibilidade. Resulta da combustão incompleta do carvão ou de materiais ricos em

carbono, produzindo-se sob múltiplas circunstâncias.

As principais fontes de intoxicação são representadas por:

· Combustão incompleta do carvão- a combustão completa do carvão, em presença de

um excesso de ar dá formação ao CO2 o qual pode reagir com o carbono

transformando-se em monóxido de carbono.

C + O2 CO2

CO2 + C 2CO

Este fato ocorre frequentemente em braseiros queimando no interior de

ambientes fechados ou mal ventilados e, também, nos incêndios: o gás carbônico

formado nas camadas profundas ao passar pelas camadas superficiais, quando frias

transforma-se me monóxido de carbono.

· Motores a explosão- a emanação dos motores a explosão interna com gasolina

contém de 3 a 7% de monóxido de carbono. Os níveis de monóxido de carbono nas

grandes áreas urbanas está bastante relacionado com o volume de tráfego.

· Gás de iluminação- o gás de iluminação deve sua toxicidade sobretudo ao

monóxido de carbono que forma parte de sua composição. S

1.2- Ação tóxica

O monóxido de carbono pode ser considerado como antimetabólito do oxigênio.

Quando aspirado, ao nível do alvéolo pulmonar, combina-se reversivelmente com a

hemoglobina para formar a carboxiemoglobina, resultando desta reação duas

consequências importantes:

· Um certo número de sítios de ligação para o oxigênio estão ocupados e a capacidade

de transporte de oxigênio do sangue é diminuída;

· A ligação de uma ou mais moléculas de monóxido de carbono à molécula de

hemoglobina com seus grupos heme aumenta a afinidade dos sítios remananescentes

para o oxigênio e a capacidade da hemoglobina nos eritrócitos de fornecer oxigênio

aos tecidos, a baixas pressões parciais de oxigênio, fica seriamente prejudicada. A

consequência final do processo é uma anóxia tecidual.

A afinidade do monóxido de carbono pela hemoglobina é cerca de 200-250

vezes àquela do oxigênio. Isto significa que o perigoso valor de 50% de HbCO, isto é,

partes iguais de carboxi e oxiemoglobina, pode ser atingido quando à concentração de

monóxido de carbono no ar inspirado é somente 1/210 daquela do oxigênio.

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1.3- Doses tóxicas

O limite de tolerância do monóxido de carbono é de 40ppm. Todavia, segundo

alguns autores, uma concentração de monóxido de carbono no ambiente da cerca de

10ppm pode determinar efeitos tóxicos após uma hora de exposição e a concentração de

40ppm pode ser fatal neste mesmo intervalo de tempo.

Considerando um indivíduo adulto, com uma ventilação pulmonar normal, num

ambiente de pressão atmosférica normal de 760 mm de Hg e um tempo de exposição

suficiente para que se tenha o equilíbrio, os teores de carboxiemoglobina no sangue,

com seus significados, em função do monóxido de carbono no ar inalado, são indicados

na tabela 3.1 da literatura base.

O limite de tolerância biológico para o monóxido de carbono pode ser avaliado

pela determinação de carboxiemoglobina (HbCO) que, para indivíduos não fumantes,

não deve ultrapassar o valor de 5%.

Os níveis sanguíneos de carboxiemoglobina (HbCO) no organismo humano são:

· Para indivíduos não fumantes- 0,64 + 0,28%

· Para indivíduos fumantes- 4,96 + 2,80%

1.4- Sintomas da intoxicação

1.4.1- Intoxicação sobreaguda- a inalação de grandes quantidades de monóxido de

carbono produz a morte por síncope respiratória ou circulatória, devido a inibição do

centro bulbar correspondente. Não existe nesta modalidade de intoxicação uma

sintomologia evidenciável.

É importante ressaltar que o monóxido de carbono é um gás inodoro e insípido e,

portanto, a vítima geralmente não percebe o perigo a que está exposta.

1.4.2- Intoxicação aguda- a absorção do monóxido de carbono e os sintomas resultantes

dependem da concentração do mesmo no ar expirado, do tempo de exposição no

ambiente contaminado e da atividade do indivíduo exposto, ou melhor, do ritmo

respiratório. A intoxicação aguda apresenta três períodos distintos:

· O primeiro caracteriza-se principalmente por transtornos nervosos, manifestados por

dor de cabeça, vertigens, zumbidos e importância muscular. Se a absorção do

monóxido de carbono continua, há a paralisação dos membros inferiores que sepropaga pelo corpo todo. Encontrando-se em tal estado, o intoxicado realiza

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