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Neuroplasticidade: como o cérebro pode mudar

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Por:   •  29/8/2014  •  Artigo  •  433 Palavras (2 Páginas)  •  635 Visualizações

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Neuroplasticidade: como o cérebro é capaz de mudar

Historicamente, os cientistas acreditavam que, ao atingir a idade adulta, as habilidades cognitivas de uma pessoa ficam imutáveis. Porém, a partir do início do século 20, essa teoria tem sido contestada por evidências que sugerem que as habilidades do cérebro são, na verdade, maleáveis e moldáveis. De acordo com esse princípio da neuroplasticidade, o cérebro muda constantemente em resposta a diversas experiências. Novos comportamentos, novos aprendizados e até mesmo mudanças ambientais ou lesões físicas podem estimular o cérebro a criar novas vias neurais ou reorganizar as existentes, alterando fundamentalmentecomo as informações são processadas.

Um dos exemplos mais impressionantes de neuroplasticidade associada à ocupação é resultado de um estudo de neuroimagem cerebral de 2000 realizado em taxistas de Londres (Maguire et al., 2000). Para obter a licença de trabalho, os taxistas de Londres devem passar dois anos aprendendo a dirigir pelas sinuosas ruas da cidade. Que marcas, os pesquisadores se perguntaram, esse longo e rigoroso período de treinamento deixam no cérebro dos taxistas? Depois que 16 taxistas do sexo masculino foram submetidos ao minucioso exame de fMRI (ressonância magnética funcional cerebral), revelou-se que esses taxistas apresentaram áreas de hipocampo maiores do que um grupo controle de 50 homens saudáveis da mesma faixa etária. E quanto mais tempo passava como taxista, o hipocampo tendia a ser maior. Como uma área cerebral envolvida em memória e orientação espacial, o hipocampo parecia ter mudado em resposta às experiências dos taxistas.

A maioria dos exemplos de mudanças cerebrais baseadas em neuroplasticidade são muito mais sutis. Contudo, em décadas recentes, são casos como este dos taxistas de Londres que inspiraram membros da comunidade científica a buscar a próxima etapa lógica na pesquisa, em vez de esperar passivamente para ver como o cérebro pode responder às circunstâncias: é possível direcionar a capacidade de mudança com o objetivo de aprimorar habilidades específicas?

A ciência do treinamento cognitivo procura responder a essa questão. Só em 2013, 30 estudos de treinamento cognitivo foram registrados no banco de dados do governo dos EUA, ClinicalTrials.gov. Os cientistas da Lumosity, com a ajuda de colaboradores externos, também contribuem para esse esforço de pesquisa: até agora, sete estudos revisados ​​por pares foram publicados usando a Lumosity como ferramenta de treinamento cognitivo em diversas populações, incluindo adultos saudáveis, sobreviventes de câncer, idosos e crianças com algum transtorno genético.

Maguire, E. A., Gadian, D. G., Johnsrude, I. S., Good, C. D., Ashburner, J., Frackowiak, R. S. J., & Frith, C. D. (2000). Navigation-related structural change in the hippocampi of taxi drivers. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 97(8), 4398-4403.

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