O APROVEITAMENTO DE RESIDUOS

 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS AGRÍCOLAS

Júlia Sara de Souza Lopes

 

BARREIRAS- BAHIA

2020

INTRODUÇÃO

A Organização das Nações Unidas Para a Alimentação e a Agricultura – FAO, estima que a produção mundial de resíduos agroindustriais atinja 1,3 bilhão de toneladas por ano, dando conta que, 1/3 dos alimentos potencialmente destinados ao consumo humano são desperdiçados, seja como resíduos, oriundos do processamento ou como perda na cadeia produtiva (FAO, 2013)[2].

O Brasil é considerado um         dos países mais ricos do mundo que se refere        à produção de alimentos, entretanto, por ser um país de grande atividade agrícola, produz quantidade considerável        de resíduos        agroindústria. O desperdício está associado à cultura brasileira, ao sistema        de produção,        de armazenamento,        de transporte e à forma de consumo. Estas         etapas provocam perdas imensuráveis na economia e diminuição da disponibilidade de recursos para a população, gerando uma quantidade significativa de resíduos (RASBRAN, 2017)[1]. O aproveitamento de resíduos agroindustriais agrega valor perdido, e  faz utilização sustentável desses. Diversas agroindústrias têm realizado o aproveitamento de resíduos na produção de subprodutos, atentando a agregação de valor.

Com o grande descarte de materiais, houve a preocupação de tornar o que era inutilizado em proveitoso, a urbanização tem crescido muito nos últimos anos em nível mundial  com consequente aumento de consumo de produtos industrializados. Deriva  disso um aumento da quantidade de resíduos gerados, acumulando grandes  quantidades de lixo dia após dia nos aterros sanitários (GONÇALVES, 2017)[4].

Em um país onde milhões de pessoas passam por necessidades nutricionais, formas inovadoras de alimentação, derivado de fontes de alimentos que são desperdiçados, podem ser uma alternativa de fonte nutricional na elaboração de subprodutos agroindustriais. Por outro lado, a elaboração e comercialização destes subprodutos tornam-se uma alternativa comercial viável, tanto ao pequeno quanto ao grande produtor (COINTER-PVD, 2017)[2].

Diante disso, o presente trabalho tem por objetivo abordar o aproveitamento de resíduos agroindustriais na elaboração de subprodutos, analisar quais suas utilidades, quais produtos podem ser desenvolvidos a partir dessa ação, mostrar para o leitor a importância do aproveitamento de resíduos alimentícios tanto para o indivíduo, quanto para o meio ambiente, a qual evita o desperdício.

METODOLOGIA

A metodologia aplicada é a pesquisa de revisão bibliográfica, feita a partir do levantamento de dados trazidos de artigos, que retratam como resíduos obtidos a partir do processamento de alimentos são aproveitados, explicando quais os tipos de produtos gerados, a maneira que foram produzidos, e a aceitação dos consumidores perante o produto final. Durante a pesquisa, foi possível identificar que todos os artigos escolheram maneiras diferentes de reaproveitar os resíduos, e matérias primas que seriam descartadas.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Com intuito consciente para reaproveitar as “sobras” dos produtos principais, o aproveitamento de resíduos em sua maioria são feitos após a retirada da casca, talos ou farelos dos vegetais e são produzidas farofas, doces e até mesmo embalagens.

Figura 1. Potencial de valorização de resíduos agroindustriais de origem vegetal e animal.[pic 1]

Fonte: http://www.sbera.org.br/2sigera/obras/p12.pdf.

A utilização de resíduos passa por uma tomada de decisões de acordo com a natureza e especificidade do resíduo. Matos (2014), pesquisando a viabilidade do uso de resíduos, pôde observar que muitos materiais orgânicos são essencialmente: pelos, gordura, carne, e aparas de couro. Além desses, são resíduos as cinzas e fuligem das caldeiras e o sal do batimento das peles.

Para um melhor aproveitamento dos resíduos e obtenção menores impactos ambientais a utilização de talos, cascas, farelos dos vegetais são de extrema importância, pois essas sobras são em sua maioria alvos desperdício, podendo somar na fabricação de outros alimentos como também na indústria de embalagens.

No artigo de Laura Gonçalves [4], as espumas de fécula de mandioca foram obtidas pelo processo de termo-expansão. Para o preparo da massa inicialmente obteve-se um gel,que consiste de uma pasta feita por parte da fécula de mandioca suspensa em água e aquecida a 70°C até a completa gelatinização. É feita a gelatinização de uma parte do amido para ajudar na dispersão dos componentes da fórmula, mantendo os componentes sólidos na massa, formando uma pasta homogênea e com viscosidade adequada.