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Disposição Final Dos Residuos Solidos

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Por:   •  13/11/2012  •  2.712 Palavras (11 Páginas)  •  945 Visualizações

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UNIVERSIDADE

GESTÃO AMBIENTAL

INSTRUMENTOS DE MONITORAMENTO DE IMPACTOS AMBIENTAIS EM AREAS DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESIDUOS SOLIDOS

Niterói, junho de 2012

INSTRUMENTOS DE MONITORAMENTO DE IMPACTOS AMBIENTAIS EM AREAS DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESIDUOS SOLIDOS

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, pode-se dizer que a produção e a destinação dos resíduos são um problema “cosmopolita”, ou seja, um problema que transcende nações, não distingue nível de desenvolvimento socioeconômico ou até cultura, atingindo a todos no mundo, sem exceções.

A principal preocupação relacionada à produção de resíduos em todo o mundo está voltada para as repercussões que esses resíduos podem ter sobre a saúde humana e sobre a qualidade do meio ambiente (solo, água, ar e paisagens). Produzidos em todos os estágios das atividades humanas, os resíduos, tanto em termos de composição como de volume, variam em função das práticas de consumo e dos métodos de produção.

Mesmo com o crescimento contínuo das preocupações relacionadas à produção e ao gerenciamento dos resíduos sólidos em todo o mundo, há uma grave carência de dados e estudos sobre a produção e o gerenciamento/destinação dos resíduos sólidos urbanos - RSU. Esta ausência de estudos e, consequentemente de dados sobre o setor, é reflexo dos poucos investimentos que são realizados, confirmando a insuficiência perante a necessidade atual de soluções ambientalmente sustentáveis para o problema dos resíduos em todo o mundo.

Dois fatores vêm contribuindo para o aumento do volume de resíduos gerados: o crescimento acelerado e desordenado da população mundial e o aumento do montante resíduos gerado por pessoa diariamente.

2. RESÍDUOS SÓLIDOS

2.1 DADOS MUNDIAIS

Estima-se que a produção de resíduos sólidos no mundo chega a 2 milhões de toneladas por dia, 730 milhões de tonelada ao ano.

Ano após ano, a quantidade de resíduos e produtos que se tornam lixo aumenta, sendo que os maiores geradores são: Estados Unidos, Japão, Inglaterra, França e Alemanha.

Observa-se que os maiores geradores são países altamente povoados e com economias desenvolvidas, sendo que a condição sócio econômica está diretamente ligada à produção dos resíduos.

2.2 DADOS NO BRASIL

Podemos afirmar que o fim dos lixões no Brasil ainda vai demorar a se tornar realidade. Apesar de a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), prevê, até 2014, o fechamento de todos os locais em que o lixo é depositado sem tratamento ou separação, a geração de RSU registrou crescimento de 1,8%, de 2010 para 2011, índice percentual que é superior à taxa de crescimento populacional urbano do país, que foi de 0,9% no mesmo período.

O Brasil produz 57 milhões de toneladas de lixo por ano, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Só a produção de lixo nas cidades brasileiras chega a 150 mil toneladas por dia. Dados do IBGE apontam que 73% dos 5.564 municípios brasileiros jogam seus resíduos sólidos em lixões ou em aterros controlados.

2.3 DADOS NO RIO DE JANEIRO

Pesquisas ABRELPE 2011 e IBGE 2011 mostram que diariamente no Estado do Rio de Janeiro são recolhidas cerca de 20.913 toneladas de resíduos sólidos urbanos.

A produção diária de lixo é de 1,303 Kg/hab/dia, sendo uma das maiores taxas de produção de resíduo per capita do país.

É importante destacar que 68% dos resíduos recolhidos no Estado são destinados a aterros sanitários, 22% a aterros controlados e 10% a lixões.

3. OS SISTEMAS DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO DOS RESIDUOS

Com o crescimento das cidades, o desafio da limpeza urbana não consiste apenas em remover o lixo de logradouros e edificações, mas principalmente, em dar um destino final adequado aos resíduos coletados.

No mundo inteiro, com algumas poucas exceções, os aterros sanitários ainda representam a principal destinação final dos resíduos sólidos, apesar do imenso esforço em se reduzir, reutilizar e reciclar. Apesar da contradição, nos países em desenvolvimento, o aterro sanitário tem sido a mais importante meta a alcançar, com vistas a um tratamento adequado dos resíduos em alternativa à pratica dos lixões. No Brasil já existe um número significativo de aterros sanitários em operação, principalmente nas Regiões Sudeste e Sul. Por outro lado, nas demais regiões, os aterros sanitários são menos comuns. A grande dificuldade reside nos custos de operação de um aterro sanitário, que pressupõe um tratamento adequado de líquidos, gases e efluentes, além de todos os demais cuidados previstos na norma técnica NBR 8419.

3.1 ATERRO SANITÁRIO

Processo fundamentado em técnicas de engenharia e em normas técnicas que permite o aterramento, com solo, dos resíduos sólidos de forma adequada. A técnica conta com a impermeabilização do solo, com argila e lona plástica para evitar infiltração dos líquidos percolados, no solo. Os líquidos percolados são captados (drenados) através de tubulações e escoados para lagoa de tratamento. Para evitar o excesso de águas de chuva, são colocados tubos ao redor do aterro. Os gases liberados são captados e queimados ou ainda utilizados como fonte de energia.

Atualmente existem cerca de 2.194 aterros sanitários no Brasil e somente os aterros de grandes cidades brasileiras são monitorados seguindo um programa regular de acompanhamento.

3.2 ATERRO CONTROLADO

Técnica de se confinar adequadamente os resíduos sólidos urbanos sem poluir o ambiente externo; porém, sem promover a coleta e o tratamento dos efluentes líquidos e gasosos produzidos.

No Brasil existem cerca de 1.764 aterros controlados.

3.3 LIXÃO

Lixão é uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo

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