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O “QUASE O PIOR CENÁRIO”: O INCÊNDIO NO TÚNEL DE BALTIMORE EM 2001 (A)

Por:   •  14/4/2021  •  Resenha  •  1.161 Palavras (5 Páginas)  •  270 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Resenha Crítica de Caso

Antonio Rodolfo Pessoa Chagas

Trabalho da disciplina Administração

Aplicada à Engenharia de Segurança

                                                                                         Tutor: Prof. GISELE TEIXEIRA SALEIRO

Belém PA

2021


QUASE O PIOR CENÁRIO”: O INCÊNDIO NO TÚNEL DE BALTIMORE EM 2001 (A)

Referência: SCOTT, Esther. “Quase o pior cenário”: O incêndio no túnel de Baltimore em 2001 (A). Havard Business School.

O texto escrito por Esther Scoott para uso na John F. Kennedy School of Government da Universidade de Harvard relata um incêndio que ocorreu em um túnel subterrâneo no coração do centro da cidade de Baltimore, no estado de Maryland nos Estados Unidos, ocasionado pelo descarrilamento de um trem da empresa CSX Corporation em pleno verão no dia 18 de julho de 2001. O trem transportava em alguns de seus vagões produtos químicos variados e altamente tóxicos e corrosivos. O corpo de bombeiros era frequentemente convocados para a extremidade norte de túnel que desta vez, ao ser acionado a princípio imaginou ser mais uma chamada de pessoas que confundiam as fumaças da combustão de óleo diesel com as de um incêndio, porém logo viram que não se tratava de um alarme falso e a situação era singular, nunca vista na experiência da corporação.

O grande desafio em solucionar tal sinistro que poderia desencadear explosões e reações químicas afetando toda uma cidade estava lançado. E para piorar, duas horas mais tarde um dos principais dutos de água situado diretamente sobre o túnel rompeu-se, enviando centenas de milhares de litros de água em cascata em um cruzamento na Rua Howard. O túnel foi construído em 1896 com percurso de 1,7 milhas ou 2,7 quilômetros sendo a parte mais profunda em 60 pés ou 18,28 metros e sua parte mais superficial a 3 pés ou 0,9 metro. Era operado pela empresa CSX Corporation. Não há menção se a empresa apresentou um plano de contingência para tal hipótese quando assumiu a gestão do túnel e nem de que a prefeitura e o corpo de bombeiros cobraram tal plano. Em suas extremidades norte e sul ficavam vários edifícios, estádio, escola de arte, salas de show, lojas e restaurantes. Daí se percebe a gravidade da situação, pois além disso a Rua Howard era uma importante rota que cruzava com muitas estradas. A maioria dos moradores da cidade não sabiam da existência do túnel, assim como o próprio prefeito Martin O’Malley, de acordo com o jornal local. Quase nada havia sido pensado em como se proceder na possibilidade de um incêndio no túnel com produtos químicos, nem mesmo o plano de emergência da cidade nas suas mais de 440 páginas nem mesmo fazia referência a existência do túnel. A tripulação do trem era composta por dois homens que mal tinham certeza de quais produtos o trem estava transportando. Este descarrilou por volta das 15:07 horas cujas nuvens de fumaça se espalharam rapidamente pelas extremidades norte e sul do túnel e mais tarde o temor da possibilidade de uma explosão de vapor e expansiva com líquido fervente – BLEVE era real. Este temor foi lembrado por casos anteriores onde tal acidente dizimou pequenas cidades.

Os bombeiros não estavam familiarizados com tal situação, muitos quando estavam no local e vendo as proporções do sinistro mesmo em posição de reação não imaginavam o que fazer. O calor do fogo poderiam alcançar 1500 graus Fahrenheit ou 815 graus Celsius aproximadamente, não sendo capazes de dizer o que estava queimando restando fazer suposições e sentindo-se desconfortáveis pela impotência diante de tal situação. Salienta-se que o tempo ia passando e as pessoas começariam a sair dos seus trabalhos aumentando o fluxo de pedestres e carros na Rua Howard para irem para suas casas ou ao estádio de beisebol próximo a um lado do túnel. O departamento de meio ambiente de Maryland ofereceu suporte aos bombeiros, pois ambos já haviam realizados treinamentos juntos, mas a resposta ao incêndio não era a mesma quando ocorreu nos treinamentos. Haviam no local cerca de 150 bombeiros mas nenhum foi capaz de adentrar no túnel. Até mesmo os funcionários do departamento de meio ambiente convocaram 2 químicos para ajudar. No momento do incêndio, Baltimore não tinha uma equipe de gestão de crises estabelecida entre agências e departamentos. O escritório de gerenciamento da emergência da cidade tinha apenas 3 pessoas em sua equipe. Nem mesmo a localização do centro de operações de emergência era de conhecimento comum. Não havia local especifico para as autoridades se encontrarem em casos como esse, sendo que as mesmas tiveram que usar uma sala de monitoramento da polícia chamada de COMSTAT. Estavam presentes os representantes dos bombeiros, polícia, obras públicas, transporte, saúde pública, mas nenhum deles foi capaz de assumir a liderança. Quem estava fazendo o trabalho centralizado (o que não deveria) de todas as tarefas era o Comandante nomeado para o incêndio, Heinbuch.

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