O Que é Arquitetura

Resenha do Livro:

O que é Arquitetura

(Editora Brasiliense)

Belém – PA

2013

Universidade Federal do Pará

Instituto de tecnologia (ITEC)

Curso de Engenharia Civil

Turma: 3° Semestre noturno

Data: 01/07/13

Resenha do Livro:

O que é Arquitetura

(Editora Brasiliense)

Trabalho apresentado à disciplina de Noções de Arquitetura, como requisito parcial da avaliação, orientado pelo professor Euler Arruda

Belém – PA

2013

1. REFERENCIA DA OBRA

LEMOS, Carlos A. C. O que é Arquitetura. São Paulo: Brasiliense, 2003.

2. CREDENCIAIS DA AUTORIA

Carlos Alberto Cerqueira Lemos, além de arquiteto formado pela Universidade de Mackenzie, professor, arquiteto e profissional dedicado à arquitetura brasileira e à conservação do patrimônio cultural. Trabalha também com diversas atividades relacionadas á arte, inclusive tem inúmeros livros publicados, todos relacionados ao mesmo. Suas atividades são de grande relevância no contexto da Arquitetura brasileira.

3. CONHECIMENTO DETALHADO DA OBRA LIDA

No livro O Que é Arquitetura, o autor Carlos A. C. Lemos discorre da Arquitetura desde o início dos tempos. O livro nos transporta a diversos lugares em variadas épocas para elucidar como tudo iniciou. Ressaltando que não é técnico, o autor escreveu de forma resumida e detalhada todos os pontos para denominar a Arquitetura fazendo com que qualquer pessoa que leia o livro perceba claramente do que se trata.

Escrito em apenas oitenta e cinco páginas o livro O que é Arquitetura, é escrito em uma espécie de linha do tempo, retratando a historia da arquitetura resumidamente. Com um texto fácil e objetivo, faz com que qualquer leitor perceba do que realmente ele que mostrar, fazendo com que prenda o leitor até o final do livro, deixando-o com expectativa de mais conteúdo.

É uma obra que objetiva colocar o leitor em contato com os primeiros conceitos do mundo acadêmico da arquitetura. Carlos Lemos visa traçar a cronologia do conceito do que é arquitetura, passando pelas noções de construções belas até o conceito de arquitetura moderna.

Como a obra tem a finalidade de elucidar o que é arquitetura, para isso, o autor, Carlos A.C. Lemos, mostra as principais linhas de pensamentos que giram e movem a arquitetura, usando de conceitos como o belo, períodos históricos, partidos, e grandes nomes da arquitetura, encerrando o livro com uma breve descrição da arquitetura moderna.

A exposição de milhares de idéias com pontos em comum é na verdade, a tentativa de instigar quem lê a criar sua própria definição. A arquitetura exige a reunião de vários pensamentos e preocupações que resultam no projeto, desde as funções; passando pela técnica utilizada para a construção; o que é projetar; até um resultado belo ou não.

Estes conceitos todos são apresentados em uma ordem cronológica, partindo desde a arquitetura vernacular, a arquitetura de origem, até a arquitetura dos dias de hoje, a moderna. É uma forma facilitada de entender a arquitetura dentro dos tempos, fazendo uma ligação com os pensamentos da época. O que o autor consegue fazer é algo maravilhoso, consegue mostrar que a arquitetura passa do ponto de ser meramente uma construção para uma representação espacial completa do período em que é realizada. Esta preocupação é freqüente nas definições que são exemplificadas pelo autor através de grandes nomes como Platão (“... arquitetura não seria uma aparência das coisas, ... mas a coisa em si...” - pág.22); Vitrúvio (“... a arquitetura apresenta três aspectos: forma. Função e beleza...” – pág.23); Niemeyer (“... a arquitetura no Brasil,... acha-se agora a procura de expressões plásticas... Criatividade aplicada à solução de problemas espaciais,...” – pág.38) e outros.

Depois da exposição destas linhas de pensamento, surge um estudo do projeto em si. Fatores com a diversidade das funções da casa acarretando em sua minimização; o contraste social representado nas construções mostra o mundo atual, globalizado e com acesso apenas para os mais providos, com leis de zoneamento que são verdadeiras leis de exclusão, nada adaptadas as diversas realidades existentes em nosso país.

Na questão de partidos arquitetônicos, são citados fatores que devem ser pensados em um projeto, que nem sempre podem ser alterados ou mesmo adaptados, caso do clima de determinada região ou legislação regulamentadora. Se por um lado estes pontos delimitam o projeto, por outro, não são sinônimos de que todos terão um mesmo resultado já que nisso incide a escolha, e visão, de cada arquiteto que o projeta, transformando todos em projetos únicos.

O livro é apresentado em quatro capítulos. No primeiro capitulo, titulado de “A Construção Bela” o autor denomina ao termo Arquitetura, afirmando que é providência de construção bela. Para Lemos “(...) as pessoas procuram achar vínculo entre a arquitetura e a beleza” (p.7), porém há uma questão inconveniente o que é Belo? Esta questão depende diretamente de aspectos subjetivos de quem define o que é belo. O conceito de beleza é algo subjetivo e está intrínseco ao gosto de quem conceitua. Para se safar das problemáticas epistemológicas Lemos divide as construções em três categorias: as construídas segundo um critério artístico qualquer, erguidas sem desejos de fazer arte e as construções precárias – destituídas de senso estético. Dando destaque especificamente ao segundo aspecto, destacando as obras populares, as resultantes do contato com o colonizador e finalmente a resolução dos problemas por meio da tecnologia.

Lemos