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Obsolescência programada engenharia

Por:   •  31/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  811 Palavras (4 Páginas)  •  205 Visualizações

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A obsolescência programada é um conceito bem antigo, mas está muito presente em qualquer sociedade capitalista espalhada pelo mundo. Surgiu quando houve a dispersão em massa e a intensificação do capitalismo. Durante a revolução industrial o conceito surgiu, não de uma forma bem pensada, mas surgiu pela necessidade da melhoria das vendas e que as pessoas comprassem mais e mais. Logo, as empresas conseguem mais lucro e as pessoas ficam mal-acostumadas a comprarem novo produtos, seja qual o problema o produto antigo possuir.

Esse mecanismo utilizado pelo setor econômico, tem sua aplicação em massa quando foram iniciadas as produções das lâmpadas incandescentes inventadas por Thomas Edson. O plano era caracterizado pela limitação do tempo de vida da lâmpada para que o mercado fosse mais e mais rotativo e as vendas não parassem. A empresa que não cumprisse com o combinado seria multada (a lâmpada não poderia passar do tempo máximo de vida de 1000 horas), e a multa era idealizada de acordo com o tempo de vida que a lâmpada tivesse. Assim, o primeiro cartel foi criado e o órgão que fiscalizava todas as empresas de lâmpadas era chamado de comitê das 1000 horas.

O mercado estadunidense funcionava perfeitamente até o fim da década de 1920 com a quebra da bolsa de Nova Iorque, causando a maior crise em todo o território americano. Um idealizador chamado Bernard London, tinha uma grande ideia para tentar contornar a grande crise que assolava todos os estados dos Estados Unidos. A ideia dele consistia na aplicação da obsolescência programada, mas de forma forçada, ou seja, todas as empresas deveriam reduzir mais e mais tempo de vida dos produtos e, assim, deixaria o mercado mais rotativo devido à necessidade de compras por parte da população e isso desencadearia no aumento do número de cargos nas empresas e assim a diminuição de desemprego. Bernard London levava sua ideia com muito fervor e obsessão. Porém, essa ideologia não foi aceita pelo governo e o plano não prosseguiu.

No período pós-guerra, a obsolescência programada surgiu com um novo intuito: a sedução do cliente seria primordial para compra dos produtos. Isso significa que seriam criados sempre novas versões dos produtos com designs inovadores e que atrairiam a atenção dos compradores. Assim sendo, ninguém seria obrigado a entrarem nas lojas e a comprarem os produtos. O que faria eles comprarem seria a impulsão em ter algo mais moderno sobre suas posses. Logo, esse hábito americano foi dispersado para o mundo inteiro, criando um padrão de consumismo e, com isso, tornou-se prioritário em nossa sociedade.

Apesar de o mundo estar sendo escravo da obsolescência programada, algumas sociedades com ideologias diferenciadas do capitalismo estavam crescendo no leste europeu e Ásia, chamado socialismo. Por ter todas as empresas controladas pelo governo, o regime socialista via como obsoleta a ideia de que o capitalismo empregava para o aumento das vendas. Isso porque era produzido somente o necessário para a população utilizar. Por isso, eram produzidos produtos mais duráveis para que a população usufruísse mais dos bens produzidos por empresas estatais.

Como os cursos de engenharia e design estão muito presentes nos cargos das empresas, a obsolescência programada é tratada com eufemismo em diversas matérias das grades dos respectivos cursos. As matérias são caracterizadas por falarem do tempo de vida de produtos industrializados e o impacto que cada um dos produtos tem no mercado atual. Sendo assim, somos todos suscetíveis à continuar com essa política de “menos tempo, mais vendas”.

Outro grande exemplo sobre a política de obsolescência programada é o náilon. No século XX, um novo material foi lançado (o náilon), deixando as mulheres cada vez mais empolgadas. Cada um dos funcionários da empresa levou as meias de náilon para casa afim de que as esposas usassem para teste do material. O material era tão resistente, que poderia servir para reboque de carros. Porém, com um intuito de aumento das vendas, os engenheiros e cientistas voltaram aos laboratórios para inventarem um material cada vez menos resistente, que tivesse uma duração de vida menor.

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